terça-feira, 9 de setembro de 2008

Lucros privados, prejuízos públicos...


Consequências da falta de regulamentação eficaz, e de se deixar criar instituições financeiras com uma dimensão "Too big to fail": Os accionistas tramam-se (o que de qualquer das formas deve mesmo acontecer uma vez que, tecnicamente, estas duas instituições estão falidas), os administradores safam-se, alguns com chorudas compensações (ver também os casos da Bear Stearns ou do Citigroup, entre outros) e os contribuintes pagam a conta no fim. Era inevitável esta solução? Sim, sem dúvida que entre várias opções más, esta foi a menos má de todas (bem pior seria simplesmente deixar falir a Fannie Mae e a Freddie Mac - significava que milhões de americanos que têm a casa devido aos empréstimos por elas concedidas, ficariam numa situação dramática, e por outro lado que o Governo Americano não assumia perante os investidores estrangeiros a suas responsabilidades, e lá se ia a confiança no sistema monetário americano).

No fim, a mensagem que passa é que o sistema financeiro poderá cometer todos os disparates possíveis, por haverá a mão "amiga" do Estado para servir de rede de apoio... Um sistema capitalista sem risco para (alguns) privados é algo sui generis, não?



(Imagem retirada daqui).

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