sábado, 31 de maio de 2008

Crise? Qual crise?

Ontem algumas dezenas de milhares de Portugueses deslocaram-se ao Parque da Bela Vista para mais uma edição do Rock in Rio Lisboa, não se coibindo de pagar os 53€ do bilhete. Depois desta magnífica actuação, devem ter dado por bem empregue o dinheiro...

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Previsão da Qualidade do Ar

Foi apresentado no passado dia 28, pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), a Previsão do Índice de Qualidade do Ar (PREVQUALAR). Este projecto foi desenvolvido em conjunto pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e pela Universidade de Aveiro e encontra-se neste momento disponível para os distritos de Aveiro, Braga, Coimbra, Faro, Lisboa, Porto e Setúbal. A previsão da qualidade do ar para o dia seguinte é feita tendo em conta os níveis previstos para os dois poluentes atmosféricos que apresentam historicamente níveis mais problemáticos no nosso país: as partículas inaláveis com diâmetro aerodinâmico inferior a 10 µm (PM10) e o Ozono troposférico (O3).

É uma ferramenta fundamental para o adequado controle e prevenção dos problemas associados à poluição atmosférica, sobretudo porque vai permitir, com alguma confiança, antecipar a ocorrência de episódios de elevadas concentrações de poluentes atmosféricos e permitir a aplicação de políticas e medidas de prevenção e de minimização.

A previsão para cada uma das cidades englobadas pode ser consultado em http://www.prevqualar.org/jsp/pt/previsao_cidades.jsp

Como curiosidade, deixo aqui a previsão para hoje, para a aglomeração da Área Metropolitana de Lisboa Norte:


PS - Só tenho pena é que no artigo do Público não venha sequer uma referência à Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. Aliás, o Prof. Francisco Ferreira esteve presente como responsável do Grupo de Qualidade do Ar do departamento de Ciências e Engenharia do Ambiente da FCT/UNL, e não como dirigente da Quercus, que aliás nunca foi mencionada durante a apresentação da previsão da qualidade do ar. Lamentável...

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Aumento dos combustíveis (III)

É claramente o tema do momento, aqui para o je... Mais uma contribuição, com a qual concordo a 100%. Se o nosso corpo empresarial tem falta de visão e não se protege de eventuais riscos associados ao aumento dos custos de matérias-primas, porque carga de água é terão de ser os contribuintes (isto é, eu e os restantes Portugueses) a pagar isso?

Estou a assistir ao debate dos candidatos à liderança do PSD e esta discussão sobre o apoio que se deve dar aos sectores mais dependentes dos combustíveis fez-me ter vontade de escrever sobre algo que ando há semanas para escrever.


Como é que é possível que empresas de grande dimensão não façam cobertura de risco? Se eu tenho uma empresa de camionagem com um volume de negócios de milhões de euros e em que a esmagadora parte dos meus custos vem de combustível, não é lógico que se faça a cobertura do risco de variação dos preços de combustíveis? Aquela pequenina percentagem que teriam que gastar no mercado de futuros não lhes garantia uma vida tranquila, sem estes riscos de falência que tantos dizem que correm? E as companhias de aviação? E as grandes companhias de pesca?

A verdade é que o que costuma acontecer é o seguinte. O Crude está a 30 e quando atinge os 60, alguém dentro da empresa se lembra de dizer: "Isto está complicado, devíamos ter feito uma cobertura no mercado de futuros. Só que agora já subiu tanto vamos fazer a cobertura de risco na pior altura. Esqueçam". E depois o crude duplica de valor e a empresa diz que corre o risco de fechar portas...

O mesmo que digo para o crude, digo para as empresas exportadoras em relação à valorização brutal do euro face ao dólar. Quantas exportadoras estão em grandes dificuldades devido a esta valorização do euro. E cobertura cambial, é só para os livros?

Não deixa de ser curioso ver o mundo inteiro a culpar o mercado de futuros (e os seus especuladores) pela subida meteórica do preço do crude e depois esquecerem-se que uma das razões pelas quais foi criado o mercado de futuro foi mesmo para fazer esta cobertura cambial.

Estranho mundo este.

Ulisses Pereira, in Caldeirão de Bolsa

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Leitura de Cabeceira (VI)



Aumento dos combustíveis (II)

No seguimento deste meu post, deixo aqui mais algumas reflexões:

As notícias a que se tem assistido na comunicação social nos últimos tempos, relativamente a este tema tem até levado a uma série de soundbytes disparatados dos nossos populistas de serviço (governantes e candidatos a governantes, tal como se pode ver aqui e aqui), que se recusam a ver a realidade de que os preços elevados dos combustíveis não se resumem a Portugal (pois derivam em grande parte da escalada dos preços do crude a nível global, independentemente das ineficiências e da cartelização do nosso pequeno mercado nacional) e vieram para ficar.

Nada de novo, no entanto. Do outro lado do Atlântico a preocupação é semelhante, tal como se pode ver neste excelente artigo do Expresso. O facto de os E.U.A. terem gasolina mais barata é claramente menorizado pela sua reduzida eficiência energética (com um SUV a gastar 15l/100 km ou mais não há gasolina barata que resista). Pudera, se nunca se precisaram de preocupar com a eficiência energética até aos dias de hoje! Mas a realidade acaba por bater à porta e pode ser bastante cruel... A solução cá e lá? Populismo e procura de explicações emocionais ao invés de racionais, como bem aponta Thomas Sowell:

Some people think that the reason the public misunderstands so many issues is that these issues are too "complex" for most voters. But is that really so?

With all the commotion in the media and in politics about the high price of gasoline, is there really some terribly complex explanation?

Is there anything complex about the fact that with two countries-- India and China-- having rapid economic growth, and with combined populations 8 times that of the United States, they are creating an increased demand for the world's oil supply?

The problem is not that supply and demand is such a complex explanation. The problem is that supply and demand is not an emotionally satisfying explanation. For that, you need melodrama, heroes and villains.


(Fonte: http://www.thinkfn.com/forum/files/trever_104.gif)

A nossa classe política, com o afã de agradar às massas e de obter votos, olha para a subida dos preços dos combustíveis como uma ameaça. Nada mais errado. Esta é a oportunidade que faltava não apenas para se olhar para a poupança de energia como algo absolutamente fundamental nas sociedades modernas, mas também para se investigar e desenvolver tecnologias alternativas aos combustíveis fósseis, que reduzam a nossa dependência do petróleo (estou a pensar em veículos eléctricos ou na microgeração, por exemplo). E claro, interpretar a alta de preços como um estímulo fundamental para cada um de nós reduzir o seu consumo energético e ajudar o ambiente.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Postais de viagem alternativos

Hospital de Santa Luzia - Viana do Castelo


Praia Norte - Viana do Castelo

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Aumento dos combustíveis

Tenho recebido nos últimos dias uma enxurrada de e-mails sobre o não abastecer nos dias 1, 2 e 3 de Junho na Galp, na Repsol e na BP.

Para além de encarecidamente vos pedir para não me encher a caixa de correio com este spam, venho também convidar-vos para fazerem umas contas comigo:


Preço do crude - evolução

WTI spot
(barril de crude em NY) no ultimo dia útil de 2006: $60,85
WTI spot no ultimo dia útil de 2007: $95,95
WTI spot em 16/05/2008: $126,50

(Fonte: http://tonto.eia.doe.gov/dnav/pet/hist/rwtcd.htm)

Câmbio EUR/USD no ultimo dia útil de 2006: 1,317
EUR/USD no ultimo dia útil de 2007: 1,4721
EUR/USD em 20/05/2008: 1,565

Logo:
WTI spot no ultimo dia útil de 2006: 46,20€
WTI spot no ultimo dia útil de 2007: 65,18 €
WTI spot em 16/05/2008: 80,83 €

Conclusão 1:
Em 2007 o crude subiu em euros 41%. Este ano já subiu mais 24%, como se pode ver no gráfico abaixo.




Preço dos combustíveis - evolução

Relativamente aos combustíveis, os preços de venda ao público (euros) em final de 2006, final de 2007 e em 16 de Maio de 2008 são os seguintes:

Gasolina S/chumbo 95
29/12/2006 - 1,224
28/12/2007 - 1,358
16/05/2008 - 1,461

Gasóleo
29/12/2006 - 1,006
28/12/2007 - 1,179
16/05/2008 - 1,358

(Fonte: Direcção Geral da Energia e Geologia)

Conclusão 2:
Em 2007 a gasolina 95 subiu 11%. Este ano já subiu mais 8%.
Em 2007 o gasóleo subiu 17%. Este ano já subiu mais 15%.


Como se pode observar, o preço de venda ao público dos combustíveis em Portugal, embora tenha vindo a aumentar não tem acompanhado, nem de perto nem de longe, a escalada do preço do crude. Esta diferença tem sido feita à custa da diminuição das margens de refinação, neste caso da Galp, pois o peso dos impostos, embora tenha vindo a aumentar em termos absolutos, não o tem feito em termos relativos (no caso do gasóleo passou de 47% em Dezembro de 2006 para 45% em Maio de 2008, e no caso da gasolina passou de 62% em Dezembro de 2006 para 58% em Maio de 2008).


Portanto meus senhores, nós não estamos a ser roubados! O que se passa é que temos vindo a assistir a um aumento significativo dos preços do crude nos últimos anos, que certamente veio para ficar, pois este é um recurso finito e cada vez mais escasso.

Em termos do preço dos combustíveis antes de impostos, Portugal está dentro da média da UE (no caso da gasolina, encontra-se um pouco acima). Contudo, o grande drama é que Portugal é vizinho da Espanha que vende ao público combustíveis a preços muito mais baratos (devido ao IVA a 16% e ao ISP mais baixo) o que faz aumentar dramaticamente esse fosso aos olhos dos portugueses. Para mim faz todo o sentido manter esta fiscalidade, pois só assim se garante que quem usa o transporte individual como meio de transporte predominante pague o custo efectivo das externalidades decorrentes do impacte ambiental da poluição com origem nos escapes dos automóveis.

A solução passa mesmo pela mudança de hábitos, recorrendo menos ao uso do automóvel particular nas deslocações em que tal não seja absolutamente necessário. Da minha parte, desde o início do ano que passei a vir de transportes para o trabalho. Demora mais tempo, mas é mesmo muito mais barato e bastante menos poluente.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Missão cumprida

No seguimento deste post do Teco, que tinha a legítima ambição de aumentar o número de pageviews aqui do tasco, tenho o prazer de anunciar: Missão Cumprida! Olhem só o que o Sitemeter indicou:






PS - NÃO FUI EU quem fez esta pesquisa Google...

domingo, 18 de maio de 2008

Esta nunca tinha ouvido...

Ontem à noite um daqueles pseudo-traficantes que agora pululam pelas esquinas do Bairro Alto virou-se para mim e perguntou-se se eu queria "ganza p'los cornos". Muito boa esta técnica de comunicação e vendas.

sábado, 17 de maio de 2008

Gajas Nuas Resmas de Seios Voluptuosos à Mostra

Bem este post não está relacionado com jovens nuas nem com os seus seios fartos, esta parte é apenas uma experiência para ver se temos mais visitas no blog.
Eu vim aqui escrever hoje por uma razão mais importante, o nosso futuro. Estava durante o jantar a assistir a um documentário no qual um cozinheiro famoso inglês (Jamie qualquer coisa que não me lembro agora) foi às escolas publicas ver o que as crianças comiam. O que vi foi atroz, com crianças da primária que só se alimentavam à base de chocolates e/ou de fast-food. Mas pior que isso foi ver que os pais achavam aquilo normal e ver que as crianças se recusavam a provar qualquer alimento que não se enquadra-se nesse padrão.
Admito não ter a melhor alimentação do mundo mas deliro com fruta e gosto de sopa (excepto de cebola). Gosto de bifes mas não deixo de comer peixe ou comida vegetariana, resumindo tenho uma alimentação normal. Mas isto deriva da educação que tive. E aí está o cerne da questão, a carência de atenção que vêm a ser dada às gerações que se estão agora a formar e que um dia vão ser o futuro do nosso pais. Este tema dava pano para mangas mas não tenho tempo nem capacidade para fazer mais do que deixar o seguinte apelo:
Por favor pensem que um livro é melhor do que um jogo para o PC ou para a consola, que fruta é melhor do que chocolates, que limonada natural é melhor do que refrigerantes, que um passeio é melhor do que ligar a televisão, que mais vale aturar 3 crises de choro sem ligar do que criar um fedelho insuportável que está sempre a exigir. Custa é óbvio, é preciso gastar mais tempo, mas a recompensa é grande; traduz-se em ter uma geração futura mais desembaraçada, mais culta e mais saudável.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Penitência

O primeiro-ministro José Sócrates pediu hoje desculpa por ter fumado no voo que transportou a comitiva governamental para a Venezuela. Em declarações aos jornalistas, na venezuela, o primeiro-ministro diz que desconhecia que estava a violar a lei. José Sócrates adiantou ainda que decidiu deixar de fumar em definitivo, na sequência da polémica.

(Fonte: Público)

Que comovente, ficamos a saber que o nosso 1º vai deixar de fumar... Faz sentido, na altura do ano em que o maior número de peregrinos se desloca a Fátima. Contudo, o desconhecimento da lei não serve como desculpa para o seu não cumprimento. Portanto, toca a pagar os 750€ da multa, que dão um jeito enorme aos cofres do estado...

Fica aqui a sugestão: se um qualquer agente da autoridade vos apanhar em flagrante delito, podem sempre tentar pedir desculpa. Com jeitinho, pode ser que se safem...

terça-feira, 13 de maio de 2008

E eu que pensava que a escola serve para ensinar...

Afinal a coisa é muito mais à frente. E pelos vistos eu próprio tenho de voltar à escola, pois tive muita dificuldade em compreender o texto desta senhora. O que raio é um cenário estruturante e holístico? Será que ajuda a resolver equações de Matemática e a não dar erros de Português?

“Na escola desejável, alunos e professores encontram no seu quotidiano um fio condutor apelativo e comum, que é o de aprender e ensinar competências, num cenário estruturante e holístico onde ser pessoa é ser tolerante, flexível, crítico, e é, também, ser capaz de desempenhos ajustados à exigência de uma sociedade global multidiferenciada, que apela a saberes mobilizáveis, conhecimentos reais e instrumentais, muito para lá da simples informação trazida pelos conteúdos, em si mesmos redutores e simplistas.”

Miriam Rodrigues Aço, Professora Titular, no Público.

(Retirado daqui.)

sábado, 10 de maio de 2008

Tá quieto macaquinho

Sempre que se fala em igualdade, há gente que entra em transe, com visões de multidões uniformes, vestidas de túnicas azuis em marcha para glória do Grande Colectivo Opressor. Depois de recuperarem do transe, limpam a saliva meio-seca do canto da boca, lá se endireitam e recitam:
Todos somos diferentes, a ideia de igualdade impõe uma coacção sobre o indivíduo que é intolerável face ao princípio maior que é a liberdade, - e muitas outras coisas que se podem ler em blogues muito concorridos da nossa praça. Além do mais, também se pode ler de forma mais ou menos implícita, a igualdade não é natural, e a sua imposição desvirtua o princípio da competição através da qual os mais fortes garantirão as vigorosas gerações futuras.
Diz a teoria económica ortodoxa que um tipo deve contentar-se com maximizar o que consegue ganhar, e que é indiferente o que o vizinho do lado ganha. Presumo eu que é com base neste princípio que surgem ideias com a abolição de ordenados mínimos e de contratos colectivos. Cada um negoceia o seu o melhor que pode, e os outros não têm nada com isso.
Um trabalho com macacos capuchinho relata um comportamento curioso. A dois macacos é dada uma recompensa em comida, no caso pepino. Enquanto ambos recebem o mesmo pela tarefa, corre tudo bem. Se a um deles for dado consistentemente menos, o seu comportamento altera-se, revoltando-se, rejeitando fazer a tarefa ou a comer o que lhe dão.
Isto, aos olhos das pessoas e da teoria económica descritas lá em cima, é irracional. Ele deveria aceitar o bocado de pepino mais pequeno, que sempre é melhor que nada. Mas o macaco não sabe economia, ele apenas sabe que está a ser enganado, e como o seu comportamento evoluiu num sistema social em que a cooperação é essencial, e em que todos devem sentir que o seu esforço é igualmente recompensado, recusa-se a entrar no jogo até ser reposta justiça. Faz greve!
Aqui cabe uma correcção. O macaco talvez saiba economia, na verdade, só que não é neo-clássica… chamemos-lhe economia natural?
As mesmas pessoas lá de cima costumam dizer que não se pode mudar a natureza humana. E chamam utopias a todas as tentativas de organização politica e económica das sociedades quem tentem contrariá-la.
Dou-lhes toda a razão: qualquer sistema que não tenha em conta a natureza humana está condenado ao fracasso e a cobrar um preço intolerável a quem a ele estiver submetido.
Agora, macacos me mordam se o ser humano é como eles o pintam.


De Luís Rodrigues, retirado daqui.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Filantropia?

No blog Portugal Contemporâneo Joaquim Sá Couto afirma que ser empresário é um acto de filantropia.

Descontando o óbvio teor polemista de todo o argumento,
não posso estar mais em desacordo. Ser empresário não é , nem nunca será, um acto de filantropia pela simples razão que ninguém cria uma empresa com o objectivo de ajudar os outros sem obter nada em troca, mas sim o de obter (e bem) o lucro derivado da sua actividade produtiva.

Obviamente que há mérito em criar empresas (eu próprio estou em processo inicial de criação de uma) pois se foram bem sucedidas criam riqueza e emprego e portanto são um bem para a comunidade, e eu não discordo com os dois pontos seguintes da argumentação. Agora chamar filantropia a algo, que, manifestamente não o é, é que eu considero um exagero. Aliás, basta olhar para a definição da palavra Filantropia para o argumento cair pela base...

"Filantropia é a ação continuada de doar dinheiro ou outros bens a favor de instituições ou pessoas que desenvolvam actividades de grande mérito social"

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Ontem no S. Jorge

Decorreu o concerto de apresentação do álbum da Deolinda, "Canção ao Lado". Muito bom, por sinal, mesmo tendo em conta o nervosismo de actuar pela primeira vez numa sala emblemática de Lisboa, e para uma casa cheia (800 pessoas). Para quem (ainda) não os conhece, deixo aqui o primeiro videoclip do grupo - "Fado Toninho":

Fado Toninho - Deolinda videoclip



E também aquele que, segundo a própria Deolinda, será o futuro hino nacional:

Agora sim, damos a volta a isto!
Agora sim, há pernas para andar!
Agora sim, eu sinto o optimismo!
Vamos em frente, ninguém nos vai parar!

Agora não, que é hora do almoço...
Agora não, que é hora do jantar...
Agora não, que eu acho que não posso...
Amanhã vou trabalhar...


Agora sim, temos a força toda!
Agora sim, há fé neste querer!
Agora sim, só vejo gente boa!
Vamos em frente e havemos vencer!

Agora não, que me dói a barriga...
Agora não, dizem que vai chover...
Agora não, que joga o Benfica...
e eu tenho mais que fazer...


Agora sim, cantamos com vontade!
Agora sim, eu sinto a união!
Agora sim, já ouço a liberdade!
Vamos em frente, é esta a direcção!

Agora não, que falta um impresso...
Agora não, que o meu pai não quer...
Agora não, que há engarrafamentos...
Vão sem mim, que eu vou lá ter...

terça-feira, 6 de maio de 2008

Retratos do trabalho na alfabetização das comunidades

É curioso, quando deparamos com o fruto do nosso trabalho (neste caso, o SNIF Air Lab) num manual escolar do 8º ano:


Para que conste, a foto foi tirada na Rua Garrett, durante um trabalho para a Câmara de Lisboa.

domingo, 4 de maio de 2008

Liberalismo à esquerda e à direita

Um interessante debate tem ocorrido na blogosfera, acerca das diferentes concepções de sociedade que pretendemos (mais estatismo, ou mais liberalismo), que com grande pena minha tem tido pouca expressão no "País Real". De entre as diversas posições, recomendo vivamente a leitura deste texto de José Pedro Lopes Nunes no Blasfémias: Liberais e estatistas em Portugal: uma questão de idade?

"Num mundo globalizado, salvo melhor opinião, não existem verdadeiras alternativas ao liberalismo – este é espírito do nosso tempo, quer queiramos, quer não. Existirá algum papel para o socialismo? Sim, o papel de contribuir para manter a coesão social em cada país - o socialismo mínimo. É que, caros amigos, se não faz sentido impedir as pessoas de seguirem na vida os caminhos que entendem escolher para si próprias, tão pouco fará sentido deixar pessoas morrer à fome."


E deste texto de Tiago Barbosa Ribeiro, no Kontratempos: Liberalismo de Esquerda

"Isto é, uma esquerda que se oriente para promoção de uma igualdade à partida (como é recusado pela direita liberal e pela esquerda marxista/pós-marxista), permitindo que as escolhas dos agentes sejam efectivamente feitas, e não à chegada (como é aceite pela esquerda marxista/pós-marxista e pela direita liberal nos valores culturais, por exemplo), procurando colmatar a todo o momento o resultado de más escolhas individuais que normalmente passam erradamente por imposições colectivas."


sábado, 3 de maio de 2008

Para os mais distraídos...

Os Bancos Alimentares Contra a Fome voltam a apelar à generosidade do público em mais uma campanha de recolha de alimentos no fim-de-semana de 3 e 4 de Maio.

Leitura de cabeceira (V)


"O principal problema desta grande obsessão por poupar tempo é muito simples: não podemos poupar tempo. Só podemos gastá-lo. Mas podemos gastá-lo sabiamente ou tolamente." (O Tao do Pooh)

Indie Lisboa 2008 (II)

Bom, desta vez não fui ver um "chick film". Mas saí do cinema bastante deprimido depois de ver "Import/Export"... Enfim, esta noite há mais.