segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Paul Newman

Tive o privilégio de conhecer os grandes clássicos do cinema desde tenra idade e creio que herdei do meu pai o gosto pela 7ª arte, apesar de não ir muito ao cinema por estes dias!

Entre os meus "clássicos de eleição" contam-se Cat on a Hot Tin Roof, Exodus e The Hustler, três filmes com Paul Newman no papel principal.

Por isso, em jeito de homenagem a este grande actor falecido na passada 6ª feira, deixo-vos uma das cenas memoráveis do filme The Hustler...o jogo final entre Eddie Falson (Newman) and Minnesota Fats (Jackie Gleason).

Apesar da película ser a preto e branco, adivinham-se os profundos olhos azuis, quase luminosos, de Newman...morreu uma estrela, mas ficou a sua luz!!

Before the Devil Knows You´re Dead



May you be in Heaven five minutes before the devil knows you're dead. é um provérbio irlandês que dá título ao mais recente filme de Sidney Lumet, a história de dois irmãos que enfrentam graves problemas financeiros e cujas vidas se estão a desmoronar.

A solução encontrada por Andy (Philip Seymour Hoffman)
, o irmão mais velho, parecia simples e inócua, assaltar a joalheria dos pais com a ajuda do irmão mais novo, Hank (Ethan Hawke). O assalto seria coberto pelo seguro e todos os problemas estariam resolvidos. Mas o plano acaba por resultar numa sucessão de acontecimentos trágicos que revelam tensões familiares e mágoas antigas.

Não é um filme espectacular mas é bom, bastante bom naquele que creio ser o seu objectivo principal...expor as fraquezas dos laços familiares, a facilidade com que se pode trair aqueles que nos são mais próximos e como de repente uma escolha errada pode desencadear um rol de acontecimentos que escapam ao nosso controle até explodirem em cima de nós, por mais que os tentemos esconder "debaixo do tapete".

É interessante a forma como a história é apresentada, com quebras temporais que permitem acompanhar a acção pelos olhos de cada um dos personagens principais. Nota para a excelente interpretação de
Hoffman e de Albert Finney (o pai). Hawke, embora um degrau atrás, tem também uma interpretação digna de destaque.

O final criado por Lumet deixou-me num pesado silêncio por alguns instantes...resumindo, vale a pena ver este filme!!

Os Goliardos...


Há um bar de vinhos, na rua da Mãe d' Água, perto da Praça da Alegria, que vale a pena conhecer.

É um espaço pequeno mas agradável, com um pátio muito giro e onde se pode beber um copo de um bom vinho enquanto se deita conversa fora.

Para saber mais sobre o projecto, espreitar aqui.

Parabens, pá!


115 primaveras não são para quem quer, são para quem pode...

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Emoticons for office use

Boss is not here: Boss is calling:

Me in a meeting: Me in training:

Tea break: Before noon on weekend:
Ready for getting off work:

Tomorrow is a holiday:?@

Got today's target from boss:?@

Tough target:
Find impossible to meet boss's requirement:

Work for 2hrs: Work for a whole night:

Being notified to work on weekends:
Meet with 'Sorry-I-Don't-Know' clients:

Made mistakes in work:

Little achievement
: Frustrating things happens:

Finance person doesn't give the money:

Being advised NO BONUS this year:

Grandes Momentos da música popular portuguesa (II)

Mais uma pérola, desta vez verdadeira prevenção rodoviária...



Graciano Saga - Vem Devagar Emigrante.

Mais uma vez, cortesia do David Afonso.

Grandes momentos da música popular portuguesa (I)



Júlio Miguel e Lêninha - O Filho do Recluso

Cortesia do David Afonso.

E para entrada...

...nada melhor que uma bela saladinha de alface, rúcula, miolo de camarão e manga, temperada com óregãos, azeite e vinagre q.b. Combinada na perfeição com isto!

ps - pena não haver registo fotográfico desta iguaria =(

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Filetes com natas e creme de marisco

É certo que esta receita não é minha, mas já que a acompanhei tão de perto é legítimo que a partilhe convosco.

Ingredientes: filetes de pescada, natas, creme de marisco em pó, margarina

Primeiro é preciso descongelar os filetes. Enquanto isso, untar um tabuleiro com um pouco de margarina e despejar o creme de marisco em pó num prato ou travessa. Quando os filetes estiverem descongelados, há que passá-los pelo creme de marisco envolvendo-os bem. Colocar os filetes no tabuleiro, polvilhar com o resto do creme de marisco e adicionar as natas. Não é necessário sal porque o tempero dos filetes é dado pelo próprio creme de marisco. Levar ao forno até as natas engrossarem e a cobertura ter um aspecto tostadinho, q.b.

Não sei indicar as quantidades porque a receita foi feita a olhómetro, mas para 6 pessoas, fizemos 8 filetes e usámos 2 pacotes de creme de marisco e 600 ml de natas.

O resultado final ficou óptimo, como poderão confirmar alguns colaboradores e leitores deste blog =D

ps – Pedro, quando tiveres a foto ilustrativa desta maravilhosa receita do Carlos, é favor adicionar para completar este post ;)

R: Aqui está a foto, devidamente editada e com o bom aspecto que se vê:

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Worst EU Lobbying Awards 2008

The idea behind the Worst EU Lobbying Awards is to discourage controversial lobbying practices by exposing them to the public. Thousands of corporate lobbyists roam the corridors of power in Brussels. Operating out of the spotlight, many of them do not hesitate to employ improper methods, like pretending to be concerned environmentalists, buying science, secretly funding anarcho-capitalist think-tanks, or securing privileged access to EU decision-makers

(...) Last year, German car makers BMW, Daimler and Porsche won the ‘Worst EU Lobbying’ Award 2007 for their misleading and scaremongering lobby campaign to water down EU curbs on CO2-emissions from passenger cars. The German Atomic Forum received the special ‘Worst EU Greenwash’ Award for its campaign “Germany’s unloved climate protectionists”, which tried to greenwash the image of nuclear power plants.

Se quiserem saber mais podem consultar aqui. A votação deste ano começa no dia 13 de Outubro.

domingo, 21 de setembro de 2008

Fala quem sabe

Para se ter uma ideia da dimensão do "Bailout" que aí vem, nada melhor do que pôr as coisas em perspectiva:

"O valor do Bailout Americano, de 700 bilhões, chegaria para pagar $1000 por mês durante um ano a 58.33 milhões de Americanos, ou a 29.16 milhões durante 2 anos, ou a 14.58 milhões durante 4 ...


O valor é comprovadamente absurdo, e entrega-lo ou usa-lo em favor de instituições financeiras é igualmente absurdo perante a realidade descrita na frase anterior - seria preferível deixar tudo falir, pagar subsídios a quem perdesse o emprego e reconstruir o sistema pedra por pedra. Isso implicaria perdas elevadíssimas para accionistas e obrigaccionistas, mas quem as suportaria seriam essencialmente as classes que ganharam mais com a bolha anterior, ao passo que a solução que vai ser adoptada arrisca-se a colocar a maior parte do peso sobre as pessoas que, tendo ganho algo com a bolha, estiveram longe de ser as mais favorecidas ..."

Incognitus, em www.thinkfn.com (um poiso português, e cada vez mais uma leitura fundamental para quem se interessa por estes temas) - podem ver a discussão completa do tema aqui.

Grandes momentos da história do cinema (I)

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Jornada contra os preços dos combustíveis, já!

Votação:

O que prefere fazer nos seus tempos livres?




A - Informar-se das fontes e veracidade das notícias publicadas nos media, incluindo o Destak e Jornal da TVI.


B - Olhar para um gráfico com a variação do preço do Oil e do Gasóleo e comparar com as notícias atrás referidas.


C - Chamar Ladrões, Gatunos e Chupistas aos senhores do Governo por cobrar muitos impostos nos combustíveis.


D - Chamar Ladrões, Gatunos e Chupistas aos senhores da Galp porque o gasóleo está caro.


E - Chamar Ladrões, Gatunos e Chupistas aos senhores da Galp porque a Galp tem lucros e não os distribui pelos clientes.


F - Tornar-se sócio do ACP e andar com cartazes da ANAREC para que esta tenha direito a uma margem maior no produto que compram à Galp.

G - Falar de economia global, política nacional, chamar nomes aos senhores do Governo e ao CEO da Galp enquanto se bebe uma mini com tremoços na esplanada, virado para o Audi CDTI XPTO depois de regressar das compras.


H - Desejar uma manifestação digna de 3º Mundo para ver o acontecia.


I - Andar menos de carro



(Adaptado daqui)

Fico à espera dos votos.


PS -
Se há coisa em que se pode/deve criticar a Galp é na sua absoluta inabilidade em escolher timings correctos para descidas/subidas de preço. Têm-no feito de forma tão pouco inteligente que acabam por despertar reacções como esta. Bem sei que são uma empresa privada, e livre de estabelecer preços como bem entender. Mas mesmo que isso implique temporiamente perder dinheiro, deveria haver um maior tacto ou sensibilidade "politica" aquando nas mexidas nos preços. Os consumidores nunca serão capazes de racionalizar a questão.

Adenda: E já agora, deixo aqui uma sugestão para o nosso Ministro da Economia, Manuel Pinho. Quer uma descida rápida dos preços da gasolina e do gasóleo? É fácil: basta acabar com o regime de dupla tributação que se verifica actualmente com os nossos combustíveis (ISP+IVA).

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Curso de iniciação ao Indonésio (Bahasa Indonesia)

Para os interessados, o curso tem início no dia 13 de Outubro, e decorrerá às sextas-feiras (18:00) e sábados (11:00), no Instituto de Línguas da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas - Universidade Nova de Lisboa.

A Língua indonésia (Bahasa Indonesia) é o idioma oficial da República da Indonésia. Pertence a família das línguas malaio-polinésias, tendo sido adaptada e padronizada com base nos modelos da língua malaia e do neerlandês. A língua indonésia é umas das línguas mais faladas no mundo. Muitos indonésios, além de falar a língua nacional são fluentes em outras línguas da região, como o sundanês e o javanês. A educação formal e os meios de comunicação usam a língua indonésia. No Timor-Leste, anteriormente parte da Indonésia, a língua indonésia, como o inglês, é reconhecida como uma das línguas de trabalho, enquanto o tétum e o português são as línguas oficiais.

(http://ilnova.fcsh.unl.pt/indonesio)

Sai mais um bailout para a mesa do canto, s.f.f.

Depois da Bear Sterns e das Fannie Mae/Freddie Mac, agora foi a vez da AIG, a maior seguradora americana. Esta também foi considerada "too big to fail", ao contrário do banco de investimento Lehman Brothers, que foi deixado cair. Alguém me explica os criterios para se ter "salvo" uns e não o outro?

Agora falemos de números, para se ter uma perspectiva das coisas: os valores envolvidos nestes bailouts são inacreditáveis - 29 biliões de dólares para salvar a Bear Stearns, uns 200 biliões para a a dupla FNM/FRE, e agora 85 biliões para a AIG. A conta é paga no fim, pelo contribuinte americano. Resta saber, se as impressoras do FED terão capacidade para continuar a imprimir dinheiro desta maneira. Com uma postura destas (criando dinheiro a partir do nada), não diferem de um vulgar falsário. Aliás, o que impede o cidadão comum de comprar uma impressora e imprimir uns dólares para si também?

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Semana Europeia da Mobilidade

A partir das 18h30, vou estar em Almada (junto ao Fórum Romeu Correia) com o SNIF, no âmbito das comemorações da Semana Europeia da Mobilidade 2008, sujo tema é "Ar puro para todos". Vai ser uma oportunidade para discutir o tema da qualidade do ar, bem como de aprender um pouco mais sobre como é feita a monitorização do nível de poluentes no ar ambiente. Se estiverem interessad@s, apareçam! A visita é gratuita, e eu prometo que não será demasiado longa.


Mais informações aqui.

Any Given Day*

7:00 toca o despertador

7:30 sair da cama
7:35 tomar o pequeno almoço e de seguida, duche para acordar de vez
8:00 chegar à piscina municipal de Alfama e nadar uns 45 minutos
9:00 sair da piscina municipal de Alfama, deixar a tralha em casa e seguir para o metro
9:20 apanhar o metro em Santa Apolónia até Sete Rios
9:39 apanhar o comboio Fertagus para o Pragal
10:05 apanhar o metro de superfície em direcção à Universidade
10:15 tomar um café e iniciar o dia de trabalho
12:30 saída para almoço
13:30 regresso do almoço
15:00 (opcional: café para voltar a acordar)
17:00 saída para o lanche
17:30 regresso do lanche
18:30 sair do trabalho
18:45 apanhar o metro de superfície em direcção ao Pragal
18:59 apanhar o comboio Fertagus para Sete Rios
19:20 apanhar o metro em Sete Rios até Santa Apolónia
19:40 chegar a casa, depois de um dia de trabalho

5 dias por semana, 48 semanas por ano.

Já não sei como aproveitar um dia de folga. Demasiada formatação, I presume.  Aceito sugestões...

* Título vergonhosamente plagiado e adaptado

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

domingo, 14 de setembro de 2008

Em dia de concerto!

Goste-se ou não da música de Madonna, há que lhe reconhecer qualidades de uma grande artista, como p.e. a constante capacidade de se reinventar! Ora veja-se o longo caminho percorrido entre este Like a Prayer e Give it to Me, último single do novo albúm Hard Candy.



sábado, 13 de setembro de 2008

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

A Typical Conversation With My Mom



...love this one! Tkx Carlos =)

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Fim de tarde na Bulhosa

Dei um salto à Livraria Bulhosa, ali pelas bandas de Entrecampos, para assitir às "Conversas na Bulhosa", sob o tema "O 11 de Setembro de 2001 e as Relações Internacionais".

O orador principal foi o Dr. Bernardo Pires de Lima, e teve como convidado o General Loureiro dos Santos. O tema é complexo e dá pano para mangas, e infelizemente não pôde ser tratado como merece devido às naturais limitações de tempo, mas gostei de ouvir as diferentes visões dos dois oradores (um mais vocacionado para a questão política - e claramente um bocado mais à direita do que eu - outro para a questão militar), o que só acrescentou riqueza à discussão.

Fica também o registo do melhor momento da tarde, a cargo do orador principal durante o debate: respondendo a uma intervenção de um dos elementos da assistência
acerca da paz mundial,, saiu-se com esta pérola: "A Paz mundial para mim, é wishful thinking" (...) por exemplo, podemos estar aqui a ter uma discussão civilizada e de repente isto descambar para uma cena de pancadaria". Olhar aflito do visado, e um sorriso na restante assitência...

terça-feira, 9 de setembro de 2008

In a lonely place


In a Lonely Place, de 1950, foi um dos filmes produzidos por Humphrey Bogart através da sua produtora independente, a Santana Pictures, reflexo claro da postura anti-sistema que o actor foi desenvolvendo nos últimos tempos de carreira.

A história do filme gira em torno de Dixon Steele, um argumentista com uma crise de inspiração, homem irascível, cínico e com rasgos de violência mas com alguns traços escondidos de um romântico desencantado...personagem talhada à medida de Bogart!

A carreira de Steele está a atravessar uma fase má e o argumentista vê-se compelido a aceitar a proposta de adaptar ao grande ecrã uma novela de fraca qualidade. Depois de uma noite agitada, cansado e sem paciência para ler o livro, Steele pede a uma empregada do restaurante que frequentava que lhe conte, em traços gerais, o enredo, já que esta tinha adorado o livro. Na manhã seguinte, a rapariga é encontrada morta e Dixon Steele torna-se o principal suspeito. No entanto, Laurel Gray (Gloria Grahame) a sua vizinha da frente fornece-lhe um alibi que o mantem em liberdade. Steele e Laurel acabam por se apaixonar mas sobre os dois paira sempre uma dúvida constante: será Steele um assassino ou não?!

O filme foi exibido ontem, na Cinemateca, no âmbito de um pequeno ciclo de comemoração do 30º aniversário da morte de Ruy Belo, poeta que usou várias vezes o cinema como mote para a sua poesia.

Sou suspeita para avaliar este filme por dois motivos: primeiro, adoro os clássicos das décadas aureas de 50/60; segundo, tenho uma secreta paixão por Bogart, na sua pele de cínico e duro mas que na verdade esconde um romântico (Casablanca é e sempre será um dos filmes das minha vida)!

De qualquer forma, aqui fica a minha recomendação: o filme, em jeito de produção independente dos grandes estúdios da época, merece ser visto! Há algo de noir na forma como Dixon Steele oscila entre um registo quase terno e um registo de violência descontrolada e desmedida!! Digno de nota são também as personagens de Laurel Gray, Mel Lippman (o agente de Steele) e de Charlie Waterman (um actor decadente, que está constantemente bêbado)!!

É certo que o filme está cheio de clichés e de frases que facilmente ficam na memória, mas este diálogo pareceu-me fantástico:

Capt. Lochner: [Dixon has replied with sarcasm to Lochner's questions] You're told that the girl you were with last night was found in Benedict Canyon, murdered. Dumped from a moving car. What's your reaction? Shock? Horror? Sympathy? No - just petulance at being questioned. A couple of feeble jokes. You puzzle me, Mr. Steele.

Dixon Steele: Well, I grant you, the jokes could've been better, but I don't see why the rest should worry you - that is, unless you plan to arrest me on lack of emotion.

E eu que pensava estar a pagar para a reforma dos meus pais...

As reformas de luxo têm vindo a aumentar em Portugal, sendo que, nos últimos 12 anos, o escalão máximo com pensões acima dos quatro mil euros cresceu 640%, a uma média de 358 novos reformados a cada ano.

De acordo com os últimos dados da Caixa Geral de Aposentações, publicados esta terça-feira no Correio da Manhã, só este ano, 207 funcionários do Estado reformaram-se com pensões de mais de quatro mil euros por mês.


(Via DD)



P.S. - Será que isto também faz parte da "ambiciosa e detalhada" reforma da Segurança Social de que falava Sócrates há 2 anos?

Levi jeans commercial

weird to say the least!!

Muriel

...de Ruy Belo!

Conheço apenas alguns dos seus poemas mas ontem, a propósito do ciclo que a Cinemateca dedicou a este autor no 30º aniversário da sua morte, acabamos a falar deste Muriel, de que tanto gosto, especialmente o remate final!! Enjoy =)


Às vezes se te lembras procurava-te
retinha-te esgotava-te e se te não perdia
era só por haver-te já perdido ao encontrar-te
Nada no fundo tinha que dizer-te
e para ver-te verdadeiramente
e na tua visão me comprazer
indispensável era evitar ter-te
Era tudo tão simples quando te esperava
tão disponível como então eu estava
Mas hoje há os papéis há as voltas dar
há gente à minha volta há a gravata
Misturei muitas coisas com a tua imagem
Tu és a mesma mas nem imaginas
como mudou aquele que te esperava
Tu sabes como era se soubesses como é
Numa vida tão curta mudei tanto
que é com certo espanto que no espelho da manhã
distraído diviso a cara que me resta
depois de tudo quanto o tempo me levou
Eu tinha uma cidade tinha o nome de madrid
havia as ruas as pessoas o anonimato
os bares os cinemas os museus
um dia vi-te e desde então madrid
se porventura tem ainda para mim sentido
é ser solidão que te rodeia a ti
Mas o preço que pago por te ter
é ter-te apenas quanto poder ver-te
e ao ver-te saber que vou deixar de ver-te
Sou muito pobre tenho só por mim
no meio destas ruas e do pão e dos jornais
este sol de Janeiro e alguns amigos mais
Mesmo agora te vejo e mesmo ao ver-te não te vejo
pois sei que dentro em pouco deixarei de ver-te
Eu aprendi a ver a minha infância
vim a saber mais tarde a importância desse verbo para os gregos
e penso que se bach hoje nascesse
em vez de ter composto aquele prelúdio e fuga em ré maior
que esta mesma tarde num concerto ouvi
teria concebido aqueles sweet hunters
que esta noite vi no cinema rosales
Vejo-te agora vi-te ontem e anteontem
E penso que se nunca a bem dizer te vejo
se fosse além de ver-te sem remédio te perdia
Mas eu dizia que te via aqui e acolá
e quando te não via dependia
do momento marcado para ver-te
Eu chegava primeiro e tinha de esperar-te
e antes de chegares já lá estavas
naquele preciso sítio combinado
onde sempre chegavas sempre tarde
ainda que antes mesmo de chegares lá estivesses
se ausente mais presente pela expectativa
por isso mais te via do que ao ter-te à minha frente
Mas sabia e sei que um dia não virás
que até duvidarei se tu estiveste onde estiveste
ou até se exististe ou se eu mesmo existi
pois na dúvida tenho a única certeza
Terá mesmo existido o sítio onde estivemos?
Aquela hora certa aquele lugar?
À força de o pensar penso que não
Na melhor das hipóteses estou longe
qualquer de nós terá talvez morrido
No fundo quem nos visse àquela hora
à saída do metro de serrano
sensivelmente em frente daquele bar
poderia pensar que éramos reais
pontos materiais de referência
como as árvores ou os candeeiros
Talvez pensasse que naqueles encontros
em que talvez no fundo procurássemos
o encontro profundo com nós mesmos
haveria entre nós um verdadeiro encontro
como o que apenas temos nos encontros
que vemos entre os outros onde só afinal somos felizes
Isso era por exemplo o que me acontecia
quando há anos nas manhãs de roma
entre os pinheiros ainda indecisos
do meu perdido parque de villa borghese
eu via essa mulher e esse homem
que naqueles encontros pontuais
Decerto não seriam tão felizes como neles eu
pois a felicidade para nós possível
é sempre a que sonhamos que há nos outros
Até que certo dia não sei bem
Ou não passei por lá ou eles não foram
nunca mais foram nunca mais passei por lá
Passamos como tudo sem remédio passa
e um dia decerto mesmo duvidamos
dia não tão distante como nós pensamos
se estivemos ali se madrid existiu
Se portanto chegares tu primeiro porventura
alguma vez daqui a alguns anos
junto de califórnia vinte e um
que não te admires se olhares e me não vires
Estarei longe talvez tenha envelhecido
Terei até talvez mesmo morrido
Não te deixes ficar sequer à minha espera
não telefones não marques o número
ele terá mudado a casa será outra
Nada penses ou faças vai-te embora
tu serás nessa altura jovem como agora
tu serás sempre a mesma fresca jovem pura
que alaga de luz todos os olhos
que exibe o sossego dos antigos templos
e que resiste ao tempo como a pedra
que vê passar os dias um por um
que contempla a sucessão de escuridão e luz
e assiste ao assalto pelo sol
daquele poder que pertencia à lua
que transfigura em luxo o próprio lixo
que tão de leve vive que nem dão por ela
as parcas implacáveis para os outros
que embora tudo mude nunca muda
ou se mudar que se não lembre de morrer
ou que enfim morra mas que não me desiluda
Dizia que ao chegar se olhares e não me vires
nada penses ou faças vai-te embora
eu não te faço falta e não tem sentido
esperares por quem talvez tenha morrido
ou nem sequer talvez tenha existido.

Lucros privados, prejuízos públicos...


Consequências da falta de regulamentação eficaz, e de se deixar criar instituições financeiras com uma dimensão "Too big to fail": Os accionistas tramam-se (o que de qualquer das formas deve mesmo acontecer uma vez que, tecnicamente, estas duas instituições estão falidas), os administradores safam-se, alguns com chorudas compensações (ver também os casos da Bear Stearns ou do Citigroup, entre outros) e os contribuintes pagam a conta no fim. Era inevitável esta solução? Sim, sem dúvida que entre várias opções más, esta foi a menos má de todas (bem pior seria simplesmente deixar falir a Fannie Mae e a Freddie Mac - significava que milhões de americanos que têm a casa devido aos empréstimos por elas concedidas, ficariam numa situação dramática, e por outro lado que o Governo Americano não assumia perante os investidores estrangeiros a suas responsabilidades, e lá se ia a confiança no sistema monetário americano).

No fim, a mensagem que passa é que o sistema financeiro poderá cometer todos os disparates possíveis, por haverá a mão "amiga" do Estado para servir de rede de apoio... Um sistema capitalista sem risco para (alguns) privados é algo sui generis, não?



(Imagem retirada daqui).

domingo, 7 de setembro de 2008

A Guide to Metal

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Always Where I Need To Be

...um dos singles do Konk, último álbum dos The Kooks!

Só para partilhar o som que tenho no ouvido esta manhã...do do do-dododo, do do do-dododo =)



She don't know who she is,
Oh, I can take her anywhere,
Do whatever comes naturally to you,
You know she just don't care,
You know she just don't care,

'Cause I'm always where,
I need to be,
And I always thought,
I would end up with you eventually,

Do do do-dododo, do do do-dododo,
Do do do-dododo, do do do-dododo

Now I see her again,
I have to be a hummingbird,
Whisper words in her ear,
Oh, you know I just don't care,
You know she just don't care,

'Cause I'm always where,
I need to be,
And I always thought,
I would end up with you eventually,

Do do do-dododo, do do do-dododo,
Do do do-dododo, do do do-dododo

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Capa do Público de hoje



Se foi coincidência, revela muito mau gosto. Se não foi... Roça a canalhice, mesmo.

Adenda: Pelos vistos, foi mesmo uma coincidência. Não tendo razões para acreditar no contrário, resta-me frisar que a minha opinião acerca da capa mantém-se: mau gosto.

Separados à Nascença I

Se há coisa que sempre me fez confusão é a semelhança entre os métodos lusos e as atitudes húngaras.

Portugal e Hungria têm sensivelmente a mesma área territorial e população, mas partilham muito mais características para além destas...

in www.budapestsun.com

“M7autopalya.hu offers its readers exhaustive information, that is both practical and entertaining,” a press release for the new site said, adding that up to date news and historic pictures aside, it includes information on the villages and towns the motorway reaches, the services and fuel stations the road offers, photo albums of the construction etc.But The Budapest Sun was curious as to why the body needed an entirely new website to provide all this information, when the homepage of the State Motorway Management Co Ltd (Állami Autópályakezelô Zrt), www.autopalya.hu, already has a full section dedicated to the M7 motorway, which would have been perfectly adequate for the task. We asked who operated the new website (it doesn’t have a proper imprint), who developed it and how much the website cost. We wanted to know who would make sure that both websites will provide up to date information without paying for the same content twice.We haven’t received answers to any of our questions to date. According to Hungarian regulations, public bodies have to reveal all public information within 15 days from any citizen asking for it. KIKSz’s deadline is Aug 29.

in www.azoresglobal.com

"O líder da bancada do PSD na Assembleia Legislativa dos Açores acusou ontem o Governo Regional socialista de "esbanjar" dinheiros públicos com uma semana de festas por altura da inauguração das "Portas do Mar" em Ponta Delgada.Numa declaração política esta tarde no Parlamento açoriano, Clélio Meneses perguntou quanto vai custar a "semana de festas" anunciada para a inauguração do novo cais de turistas, que vai contar com a presença de "artistas dos quatro cantos do mundo".

(...)

"Como exemplo, o parlamentar social-democrata destacou a "construção ostentatória com que se agigantou a obra" das Portas do Mar, a construção de nove pontes para vacas na via-rápida Angra/Praia, a derrapagem de 17 milhões de euros em escolas e os mais de 40 milhões de euros gastos na "trapalhada que tem sido o transporte marítimo".

Também podem checkar o http://www.portasdomar.com/main.asp (sim...está indisponível!)

E ninguém deu pela falta do homem?


Paulo Portas escondeu demissão de vice-presidente Nobre Guedes durante um ano

Será que a restante direcção ainda está em funções? Ou melhor, será que o CDS/PP ainda existe?

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

WALL - E

À beira do século XXX, a Terra tornou-se um planeta inóspito e sem condições de sobrevivência. Os seres humanos abandonaram a Terra, e circulam há 700 anos pelo espaço, em naves, à espera de sinais de vida que lhes permitam voltar a casa!!

Entretanto, WALL.E (Waste Allocation Load Lifter Earth-Class) é um pequeno robot, deixado na Terra para limpar o lixo produzido pelos humanos. É um robot curioso e terno, que tem por única companhia uma barata e que vive a sonhar com o resto do universo. Mas vida de WALL.E transforma-se com a chegada de EVE, uma sonda topo de gama enviada pelos humanos para averiguar da existência de vida no planeta Terra. WALL.E apaixona-se e segue EVE até à sua nave-mãe, Axiom, onde vivem aventuras fantásticas...

A animação está excelente e as expressões faciais e corporais dos robots (os olhares de EVE e de WALL.E, a forma como gesticula o pequeno robot encarregue da limpeza e o grupo de robots loucos que se evadem) encantaram-me! O cenário futurista da nave Axiom, com seres humanos idênticos, obesos e que se deslocam em sofás gravitacionais, tendo perdido praticamente a capacidade de andar, assim como a imagem de um futuro desolador para o nosso planeta, tem o claro objectivo de sensibilizar e educar...e creio que ninguém fica indiferente à mensagem!!

Enfim...let's look at the trailer =P