quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Uma em cada três urgências são de doenças respiratórias

Vale a pena publicitar este estudo, que vai ser
apresentado hoje às 14h30 na Gulbenkian. Ainda para mais porque eu estive envolvido no mesmo.


"Estudo avalia o peso da qualidade do ar na saúde


As doenças do aparelho respiratório são responsáveis por mais de um terço dos casos que chegam à urgência pediátrica do Hospital D. Estefânia, em Lisboa. As patologias mais frequentes - e que afectam sobretudo crianças entre um e quatro anos - são as infecções agudas das vias aéreas superiores e inferiores, a asma e a pneumonia.

São conclusões de um trabalho desenvolvido pelo Departamento de Ciências de Engenharia do Ambiente da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Lisboa. Um trabalho que visou caracterizar os níveis de partículas em suspensão na atmosfera no concelho e identificar a influência deste poluente na saúde humana. É o primeiro estudo realizado para Lisboa, cidade que apresenta níveis de partículas inaláveis muito elevados à escala europeia.

Desenvolvido entre Novembro de 2003 e Fevereiro de 2005, o estudo permitiu perceber que a distribuição de concentrações urbanas de partículas em Lisboa parece indicar um eixo central, definido a norte pelas freguesias do Lumiar e a sul pelas freguesias do Castelo e de Campo de Ourique, onde as concentrações relativas são mais elevadas.

Percebeu-se ainda a importância da meteorologia nas concentrações das partículas. "O peso da doença respiratória passa, sem dúvida, pela qualidade do ar mas também pelas condições meteorológicas", diz um dos autores do trabalho, Francisco Ferreira, notando que há ainda muitos aspectos a esclarecer. Por exemplo: saber se o peso superior da procura da urgência por crianças da zona Oriental de Lisboa não terá a ver com um maior recurso a pediatras privados noutras zonas da capital."

(Fonte: Público)

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