sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

1£...

Just to take a piss. Lá imaginação não lhes falta... Só resta aos clientes "aguentarem" a pressão hidrostática, ou então levar moedinhas. de preferência libras. Mas pode ser que as assistentes de bordo façam um câmbio simpático durante o vôo...

Dilemas

A manta (a.k.a. capital próprio) é curta e não tapa tudo, infelizmente... Logo, escolho esta




Ou esta?

As diferentes faces de uma mesma moeda!

Retirado deste post, que vale a pena ler na íntegra!

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Rede global de (des)informação

Várias foram já as ocasiões em que me deparei com o texto que abaixo transcrevo. Basta fazermos uma pesquisa na net com o último verso e logo aparece um vasto rol de blogs, chats, perfis do hi5, etc, pejados com o dito!

Várias foram também as ocasiões em que me enviaram este texto, há que realçar que com a melhor das intenções, em jeito de lição de vida! E não menos foram as ocasiões em que me insurgi contra ele por me soar ignóbil a tentativa de o atribuir a Fernando Pessoa.

"Posso ter defeitos, viver ansioso
e ficar irritado algumas vezes mas
não esqueço de que minha vida é a
maior empresa do mundo, e posso
evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale
a pena viver apesar de todos os
desafios, incompreensões e períodos
de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos
problemas e se tornar um autor
da própria história. É atravessar
desertos fora de si, mas ser capaz de
encontrar um oásis no recôndito da
sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã
pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios
sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um “não”.
É ter segurança para receber uma
crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir
um castelo…”

Na verdade não é preciso ser um erudito ou afincado estudioso da obra deste autor para logo percebermos que nunca Pessoa poderia ter escrito tal coisa! Aliás, basta conhecer os poemas de Pessoa de leitura obrigatória no programa de Português B do nosso Ensino Secundário, para perceber que algo não está certo com este texto e ou o Fernandinho estava tomado por um acesso de loucura momentâneo ou se trata de uma fraude!

Ora há uns dias uma amiga trouxe de novo à baila o dito texto e acabei numa teimosa discussão contra o argumento "Não acredito que este texto, que consta em tantos sites da internet, não seja de Fernando Pessoa como é dito!"

Mas lamentavelmente não é, conforme justificação prestada por Francisco José Viegas, director da Casa Fernando Pessoa, em resposta a esta solicitação do Público:

O poema em questão não é de Fernando Pessoa, coisa que poderia ser garantida à primeira leitura (pelo tema, pela escrita, pela ortografia). No Brasil, tanto na web como em papel impresso, circulam vários «poemas apócrifos» assinados por Fernando Pessoa; muitas vezes, os seus autores pretendem garantir algum reconhecimento anónimo através da utilização do nome do poeta – são, geralmente, textos de má qualidade e que, infelizmente, se multiplicam todos os dias. Qualquer «leitor mediano» da obra de Pessoa ou dos seus heterónimos se dá conta da mistificação e da falsificação. Fernando Pessoa não diz semelhantes patetices
E eis que consigo finalmente esclarecer isto!

Confesso que desconhecia o conceito de "poema apócrifo" e confesso que também não entendo o que move esta tentativa de reconhecimento anónimo mas o que realmente me incomoda é pensar na forma como a internet possibilita uma tão vasta propagação de erros desta natureza. E incomodam-me também os falsos e pretensiosos eruditos que assim florescem neste campo fértil de ignorância!

Por outro lado, tenho que reconhecer que foi a internet que me proporcionou um meio rápido e acessível de obter este esclarecimento! Enfim, tal como em tudo, também nesta rede global de informação é essencial saber separar o trigo do joio!

Por mim, deixo este meu modesto contributo e, em nome de Fernando Pessoa, termino este post com um belo poema, este sim, de sua autoria:

"A Criança que fui chora na estrada,
Deixei-a ali quando vim ser quem sou;
Mas hoje, vendo que o que sou é nada,
Quero ir buscar quem fui onde ficou.

Ah, como hei-de encontrá-lo? Quem errou
A vinda tem a regressão errada.
Já não sei de onde vim nem onde estou.
De o não saber, minha alma está parada.

Se ao menos atingir neste lugar
Um alto monte, de onde possa enfim
O que esqueci, olhando-o, relembrar,

Na ausência, ao menos, saberei de mim,
E ao ver-me tal qual fui ao longe, achar
Em mim um pouco de quando era assim."

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Censura, porventura?!

Depois disto, notícias como esta já não me deviam espantar mas verdade é que ainda fico boquiaberta!!!

PSP apreende livros por considerar pornográfica capa com quadro de Courbet
Pois que apreendam este blog, que eu não deixarei de publicar aqui a "A Origem do Mundo"

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Já tem 5 anos, mas podia ter sido escrito ontem

E resume em meia dúzia de parágrafos o que eu gostaria de ter escrito acerca do Carnaval em Portugal...

"O Carnaval português sempre me afligiu. Lembro-me dele quando ainda só era Entrudo e não dispúnhamos daquelas raparigas da Mealhada a dançar na rua, debaixo de chuva, abrigadas pelos seus simpáticos biquinis. Essa é a primeira imagem que me assalta: o frio, o desconsolo meteorológico, a desadequação climática. Isso e os seus desfiles, em carros alegóricos montados em cima de tractores. E dos fatos de má qualidade, de brilho barato, cintilante nos domingos de Fevereiro, escarlates. Tinha pena das raparigas. Também me penalizava pelos rapazes, da cidade ou da província, muito machões durante o ano, mas que no Carnaval se mascaravam de meretrizes ou de tias velhas. Mas, insisto, o pior era o frio de Fevereiro, os chuviscos a meio da tarde, o granizo nas ruas de Ovar, de Cantanhede ou Olhão. Um resto de misericórdia vinha do fundo da consciência pedir protecção para os desfiles.

Aos desfiles, propriamente ditos, vi-os sempre pela televisão e bastou-me: umas raparigas sem o sentido das proporções dançavam muito mal o samba, agitavam bandeirinhas, sorriam, enregeladas, com peças de tule cobrindo uns corpos muito brancos que ainda não tinham feito a dieta habitual antes da época balnear. O corpo das portuguesas, neste domínio, é um campo de sacrifícios: durante o ano alimenta-se bem e corajosamente; entre Abril e Maio começa a penar e a penitenciar-se, preparando-se para a exposição solar do Verão. É um mundo de desgraças. Só o Carnaval, com as suas peças de tule com penduricalhos de brilhantes falsos em cima, permite entrever as carnes esbranquiçadas que hão-de estar mais passadas no S. João. As figuras, dos «carros alegóricos», são o bombo da festa tradicional – políticos da televisão, caricaturas sofríveis, mal pintadas, ditos de gosto duvidoso, misturando a tradição popular da província com a piada do Parque Mayer. Tirando o dr. Alberto João Jardim, saltitando na Avenida Arriaga, no Funchal, os desfiles são pobres. Pobres e cheios de frio.
Depois, há umas actrizes de telenovela portuguesa e os seus companheiros de ofício, que vão também aperaltados no alto dos carros (que lembram, a milhas, os «trios eléctricos» de Salvador, eufóricos e encalorados): também aí é uma desilusão. Sob os tules, vêm mais panos para esconder a «beleza tradicional portuguesa». As actrizes de telenovela brasileira chegaram entretanto para animar um pouco a paisagem: sorriem muito, recebem o cheque, levantam os braços, cumprem a sua função.
Fico sempre espantado com as notícias das televisões, que falam dos «foliões» que aguardam a passagem dos desfiles: e as imagens dão conta de umas famílias apinhadas nos passeios, com os miúdos encavalitados vendo passar o cortejo de horrores. Isto, claro, sem falar da música permanente de «mamãe eu quero, eu quero mamar» que todas as discotecas do Algarve passam aos berros para que comboios de «foliões», organizados com a espontaneidade de uma missa em latim, se meneiem e transpirem adequadamente. Não sei. Não sei. Mesmo para Portugal, é muito horror junto."

Francisco José Viegas, n'A Origem das Espécies

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Moral e bons costumes

Se proíbem uma sátira ao computador Magalhães alegando "mulheres nuas", o que diriam os zelosos funcionários do MP caso se deparassem com isto,



Isto


Ou mesmo isto?






quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Petição Online contra o roubo descarado aos contribuintes

Exmos senhores,

O negócio recentemente anunciado entre a Caixa Geral de Depósitos e Manuel Fino, no que concerne à venda de 10% do capital da Cimpor à CGD, é patentemente ruinoso, injusto e, dir-se-ia, mesmo uma afronta ao povo em geral, e aos investidores em particular.

Não é concebível que para evitar dificuldades financeiras de um especulador, o maior banco do Estado (a CGD) vá ao ponto de lhe comprar os seus investimentos falhados 25% acima do valor de mercado, quando na realidade e perante essas mesmas dificuldades, este especulador ou qualquer outro ver-se-ia sempre forçado a vender essas mesmas posições ao preço de mercado ou abaixo deste.

A diferença entre aquilo que a CGD pagou por esta posição e o preço de mercado, foi uma dádiva pura e simples, de mais de 64 milhões de euros, a este especulador, que se podem considerar retirados directamente dos bolsos do povo português para o bolso do especulador.

Acresce que, não satisfeita, a CGD ainda concedeu uma opção de compra ao especulador, de forma a que se a Cimpor eventualmente valorizasse, o especulador poderia nela reentrar (tornar a comprar) sem risco. Isto é perfeitamente absurdo. A CGD colocou-se assim na posição de assumir todo o risco do investimento por vez do especulador e, ainda pior, desde logo entregou mais de 64 milhões ao especulador, pelo privilégio de fazer um negócio que ninguém aceitaria fazer de livre vontade.

Esta aberração ocorre no mesmo momento em que milhares de investidores se vêem a braços com perdas para as quais ninguém se apresta a suavizar pagando acima do mercado. Ocorre ainda no momento em que Portugal está a entrar numa crise profunda, em que centenas de milhar de pessoas perderão o emprego e, no entanto, é ao especulador que a CGD decide entregar dezenas de milhões de euros. Será isto certo? Obviamente não é.

A ser permitido, este negócio representa a morte da meritocracia neste país. Pensamos que as consequências de sequer se considerar este tipo de negócio, estão a ser subavaliadas pelas instituições.

Pedimos firmemente que, dentro do possível, sejam feitos todos os esforços para determinar a nulidade deste acto pirata sobre o povo deste país.

Atenciosamente,


P.S: Assine a petição para travar este negócio em http://www.ipetitions.com/petition/CGD/

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Por muito menos já se viu hara-kiris naquelas bandas

Talvez isto



Ajude a explicar os bonitos resultados da economia Japonesa, ou então não. Mas não quero que pensem que ando para aqui a insinuar coisas...

Por comparação o nosso ministro das Finanças não parece assim tão mau, pois não?

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Procuram-se 4.000.000 de Benfiquistas

Então mas não eram 6 milhões?

Adenda: hoje é realmente um dia de digestão difícil, ali para as bandas da 2.ª Circular. Parece que a causa de tal maleita terá a ver com a ingestão de fruta estragada...

Grass


      Pile the bodies high at Austerlitz and Waterloo,
      Shovel them under and let me work--
      I am the grass; I cover all.

      And pile them high at Gettysburg
      And pile them high at Ypres and Verdun.
      Shovel them under and let me work.
      Two years, ten years, and passengers ask the conductor:
      What place is this?
      Where are we now?

      I am the grass.
      Let me work.

Carl Sandburg (1878-1967)

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

200



Adenda: Segundo este inquérito da Gallup, surpreendentemente apenas 4 em cada 10 Americanos acreditam na Teoria da Evolução. O que apesar de tudo não causa surpresa é saber que são as pessoas mais religiosas "que menos fé têm" na Evolução das espécies.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Petição - Parlamento Europeu

Uma vez por mês e durante alguns dias, o Parlamento Europeu transfere-se de Bruxelas para Estrasburgo por inteiro, com todos os seus colaboradores e toda a sua documentação. A única razão para este desperdício de 200 milhões de euros por ano deve-se à vontade da França. Todos os países da União pagam a conta.

Nós também...

Presentemente, um determinado número de membros do Parlamento Europeu, pertencentes a diferentes partidos e países, iniciaram uma acção que visa acabar com este desperdício ridículo. Era necessário recolher um milhão de assinaturas para que este assunto pudesse ser inserido na agenda da Comissão Europeia.

Já se recolheram mais de 1,2 milhões de assinaturas, mas quanto mais melhor.

Visite o site

http://www.europafederalisterna.se/oneseat/?view=sign〈=pt

e assine para se poder acabar com este abuso ridículo (já são mais de 1,2 milhões de assinaturas).

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Saldos Ambientais



"Durante o mês de Fevereiro, a Secretaria-Geral do Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, vai realizar uma Feira do Livro do Ambiente. Esta iniciativa decorrerá de de 2 a 27 de Fevereiro (dias úteis), das 10.00 às 17.00, no Centro de Documentação do Secretaria-Geral na Rua de "O Século" nº63."

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Novo emprego blogosférico

Caros leitores, arranjei um segundo biscate como opinador blogosférico. Aceitei o amável convite para colaborar no blogue Cidadania Lx (já era uma leitura regular e recomendada, agora ainda mais). Cá como lá, deixarei as minha reflexões e opinativos acerca de Lisboa, cidade onde nasci, onde actualmente moro e que adoro desde sempre. Sobretudo uma cidade que bem precisa de uma democracia cada vez mais participativa.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Liberdade Poluída



O problema está bem identificado: apesar de os automóveis serem cada vez menos poluidores (consequência da aplicação das Normas EURO e do esforço de redução das emissões de CO2), o aumento exponencial do número de veículos em circulação é mais do que suficiente para contrariar (e eliminar) essa vantagem. Para se ter uma ideia, entram diariamente em Lisboa cerca de 400 mil veículos, muitos deles apenas como tráfego de atravessamento, outros fazendo parte dos chamados movimentos pendulares casa-trabalho, outros simplesmente para que os seus proprietários se desloquem a Lisboa para consumir e passear. O que leva aos congestionamentos que se vêm hoje em dia nos principais acessos à cidade (A5, IC19, A1, A2, Calçada de Carriche...), que se tente minimizar o problema aumentando o número e a dimensão das rodovias.

Mais vias de tráfego conduzem no curto prazo a uma melhoria efectiva das condições de circulação, mas no médio-longo prazo trazem apenas mais congestionamento devido ao fenómeno de indução, uma vez que um maior número de pessoas tenderá a utilizar o transporte individual devido ao aumento da sua atractividade . Veja-se o exemplo do IC19 (cada vez mais faixas e mais trânsito) da radial de Benfica (no início muito prática para quem regressava da margem sul, agora está impossível em hora de ponta). Isto tendo em conta que em média cada veículo transporta cerca de 1,2 passageiros... uma média que nos deve deixar orgulhosos, com toda a certeza.

A liberdade de cada um usar carro próprio nas suas deslocações interfere negativamente com a liberdade dos outros terem uma boa saúde (sobretudo os Lisboetas que são quem sofre mais com a poluição atmosférica na cidade). Tendo em conta este facto, torna-se imperativa uma mudança de hábitos com vista a reduzir o número de carros que entram diariamente em Lisboa. Estes têm um impacto muito significativo em termos económicos e de saúde pública (não só em Portugal, mas um pouco por todas as principais cidades Europeias) pois a poluição atmosférica é responsável por 310.000 mortes prematuras na Europa todos os anos, mais do que as causadas por acidentes rodoviários. O custo estimado para a economia europeia varia entre € 427 e € 790 mil milhões por ano.

Daí que hoje em dia se fale cada vez mais de medidas disciplinação do tráfego automóvel com vista à melhoria da qualidade do ar, aplicadas em várias cidades europeias. Entre estas medidas inclui-se a criação de Zonas de Emissões Reduzidas, onde não possam entrar veículos que não cumpram, pelo menos uma determinada norma de emissões (EURO I ou EURO II, por exemplo), reorganização da oferta de estacionamento tarifado e aumento da fiscalização do estacionamento ilegal, a melhoria do desempenho ambiental de frotas cativas (como os táxis e os veículos de recolha de RSU)e o aumento da atractividade dos transportes colectivos (com por exemplo maior número de km em corredor BUS, e melhoria da interligação entre modos de transporte público e a criação de parques periféricos que estimulem o park & ride). Isto para não ir tão longe como as portagens à entrada das cidades ou a congestion charge de Londres.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Empreendedorismo à Portuguesa

"Se o Estado me der dinheiro eu trago a Fórmula 1 para Portugal, não tenho problema nenhum”, garantiu o presidente do ACP"

E se o Estado me der dinheiro (uns 100 milhões), eu compro a Qimonda e deixo o ministro Pinho feliz.

O Poder e a influência de Sócrates não têm limites

Ou então as nossas forças de investigação, mesmo sendo fracotas, não serão pior que as dos outros:

Dezenas de funcionários do departamento da polícia britânica que estão a investigar a participação de José Sócrates no licenciamento do empreendimento Freeport estão à beira do despedimento por incompetência, noticiou ontem o britânico Sunday Times.

(in Visão)