O Pedro pediu para eu escrever para não ser expulso da lista de colaboradores e portanto vou escrever.
Acho que nunca me senti tão mal e não desiludido com a vida. No sábado passado fiquei solteiro e ao mesmo tempo descobri que um Amigo que conheço à 22 anos tinha morrido de morte súbita. Acho que a expressão "tirarem o tapete de debaixo dos pés" descreve bem o que se passou.
Perdi em simultâneo uma namorada de quem gostava mesmo e um dos meus mais antigos e melhores amigos...
Como é que uma pessoa reage a isso? Vai falar com os amigos, tenta afogar-se em trabalho,...mas parece que nada funciona. Sinto me com vontade de me deitar em posição fetal e chorar. Sinto-me com vontade de começar a esmurrar a parede até não conseguir mais. Sinto que o mundo simplesmente deixou de fazer sentido.
Quero apenas dizer que o Pedro Zenóglio tinha o potencial para ser um dos melhores médicos oncologistas do país e sempre foi um amigo de verdade e morreu. Mas vou-me sempre lembrar dos conselhos dele, principalmente quando dizia que a vida é curta e cheia de imprevistos portanto devemos sempre gozá-la ao máximo.
terça-feira, 28 de julho de 2009
Gutted
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3 comentários:
ja algum tempo derivado ao corre corre da nossa vida que nao nos viamos, o Pedro andava sempre a dizer que a vida era curta e que a tinhamos de viver... ele tinha razao a dele foi demasiado curta... obrigado pedro por teres feito parte da minha vida.
um abraço de carinho p ti, rui!
Quando soubemos da morte do Dr. Pedro em Sta Maria durante os primeiros dias os nossos turnos passaram-se em silêncio. Sou enfermeira de um dos serviços onde ele fazia Urgência Interna e apesar de não o conhecer quase nada conhecia a boa disposição dele e o profissionalismo. Foi uma pessoa querida e que se deixou querer pelas enfermeiras. Ainda agora se engole em seco quando se pensa no sucedido. Acredita que entre uns e outros falamos nele todos os dias. Tal como tu tb tive no último ano perdas muito significativas e não te vou dizer que com o tempo se esquece e passa; isso não passam de frases feitas. Posso dizer-te que dói muito, alguns dias mais do que em outros mas que tb se constroem todos os dias coisas novas e que aprendemos a conhecer-nos a cada momento e que com o passar do tempo vemos a dor como um momento de aprendizagem. Carpe diem....
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