sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Reforço de Inverno

Chama-se J.C. (não confundir com o homónimo que teve o azar de ser crucificado há 2 mil anos) o novo reforço deste blogue. É apaixonado por fotografia e ainda por cima com jeito, o que só pode significar coisas boas: vamos ficar com a chafarica mais "embelezada", pois algumas das fotos terão mesmo de vir para aqui. Aliás, é condição necessária e suficiente para o manter por cá, uma foto por quinzena. Vale?

Bem vindo, e espero que te sintas em casa aqui.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

What goes through your mind when someone says "Let's go for a drink"?




ps - Tkx, Cat =)

Verdade ou mentira?

Ainda não me tinha pronunciado sobre o caso Freeport e as implicações para o primeiro-ministro José Sócrates. Mas depois de saber que este é capaz de dizer as mentiras mais descaradas relativamente ao alegado estudo da OCDE (que tanto foi apregoado pelo próprio Sócrates, num desfilar interminável de elogios à Ministra da Educação), e dois dias depois, negar o que peremptoriamente disse antes, terei mesmo muitas dificuldades em acreditar no nosso primeiro-ministro, sempre que ele se apresentar na TV defendendo a sua inocência.

PS - para quem quiser ir acompanhando o caso Freeport, recomendo vivamente a leitura do blog de Pedro Almeida Viera.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Em tempos de crise...medidas extremas!

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Acerca do caso Freeport...

...vale a pena ler este post de Henrique Pereira dos Santos, bastante elucidativo quanto à realidade dos processos de Avaliação de Impacte Ambiental no nosso país, longe das grandes teorias da conspiração mas bem perto dos factos diários.

Impressionante...

A "desbolhalização" dos maiores bancos mundiais, como se pode ver na figura abaixo. Representa a capitalização bolsista de cada banco (em milhares de milhões de $) no final do primeiro semeste de 2007 (indicado a azul) e no dia 20 de Janeiro de 2009 (indicado a vermelho). Chamo a atenção para o Citigroup (este castelo de cartas já foi o maior banco do mundo, em termos de capitalização bolsista) e para o Royal Bank of Scotland. Por oposição, observamos bancos que se têm portado bastante bem no meio da crise: Santander, HSBC (que é agora o maior banco do mundo) e o JP Morgan. O gráfico também dá para perceber quão "minúsculos" são os maiores bancos Portugueses...





Retirado daqui.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Mulher de coragem

A ver aqui. Gostei especialmente da argumentação do suposto "Mullah". Não sei mesmo quanto tempo é que o vídeo ficará no ar, antes de sofrer censura. E já agora, se a mulher em causa já terá sido a vítima de alguma Fatwa mais irritada...

domingo, 18 de janeiro de 2009

Postais de viagem - Malanje

Na passada sexta-feira, e aproveitando uma ida a Malanje para comprar algum material (em NDalatando ainda aparece pouco), demos um salto às famosas quedas de Kalandula, antigas Duque de Bragança.

Um município bem bonito e que mostra uma vitalidade impressionante se olharmos para outras regiões do país.
As quedas são lindíssimas e de facto, de cortar a respiração... fica aqui uma pequena amostra:




Saudações de Angola.

sábado, 17 de janeiro de 2009

La Llorona

Está previsto para Fevereiro o lançamento do EP duplo dos Beirut, March Of The Zapotec/Holland.

March Of The Zapotec terá uma forte influência mexicana, como se pode ouvir neste "La Llorona", enquanto Holland será um som mais electrónico.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Arte Pura



John Lee Hooker & Carlos Santana - The Healer

Leitura de Cabeceira (XIII)

O Médio Oriente é, desde há décadas, palco de guerras sangrentas, numa espiral de violência que parece não ter fim. Nesta obra, Robert Fisk retrata-nos os diversos conflitos, a sua génese e os seus intervenientes, em descrições por vezes de um realismo atroz - a crueza dos combates, a luta sem quartel, o cinismo das decisões.
Note-se que, neste caso, Médio Oriente deve ser entendido em sentido lato, pois os relatos do autor vão desde a invasão soviética do Afeganistão em 1980, até à(s) guerra(s) da Argélia. Por outro lado, o fio da História que percorre a obra permitirá ao leitor perceber as causas dos conflitos que grassam na região, seja na Palestina ou no Iraque: e Fisk mostra-nos que não se aprendeu com os erros do passado.
A Grande Guerra pela Civilização é, pois, uma obra compósita, misto de crónica, relato de correspondente de guerra, evocação memorialista, de alguém que vive e noticia sobre a região há mais de 30 anos.


Apesar do volume ser bastante "Bíblico" (quase 1400 páginas), é uma leitura até agora muito interessante, e obrigatória para quem se interesse por Geopolítica Internacional, sobretudo pelo "Choque de Civilizações" cujo expoente máximo é o conflito Israelo-Palestiniano. Recomendo como complemento de leitura algo que ajude a compreender melhor o que é o Islão (fazendo minhas as palavras do Cardeal Patriarca), mesmo que isso implique "um monte de sarilhos". Algo como este livrinho aqui.

PS - Quem domine o inglês tem a opção de fazer como eu e comprar este livro via Amazon UK, cuja versão paperback fica por menos de 15€ já com portes. Comparado com os 40€ da edição Portuguesa... Dá para comprar mais dois livros extra.

Infelizmente os Portugueses no seu geral não gostam de ler, gostam é de exibir lombadas bonitas nas suas estantes e prateleiras. Só assim se explica a opção editorial Portuguesa de "abolir" os livros de bolso de capa mole, e em vez disso editar grandes calhamaços com capa dupla, papel de qualidade especial e um desperdício óbvio tendo em conta o espaço útil de uma página que fica por ocupar. Depois admirem-se que os livros são tão caros...

E se Ronaldo não jogasse futebol?

É a questão que abre a crónica de Helena F. Matos, publicada ontem no Público, e que vale a pena ler na íntegra aqui.

Tocou-me principalmente este parágrafo.

Ao contrário do que se gosta de acreditar os pobres raramente se revoltam. O mais que se consegue é que ocupem o seu lugar mais ou menos folclóruco em revoltas que outros, mais abonados, lideram e arquitectam. Quanto a dizer em Portugal, no ano de 2009, que a criminalidade nasce da pobreza parece-me um óbvio insulto àqueles que todos os dias saem de casa para receberem ordenados baixíssimos e terem uma vida muito mais massacrada pelo Estado com taxas, contribuições, multas e demais imposições do que aqueles seus vizinhos que se dedicam ao crime.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Island

Primeiro avanço para o novo álbum dos The Whitest Boy Alive, com lançamento previsto para Março.

Aquela batida de fundo sempre igual entra no ouvido...live on an island =D





quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Preço dos Combustíveis Online

Desde a semana passada, é possível consultar online os preços dos combustíveis em todos os postos de abastecimento do território Continental.

No site, suportado pela Direcção-Geral de Energia e Geologia, é possível seleccionar o combustível e a área pretendida, por distrito e por concelho (é possível fazer uma selecção múltipla de vários concelhos, p.e.) e obtem-se como resultado uma tabela comparativa, onde os postos estão ordenados por ordem crescente de preço praticado. Também é possível consultar um posto em específico, entre outras funcionalidades. Os dados são actualizados diariamente!

O link é http://www.precoscombustiveis.dgge.pt/

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

A Dream

Antes de mergulhar na leitura dos contos de Edgar Allan Poe, deixo-vos um dos seus poemas...talvez o meu preferido =)

In visions of the dark night
I have dreamed of joy departed-
But a waking dream of life and light
Hath left me broken-hearted.

Ah! what is not a dream by day
To him whose eyes are cast
On things around him with a ray
Turned back upon the past?

That holy dream- that holy dream,
While all the world were chiding,
Hath cheered me as a lovely beam
A lonely spirit guiding.

What though that light, thro' storm and night,
So trembled from afar-
What could there be more purely bright
In Truth's day-star?

E o homem ainda se gaba disso?

Não há mesmo vergonha... E assim se faz a realpolitik internacional. Afinal quem é a potência Mundial? Os EUA ou Israel?

"Ehud Olmert, primeiro-ministro israelita, afirmou ontem num discurso que foi um telefonema seu para George Bush que forçou a secretária de Estado, Condolezza Rice, a abster-se durante a votação de quinta-feira, no Conselho de Segurança das Nações Unidas, de uma resolução que pedia um cessar-fogo imediato para a Faixa de Gaza, deixando Rice “envergonhada”.

(...)

O primeiro-ministro israelita caracterizou Bush como um “amigo sem paralelo” de Israel. “Eles tiraram-no do palco, levaram-no para outra sala e eu falei com ele. Disse-lhe: ‘não pode votar a favor desta resolução’. E ele respondeu-me: ‘Escute, eu não sei nada sobre isso, não o vi, não estou familiarizado com a forma como está formulado’.” Olmert contou que disse então a Bush: “‘Eu estou familiarizado com ele. Não pode votar a favor’. “Ele deu a ordem à secretária de Estado e ela não votou a favor – a resolução que ela própria concebeu, formulou, organizou e manobrou para ser aprovada. Ela ficou bastante envergonhada e absteve-se na resolução que ela própria criou.”



Reparem que esta resolução nem sequer condenava nenhuma das partes, apenas pedia um cessar-fogo. Diz bem da utilidade da ONU hoje em dia... No final, nem Bush nem Olmert ficam bem na fotografia.

Estas coisas também acontecem ao melhor do Mundo*



*E sobretudo aqui ao je, quando tento dar uma de Ronaldo...

Cogumelos recheados e enrolados

O resultado desta soma é uma entrada estupenda!!!

Aqui fica a receita, bem simples:
  1. Lavar os cogumelos inteiros e retirar-lhes os pés de forma a obter uma concavidade;
  2. Rechear os cogumelos de forma generosa com queijo de barrar;
  3. Enrolar cada cogumelo recheado com uma tira de bacon e prender com um palito (de forma a segurar o bacon);
  4. Colocar num tabuleiro e levar ao forno até o bacon estar estaladiço e tostadinho q.b.
  5. Degustar com prazer!

E os pés dos cogumelos ainda podem ser aproveitados para fazer uns belos bifinhos =)

domingo, 11 de janeiro de 2009

In Bruges


Bruges, quadra natalícia, 2 assassinos irlandeses forçados a tirar umas semanas de férias, após um deles ter morto acidentalmente uma criança.

Um misto de humor e horror numa interessante comédia negra, será talvez a melhor forma de descrever este
filme. Há diálogos que roçam o absurdo, confrontando crime e princípios, e que nos deixam entre o riso e o espanto…assim como num quadro de Bosch (vejam o filme para perceber a relação entre ambos)!

Nota ainda para as excelentes interpretações de Brendan Gleeson, Colin Farrell e Ralph Fiennes.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Publicidade Gratuita (II)

A ler

O mínimo dos minimos, de João Branco no 5dias.

Texto muito bom, embora com algumas incorrecções (a estação CP de Chelas e a estação ML das Olaias ficam a mais de 700m uma da outra, logo não faz sentido pensar em uni-las via interface, idem para a estação ML de Chelas que não tem nada a ver com a homónima da CP; Já existe uma estação ML com o nome Rossio, embora se situe... na Praça D. Pedro IV).

Não me lembro exactamente de qual era, mas não houve no século passado uma qualquer lei arcaica que definia que nenhuma estação de metropolitano poderia estar a menos de 200 m de uma estação do comboio (e vice-versa)? Coisas da concorrência da altura, que hoje tornam caríssimas as obras de ligação entre estes dois modos de transporte pesado…

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Realismo

"Um Estado pouco eficiente, uma economia pouco competitiva e uma sociedade com pouca autonomia, excessivamente dependente do Estado"

"No momento em que é preciso mais intervenção do Estado, o Estado tem limitações e constrangimentos orçamentais inquestionáveis. No momento em que a economia se devia flexibilizar e adaptar rapidamente a uma mudança de ambiente tão drástica, as fragilidades do tecido produtivo português sobressaem. E no momento em que precisávamos de uma sociedade mais forte, com níveis de bem-estar sustentáveis, a fraqueza do tecido social evidencia-se".

Terá sido Manuela Ferreira Leite, ou algum responsável pelo Compromisso Portugal, o autor destas afirmações? Não. O autor destas frases é o Ministro Luís Amado, que pelos vistos tem uma lucidez muito maior do que o nosso Primeiro-Ministro.

About Today

Esta manhã descobri esta música fantástica de National...

Ah, pois é verdade...tenho finalmente um pc novo no trabalho e, para meu deleite, tem placa de som =P



Today you were far away
and I didn't ask you why
What could I say
I was far away
You just walked away
and I just watched you
What could I say

How close am I to losing you

Tonight you just close your eyes
and I just watch you
slip away

How close am I to losing you

Hey, are you awake
Yeah I'm right here
Well can I ask you about today

How close am I to losing you
How close am I to losing

Porque não queria deixar de partilhar convosco

Aqui vão algumas fotos do projecto de abastecimento de água às aldeias de Bonzo e Londa, Município do Quiculungo, Provincia do Kwanza Norte, Angola (eu sei, bem longo...).


Chegada da água ao Bonzo



Chafariz a reabilitar



Balneário a reabilitar.


O sistema existente, datado do período colonial, acabou por deixar de funcionar dada a falta de manutenção, principalmente devido aos anos de guerra civil e falta de apoio das entidades governamentais nas zonais rurais - até hoje sem acessos adequados, situação que contudo está a mudar rapidamente, sendo poucas as infra-estruturas originais que ainda se podem aproveitar.

Durante os próximos dois meses contamos acabar a obra e melhorar sgnificativamente as condições de vida das populações das duas aldeias, em particular as mulheres e crianças, pois são elas que têm de percorer grandes distâncias em busca de água de outras fontes não seguras.

Um Feliz 2009 para todos!

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Leitura de cabeceira (XII)


Penso que faz sentido ler este conjunto de textos com algum distanciamento temporal. Uma vez que já passou sensivelmente um ano desde que foi publicado, parece-me a altura ideal para o ler.

Embora não concorde na maioria das vezes com o que diz, e sobretudo com a atitude que demonstra ter em relação à blogosfera que não se encontra dentro do seu "Olimpo Abrupto", pelo menos um mérito pde ser apontado a JPP: é dos poucos políticos do "centrão" que diz o que pensa sem buscar falsos consensos, identificando a criticando abertamente e sem complexos o desgaste e a progressiva degradação das estruturas internas dos partidos (aqui aplica-se quer ao PSD, quer ao PS), com o consequente afastamento dos que melhor poderiam fazer política(s). Só isto pode explicar os desastres governativos a que temos assistido nos últimos anos, cujo único objectivo é a obtenção do "poder pelo poder", sem qualquer sentido de dever cívico e sem ter em conta o superior interesse do país.

Infelizmente deixa demasiadas vezes que os seus ódios pessoais de estimação (sobretudo dentro do PSD, vocês sabem bem de quem estou a falar...) lhe toldem muitas vezes a clareza de raciocínio. O que é pena.

É de louvar esta iniciativa

A Câmara de Lisboa discute quarta-feira o novo plano de mobilidade para a Baixa, que proíbe o trânsito automóvel vindo da Avenida da Liberdade e que atravessa aquela zona da cidade. Segundo a proposta conjunta do presidente e do vereador Manuel Salgado, o novo plano de mobilidade, que foi apresentado em Dezembro, prevê "um corte na ligação da Baixa à frente ribeirinha" para o tráfego automóvel, à excepção dos transportes públicos.

De acordo com este novo conceito de mobilidade, todo o trânsito particular que chegue à Baixa proveniente de Norte, do Rossio ou do Marquês do Pombal terá que voltar para trás quando chegar ao último quarteirão da rua do Ouro. A ideia, segundo explicou em Dezembro o presidente da autarquia, António Costa, é "alargar o espaço para peões e bicicletas" na zona ribeirinha e no Terreiro do Paço, que passa a ficar com as duas vias que ladeiam a praça (a nascente e poente) livres de trânsito.

(...)

Na proposta que levam à reunião de Câmara, António Costa e Manuel Salgado lembram a degradação da qualidade do espaço público da Baixa pombalina e da frente ribeirinha entre Santa Apolónia e o Cais do Sodré, incluindo a Praça do Comércio, e sublinham a necessidade de reduzir o tráfego de atravessamento da Baixa, que está na origem dos elevados níveis de ruído e poluição do ar. "Esse intenso tráfego (...) origina situações de insalubridade e desconforto para quem ali reside e trabalha", lê-se no documento, que acrescenta que os próprios comerciantes apontam esta situação como penalizadora para a sua actividade.

Citando o "Relatório Baixa-Chiado - proposta de revitalização", de Setembro de 2006, elaborado pelo Comissariado da Baixa-Chiado, a proposta de Costa e Salgado destaca uma das conclusões: reduzir drasticamente o tráfego de atravessamento na Baixa-Chiado é uma condição indispensável à reabilitação sustentável, tanto económica, como social e ambiental da zona.

Se for aprovada quarta-feira, a proposta do novo conceito de circulação para a Frente Tejo seguirá para apreciação pública, para recolha de sugestões, por um período de 30 dias úteis.


É de louvar esta medida, sobretudo se for efectivamente implementada. É um passo que se dá no sentido de devolver alguma qualidade de vida a quem mora e a quem usufrui do centro da cidade de Lisboa, aliás à imagem do que já se faz em diversas capitais europeias, com sucesso assinalável. Menos congestionamento, melhor serviço do Transporte Colectivo Rodoviário (e menor número de imobilizações dos eléctricos, lembram-se deles?) menos ruído e poluição.

Tendo em conta tudo isto, continuo sem conseguir compreender a ideia muito enraizada entre nós de que a restrição à circulação de veículos é algo que prejudica o comércio de bairro, e de que carros em andamento fazem compras... É exactamente o contrário, as zonas pedonalizadas são muito mais propícias ao comércio e serviços (ver por exemplo a Rua Guerra Junqueiro, ou mesmo o Bairro Alto como casos de sucesso). Agora é óbvio que o comercilo local terá de aproveitar estas oportunidades para se reinventar, ao invés de continuar anquilosado e agarado a práticas do século passado (refiro-me a horários, qualidade do atendimento, e atractividade no geral). Se se mantiver tudo na mesma, não tenho dúvidas de que daqui a uns tempos também veremos cartazes a afirmar algo como "A EMEL está a matar Alfama", que infelizmente me é bastante familiar...

O meu 1º post de 2009!!!

Bem...depois de um mês de muito trabalho, tive umas belas e merecidas férias de (quase) total dolce fare niente...

Porém, regressada à realidade do dia-a-dia, aproveito para fazer o meu primeiro post do ano e deixar algumas recomendações cinematográficas...há coisas que nunca mudam, por mais ano novo que entre ;)

Um abraço a todos e que 2009 seja o caminho para alcançar objectivos e concretizar sonhos =)


Australia pelas paisagens, pela fotografia e pelas interpretações.


Entre les Murs pela importância do ensino e dos professores na construção da sociedade e do indivíduo e pelos novos desafios que ambos enfrentam.


Into the Wild por retratar uma história verídica, pela viagem e pela busca.


Blood Diamond because This Is Africa (TIA).


The Brothers Grimm pela viagem ao universo fantásticos dos contos Grimm.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

A propósito de uma conversa num casamento

And so, girls, when fucking time comes… not the faintest whiff of it anywhere, right? From the time those Milesians betrayed us, we can’t even find our eight-fingered leather dildos. At least they’d serve as a sort of flesh-replacement for our poor cunts… So, then! Would you like me to find some mechanism by which we could end this war?

Aristófanes, Lysistrata (411 BC).

Imparcialidade

Estava agora a conversar com uma amiga, casada com um professor, que se insurgia contra a colocação durante quatro anos deste numa escola. Eu não conseguia discordar com esta medida pois trás estabilidade para os alunos e até mesmo para o professor que deixa de andar em mudanças todos os anos. No entanto não conseguimos chegar a consenso por uma razão muito simples, ela era parcial e via a questão única e exclusivamente na sua perspectiva conformista que o marido poderia ser colocado longe de casa.
A (im)parcialidade é um sério problema actualmente.
Num mundo cada vez mais globalizado a maior parte das noticias a que temos acesso chegam-nos através de filtros que as polarizam. É cada vez mais difícil chegar a conclusões e tentar manter-se imparcial.
Vejamos, por exemplo, a questão da actual ofensiva na Faixa de Gaza. Temos noticias e crónicas que são moldadas para defender uma ou outra facção.
Objectivamente o Estado de Israel é culpado de Terrorismo de Estado enquanto o Hamas é culpado de Terrorismo. Poderia passar o resto do dia a escrever sobre isso mas não se chegaria a conclusão alguma. O maior culpado continuam, na minha perspectiva, a ser os EUA que nunca permitiram que a ONU tomasse nenhuma medida que punisse Israel.

Passaram-se!

Nunca em tantos anos de atenta leitura, me tinha alguma vez passado pela frente dos olhos algo como isto: 3 capas 3!, dedicadas ao FêCêPê (que de resto já ocupou o seu lugar natural na cadeia alimentar) e sem ser no último dia do Campeonato.

É de registar, para a posteridade:



É pena a falta de originalidade das redacções, mas não se pode ter tudo, não é?

domingo, 4 de janeiro de 2009

A ler

Ontem, os tanques israelitas entraram em Gaza. Saeb Erakat, um dos mais conhecidos negociadores da Fatah, disse à CNN: “Com o quê querem eles [os israelitas] acabar? Não temos [os palestinianos] Exército. Não temos Marinha. Não temos Força Aérea (…). Este problema exige soluções políticas, não soluções militares.” Erakat não falou para a CNN em Gaza. É que ele, sendo da Fatah, não conseguiu encontrar soluções políticas para estar em Gaza. O Hamas arranjou soluções militares para expulsar Saeb Erakat e os da Fatah de Gaza.

O escritor Amos Oz é israelita e não é um falcão, foi um dos fundadores da organização pacifista Schalom Achschaw (Paz Agora). Dias antes da actual ofensiva terrestre israelita, Oz também foi entrevistado: “Vai haver muita pressão sobre Israel pedindo-lhe contenção. Mas não vai haver nenhuma pressão sobre o Hamas, porque não existe ninguém para os pressionar. Israel é um país; o Hamas é um gangue. Os cálculos do Hamas são simples, cínicos e pérfidos: se morrerem israelitas inocentes, isso é bom; se morrerem palestinianos inocentes, é ainda melhor. Israel deve agir sabiamente contra esta posição e não responder irreflectidamente, no calor da acção”, disse Amos Oz.

Dois discursos de gente de braços atados, do palestiniano Saeb Erakat e do israelita Amos Oz. Um sabe que o seu povo vai apanhar com tanques (como esteve, durante dias, apanhando com bombardeamentos aéreos), sem ter Exército, Marinha e Força Aérea para se defender. O outro sabe que o seu país tem direito a defender-se, mas teme que essa defesa aumente a força do inimigo.

Não estou aqui a fazer de Pilatos, não lavo as mãos da questão. Estou absolutamente ao lado de Amos Oz. E sobre a intervenção dos tanques israelitas julgo-a pela eficácia que venha a ter. Se ela acabar com a flagelação (70 rockets e mísseis diários sobre cidades de Israel), irei considerá-la, à ofensiva israelita, uma boa acção. Se ela acabar de vez com o Hamas, o gangue, hei-de considerá-la uma excelente acção. Mas, infelizmente, temo que os tanques não venham a ser eficazes. Conheço a táctica do gangue. Refugiam-se atrás dos homens, mulheres e crianças inocentes, cuja morte - com os corpos passeados em histeria - é a sua melhor propaganda.

Reparo que Saeb Erakat não faz, como previu Amos Oz, pressão sobre o Hamas. Na verdade, eu também, como se viu acima, não faço pressão sobre Israel - sou solidário com ele. E, sobretudo, estou incondicionalmente ao lado de gente como Amos Oz, dos que consideram que morrerem israelitas e palestinianos inocentes é mau. Sabendo, digo-o com cálculos simples, cínicos e não pérfidos, que essas mortes inocentes só cessarão quando se matarem alguns, ou muitos (os que forem preciso), maus.


Crónica de Ferreira Fernandes, no DN de hoje.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Dilemas morais

"Se querem dilemas dilacerantes não juntem estes três ingredientes: empresa pública, cartões de crédito e impunidade."

Bruno Vieira Amaral, no Blogue Atlântico. A propósito disto. Que por si só justifica uma pena de prisão para estes ex-"gestores", sem direito a apelo. Mas para isso era necessário que o país tivesse uma justiça que funciona (a raiz de todo mal, pois sem esta não existe simplesmente um estado de direito). Sobre este tema falarei numa outra oportunidade, pois dá pano para mangas.

Os blogues também são isto

" Comunicar, como aqui fazemos dia a dia, é um dos mais poderosos exercícios contra a solidão."

Aqui fica o meu agradecimento ao Pedro Correia, pela honrosa menção. É sempre um prazer visitar um dos melhores blogues Portugueses.

Um bocadito atrasado, mas ainda oportuno


Falarei em nome de todos os elementos desta casa, no desejo de um óptimo 2009 para os leitores deste blogue.