quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Os números não mentem

A taxa de desemprego na Zona Euro ficou estabilizada nos 7,2% em Dezembro face ao mês anterior, descendo uma décima no conjunto da UE para 6,8%, enquanto Portugal ostenta o terceiro valor mais elevado dos Vinte e sete, revelam dados do Eurostat esta quinta-feira.

Via Dinheiro Digital

Para além da precariedade que muitos dos (nós) jovens licenciados encontram no Portugal actual - e isto sem querer entrar na demagogia politizada que a nossa oposição tanto gosta e que levará a que muito provavelmente o PS obtenha nova maioria absoluta nas próximas eleições; são números como estes que raramente são falados pelo nosso PM ou que, quando tal acontece, aparecem mascarados por detrás de todo um conjunto de estatísticas que mostram a viabilidade das "proezas alcançadas" neste últimos anos.

A verdade é que não preciso de ser muito inteligente para perceber quando me estão a mentir, mas o que me preocupa profundamente é não conseguir visualizar para onde estamos a ir - não consigo perceber como é que a economia cresce, quando a taxa de desemprego aumenta, o empreendedorismo jovem diminui e há cada vez mais jovens a deixar Portugal por promessas de estabilidade e realização profissional que encontram lá fora?

Os bons exemplos que vêm de cima

Foi apresentado, no dia 30 de Janeiro, o Relatório da Auditoria Energética ao Palácio de Belém, solicitado ao INETI, EDP e GALP pelo Presidente da República. Esta Auditoria caracterizou, quanto ao desempenho energético, os diversos edifícios do Palácio de Belém e identificou medidas de eficiência energética que serão integralmente aplicadas, no Palácio de Belém, durante o corrente ano de 2008. Com estas medidas, será possível reduzir a factura energética em 40%, face a 2007, e reduzir as emissões de gases com efeito de estufa 30%, face a 2007.

(in Newsletter da Presidência da República Portuguesa)

Afinal não era brincadeira

Quando escrevi este post, foi na convicção que tal disparate não fosse levado a sério. Claramente subestimei a criatividade de quem propõe (e decide) estas coisas, a acreditar nesta notícia de hoje do Semanário Sol.

"José Manuel Durão Barroso, antigo primeiro-ministro português e actual presidente da Comissão Europeia, deverá estar entre os candidatos ao Nobel da Paz de 2008, anuncia hoje a Agência France Presse (AFP), na data limite de apresentação de candidatos."

São capazes de me surpreender ainda mais se atribuírem o Nobel a Durão Barroso.

Alguém me explica o que é que o actual presidente da Comissão Europeia contribuiu para merecer tal distinção? E já agora, o que pensam disto aqueles que criticaram tão acirradamente a atribuição do prémio Nobel a Al Gore, acusando-a de ser meramente política?

Vi ontem e gostei (IV)


A história do reencontro de três irmãos norte-americanos numa viagem espiritual pela Índia. É de perguntar porque é que Hollywood não se lembra de fazer mais coisas assim, de uma simplicidade cativante. Não sei se lhe chamaria uma comédia, embora o humor esteja presente e seja de qualidade superior.

Bill Murray, como não podia deixar de ser, marca presença.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Como apagar um fogo com gasolina...

Achei que vale a pena colocar sob a forma de post autónomo a minha resposta a uma questão do César David Sousa:

O FED está aplicar a receita de 2000, quanto estoirou a bolha das dot.com, reduzindo as taxas de juro para níveis baixíssimos durante demasiado tempo. O resultado foi um novo motor para estimular a economia (consumo), via acesso fácil a crédito barato, e uma nova bolha, desta vez na habitação. Os bancos acabaram a conceder crédito a quem efectivamente não podia pagar (os chamados NINJAS = no income no job no assets) que davam como colateral apenas o valor das habitações (crédito subprime). A coisa correu bem enquanto o valor das casas foi aumentando anualmente a uma taxa absurdamente alta e especulativa, incentivando a titularização destes créditos. O problema surgiu quando o FED recomeçou a subir gradualmente as taxas de juro, o que aumentou de forma exponencial os níveis de crédito mal parado, aumentando o número de despejos e diminuindo o valor das casas (com mais casas disponíveis no mercado, o seu valor especulativo diminuiu abruptamente). Este bolha, bem como as suas ramificações cujos impactes se estão a fazer sentir na restante economia mundial, foi identificada em tempo útil, como se pode ver aqui, aqui e aqui.

Baixar as taxas de juro novamente será bom a curto prazo, mas é como apagar um incêndio com gasolina. Os níveis de endividamento vão continuar a crescer, e a bolha irá rebentar lá mais para a frente, só que com maior impacte. Por outro lado, a baixa das taxas de juro (bom como o pacote fiscal do presidente Bush) significam implicitamente que o Governo Americano e o FED optaram por fazer com que TODOS os americanos paguem a crise, via um imposto escondido chamado inflação.

Por outro lado, está-se também a penalizar efectivamente quem adquiriu casa de acordo com as suas possibilidades e não se endividou em excesso, e a premiar quem adquiriu habitações que não tinha condições de pagar (bem como as instituições financeiras que estimularam este comportamento, algumas das quais já teriam falido em situação normal). É um facto moralmente condenável, e também transmite outro sinal aos agentes económicos: os bancos poderão fazer os disparates que quiserem (criando instrumentos derivados cada vez mais complexos e opacos a regulação), pois terão a "mão amiga" do FED para os salvar de situações de falência potencial. Mais valia alguns bancos falirem e os restantes aprenderem a lição. Assim, adia-se o problema para uma próxima crise que irá ser de maior intensidade.

A boa notícia (?) é que provavelmente 1929 não se irá repetir, devido a dois factores:

1) O FED e restantes Bancos Centrais (como o de Inglaterra que injectou milhões de £ no Northern Rock, mesmo sabendo que não existem garantias de crédito no banco) não deixarão falir milhares de bancos como em 1929-32, optando-se por nacionalizá-los e transferir a dívida para os restantes contribuintes;

2) Actualmente, o dinheiro em circulação já não está restringido ao padrão ouro, o que faz com que seja possível aos Bancos Centrais imprimir dinheiro de uma forma praticamente infinita, o que fará com que o impacte seja sentido, mas de forma talvez mais atenuada.

E dizia o homem que não ia haver remodelação!

Ana Jorge vai ser a nova ministra da Saúde e José António Pinto Ribeiro vai assumir a pasta da Cultura, substituindo respectivamente António Correia de Campos e Isabel Pires de Lima, que solicitaram a exoneração ao primeiro-ministro.

Sai um ministro da saúde que tecnicamente pode ser muito competente, mas a quem faltam os conceitos mínimos de acção política (só faltou afirmar "como seria melhor este país sem os Portugueses para atrapalhar, esses ingratos que não compreendem que as minhas políticas iluminadas são o melhor para eles..."), e uma ministra da cultura que pouco se viu, e nas suas raras aparições acabou sempre por chamar a atenção pela negativa. Resta saber se a mudança de caras vai ser também mudança de políticas, e se (especialmente no caso da saúde) haverá maior habilidade política para a implementar reformas dolorosas, mas necessárias.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Maior fraude de sempre num Banco

Jérôme Kerviel vai ficar na história, mas não pelos melhores motivos:

"A Société Générale descobriu este fim-de-semana que um seu empregado andou a fazer apostas secretas à revelia do banco. A fraude do "trader" que trabalha na unidade em Paris do SG, vai custar 4,9 mil milhões de euros ao banco francês, que já anunciou um aumento de capital para regularizar a situação."

(Fonte: Jornal de Negócios)


Este "trader" assumiu posições em futuros de índices de acções europeias, violando os limites impostos pelo banco francês.
O problema foi descoberto no fim-de semana, obrigando o banco a fechar estas posições no mercado no início desta semana, provocando uma força vendedora tal que levou os mercados europeus a cair mais de 6%!

Começa a haver explicação para a brutal queda de 14% no índice Eurostoxx50 em 3 dias. Ironicamente,
estas quedas terão conduzido em última análise ao maior corte de taxas de emergência da história por parte da Reserva Federal Americana.

Há coisas fantásticas, não há?

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Tudo calúnias

O presidente norte-americano, George W. Bush, e outros altos funcionários do governo norte-americano mentiram 935 vezes no período dos dois anos anteriores à guerra no Iraque, revela um estudo divulgado nesta quarta-feira.

Via Diário Digital

Em destaque


É uma das revistas que compro regularmente. A periodicidade é mensal, e como tal é pouco útil a especuladores bolsistas e investidores de curto prazo. No entanto, é bastante interessante como forma de "educar" os investimentos do comum dos portugueses. Além das recomendações de investimento (sempre numa óptica de médio/longo prazo), tem normalmente outros artigos interessantes: dados fundamentais e ambiente macroeconómico e investimentos alternativos.

Recomendo vivamente a leitura desta revista, bem como do correspondente blog, que foi inaugurado ontem.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Aquecimento global

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Gostava de ter escrito isto


Quaresma, de M.J.M.
Haja decência, de Pedro Marques Lopes

domingo, 20 de janeiro de 2008

Postais de viagem - Praga

Rudolfinum


Ponte Carlos


Torre da Pólvora


Colina Hradcany e Castelo de Praga

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Ementa alternativa

No passado dia 2, um aluno frequentador da nossa cantina descobriu um rato morto nas suas instalações (não fazendo o dito animal parte da ementa do dia), tendo registado o momento para a posteridade, como se pode ver aqui:


Entretanto, um outro aluno denunciou esta situação à ASAE, o que significa que a breve prazo iremos ter a visita destes senhores.

Farei os possíveis para manter os leitores actualizados acerca desta situação, e com um pouco de sorte talvez consiga colocar aqui algumas fotos da autoridade em plena acção, encerrando preventivamente o edifício. No entanto, o que dava mesmo jeito é que o fizesse em período de férias...

Está tudo doido... (II)

Isso ou então estamos na presença do Mourinho da banca nacional...

"Paulo Teixeira Pinto, ex-presidente executivo do Banco Comercial Português (BCP) recebeu uma indemnização de 10 milhões de euros e acordou que receberá uma pensão anual equivalente a 500 mil euros.

O antigo CEO do BCP renunciou ao cargo, em Setembro, e garantiu uma indemnização à cabeça de 10 milhões de euros, o que o impede de voltar a exercer funções em instituições bancárias concorrentes, adianta o mesmo jornal. "


Fonte: Jornal de Negócios

Está tudo doido...

"A agência de notícias AFP proibiu os seus jornalistas de usarem, como fontes de informação, a Wikipédia e o Facebook, assegurou o director da delegação de Londres, Pierre Lesourd, esta semana."


Compreendo a opção de um jornalista em pontualmente recorrer à Wikipédia para a obtenção de uma ou outra informação minimimente credível. Agora, Facebook? FACEBOOK(?!?). Já estou mesmo a ver a reacção: "Ai querem obrigar-nos a fazer jornalismo de investigação a sério? Vamos já fazer queixa ao sindicato e aos tribunais, seus negreiros!"

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Vale a pena ler

Este post de Rui Tavares

"Consideremos como uma menção de Cavaco Silva aos salários dos executivos de empresas foi recebida em Portugal. Os adjectivos mais usados: “populista” e “demagógico”. Encontramos também “infeliz” e “insólito”. Na Quadratura do Círculo da SIC o panorama foi tão variado como o electrocardiograma de um cadáver: Pacheco Pereira optou pelo “populista e demagógico”, Lobo Xavier pelo “infeliz e insólito” e Jorge Coelho achou que “não fazia sentido” falar do assunto. O presidente foi até acusado de, crime dos crimes, “ter piscado o olho à esquerda”.

A reacção generalizada foi resumida pelo Jornal de Negócios assim: “Falar em desproporção salarial é «ceder à demagogia»”. Reparem bem, não é fazer algo. Não é pensar em fazer. É simplesmente falar do assunto. Ou, como fez o presidente, “interrogar-se” sobre se seria “justificada” a diferença entre os salários dos administradores e os dos colaboradores.

Temos às vezes a impressão errada de que a maioria da opinião publicada em Portugal é conservadora. Infelizmente, é pior do que isso: limita-se a ser uma reacção instintiva de protecção do status quo.

***

Curiosamente, é preciso ir à imprensa económica para encontrar uma cantiga diferente: um editorial do Jornal de Negócios considerou que a referência de Cavaco Silva “faz todo o sentido”. E onde lemos, já há bastante tempo, que os administradores do BCP estavam a “ir ao bolso” dos seus accionistas com os altos salários de que usufruíam? No Wall Street Journal, nem mais nem menos. Em Portugal seria impossível escrever com uma clareza destas.

Porém, como revelou um estudo especializado da Mercer, Portugal é o país da UE em que a diferença salarial é maior: os administradores ganham trinta e duas vezes mais do que os funcionários, contra quinze vezes em Espanha, quatorze vezes no Reino Unido e dez na Alemanha. E isso não é só porque os funcionários ganham pouco: os altos gestores portugueses ganham os segundos melhores salários da UE, em termos absolutos, só atrás dos ingleses.

E o que nos dizem a isto os defensores do status quo? Que os gestores, para serem de qualidade, têm de ser bem pagos. E que os gestores portugueses têm de ser bem pagos porque a qualidade não abunda. Sim, é contraditório. Sim, é circular. A conclusão é que os gestores portugueses têm de ser bem pagos porque sim.

Em 2006 os administradores do BCP receberam 3 milhões de euros de vencimento, cada um. Entretanto, esses génios da finança destruíram a credibilidade do banco, perdoaram empréstimos a familiares e amigos e, só nos últimos seis meses, o banco perdeu um terço do seu valor. Pior ainda, corre uma investigação por suspeitas de terem enganado a bolsa criando empresas off-shore para comprar as suas próprias acções.

Pergunto-me se não deveríamos antes contratar gestores alemães, que ganham menos e não consta que sejam piores nem mais vigaristas. Mas não quero ser populista nem demagógico. Eu sei que nos EUA toda a gente faz este debate. Na Alemanha, o governo conservador de Angela Merkel fala em intervir para tabelar os salários dos gestores. Mas em Portugal é melhor nem nos interrogarmos: é insólito."


quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Nova unidade internacional de mensuração: o "Aeroporto de Alcochete"


Segundo o DN de hoje, o
Prejuízo do Citigroup dá para pagar dois aeroportos de Alcochete.


O Estado simplex - Segurança Social

Porque ontem tive mais uma daquelas "manhãs" na Segurança Social (atenção, poderia ser qualquer outra secção de atendimento público), achei por bem deixar aqui um desabafo, pois já é tempo de se começar a pensar (a sério) em mudar o sistema de atendimento ao público, pois assim como está, é penoso tanto para quem é atendido com para quem atende.

É que na secção do Areeiro a coisa até está bem pensada: existem 2 portas; porta F para entradas; a outra porta para as saídas, tudo bem até aqui. O problema é obrigarem-nos a passar novamente pelo corredor da triagem (!?) se por acaso temos de sair e volta a entrar, sujeitos a ouvir: "Oh senhor, a fila para a senha é lá atrás..." e aos olhares reprovantes, mesmo tendo já a senha na mão.

Após a triagem e já na posse de uma senha "A" de cor creme (pormenor importante como irão ver mais à frente), tendo 30 utentes à minha frente, resolvi ir primeiro à tesouraria e ver se conseguia pagar - um aparte, em Novembro passado reiniciei actividade como independente e, como tal, sou obrigado a pagar as minhas contribuições mensais até ao dia 15, a partir do mês seguinte ao do início da actividade, neste caso até dia 15 de Janeiro a contribuição do mês de Dezembro. Já há alguns dias que o tentava fazer, mas nem através do site do meu banco nem do multibanco o consegui (sempre a mesmo mensagem, um qualquer erro devolvido pela SIBS(?)).

Qual foi o meu espanto quando finalmente me atenderam na tesouraria (desta vez uma bonita senha azul e "apenas" 20 utentes depois) e me indicam que de facto não é possível efectuar o pagamento pois alguém tinha metido água e se esqueceu de colocar o meu enquadramento aquando da inscrição - teria de voltar novamente junto do balcão da triagem, com uma nota da tesouraria e pedir que me efectuassem o enquadramento e posteriormente regressar à tesouraria (nota: antes de ir perguntei se, caso não pagasse nesse dia, teria de pagar juros de mora pelo atraso, ao que me foi indicado que sim - afinal o estado é "pessoa de bem", e por um erro do sistema que não me permitia pagar a tempo ainda teria de pagar a bela da coima...enfim).

Saio, volto a entrar passando novamente na triagem e pelas reacções esperadas de quem (des)espera e fui, inocentemente, para junto do balcão de enquadramento esperando que me dessem prioridade (afinal trazia o "salvo-conduto" da tesouraria, pensei eu) e pudesse passar à frente dos 20 que já lá estavam e dos outros 20 na fila de triagem que poderiam lá ir parar - erro crasso! "Tem que tirar senha", foi-me dito, o que significava voltar novamente para a fila de triagem (que nesta altura já chegava à rua) e, assim, nem às 16h da tarde me despacharia!

Regressei à tesouraria com aquele sentimento de "bola de pingue-pongue", que acredito já muitos sentiram, expliquei o que se passara e pedi (por favor, vejam bem, afinal fui eu que não quis pagar comodamente via MB) à simpática senhora que me atendeu se eu poderia tratar disso posteriormente via internet ou se ela poderia dar uma ajudinha. Tive sorte, ela lá se prontificou a ir até ao 7º andar (segundo o que me disse) e tratar de resolver a situação pois, "não tinha permissões suficientes para o poder fazer a partir do seu posto de trabalho" (e eu que pensava que o sistema estava ligado em rede?) e eu não iria poder tratar disto via net.

Algum tempo depois lá voltou. Tudo resolvido e finalmente paguei, sem coimas, juros de mora e a certeza que no próximo mês pago via Internet ou MB, afinal muito mais "simplex".

Não ficou por aqui, contudo, afinal ainda tinha a senha "A" de cor creme e umas dúvidas para tirar referentes a alteração de dados e validade dos cartões. Voltei a sair, a passar no corredor de triagem e entrar na sala de espera principal. Faltavam 3 números para o meu, "afinal até tive alguma sorte" pensei.

Puro erro! Quando aparece o meu número no ecrã, dirigi-me ao guichet 14 como indicado e, qual o meu espanto quando sou informado que "não, não é aqui, isso é outra senha A, terá de esperar que a minha colega o chame no guichet 10 aqui ao lado". Note-se que a funcionária disse-o com o ar de quem já teve de explicar isto n-vezes antes, afinal como é possível fazer confusão? Duas senhas "A" no mesmo local, mas numa a chamada é feita no ecrã, na outra é a colega que gasta a voz - nada que enganar!

Juntei-me ao grupo que se "amontoou" junto aos guichets de modo a poder ouvir a voz da tal "colega" que nos chamava (ou até não, pois enquanto esperava nenhum utente com a famosa "outra senha A" foi chamado) e, entre a boa disposição de alguns que já sabem o que a casa gasta, inicia-se uma discussão entre duas utentes lá dentro: ao que parece uma delas abusou da gentileza da outra e, de uma pequena dúvida, se pôs sentada na cadeira com ar de "daqui-não-saio-daqui-ninguém-me-tira". Afinal resulta fazer "barulho" e intimidar para se poder ser atendido (veja-se o recente caso na CCDR-LVT), doutro modo com simpatias não se vai lá, ou até se resolvem os assuntos, mas 3 horas depois!

Resolvi ir embora, não estava com paciência para cat figths e queria mesmo era ir almoçar com a minha sayang, afinal já era quase hora de almoço - tinham-se passado 2h e mais qq coisa, e a sensação era de meia missão cumprida!

Isto tudo porque afinal até me considero um cidadão honesto e que paga as contribuições a todo o custo para que os meus pais possam ter reforma, pois eu já não aspiro a mais que isso.

Reacções à vitória de Santos Ferreira no BCP (II)

“O meu partido não se pronuncia sobre este tipo de questões, que têm a ver estritamente com o mercado. Não vou fazer aquilo que o Dr. Santos Silva tem feito ao longo destes quinze dias, ou seja, não me vou envolver neste assunto.”

Dita por Luis Filipe Menezes. Convém lembrá-lo de algumas das suas declarações anteriores
:

O presidente do PSD considera de «quarto mundo» a candidatura de Santos Ferreira e de mais dois administradores da CGD ao BCP.

Luís Filipe Menezes diz que PS quer controlar o BCP


Luis Filipe Menezes diz que BCP está a ser alvo de uma OPA informal


Portanto, agora que o seu candidato perdeu já é o mercado a funcionar... Ou isso ou considera que a sua opinião, ao contrário da "do seu partido", não é para levar a sério...

Reacções à vitória de Santos Ferreira no BCP


"Foi o melhor resultado, o que não significa que o novo presidente e os elementos da sua lista, sejam o ideal. Foi uma excelente lição para Cadilhe que sabe tanto de economia como eu de costura. Espero que o sector financeiro estabilize, mas não podemos esquecer a CGD.”
- Miguel Beleza

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Ainda o negócio com a Lusoponte

Há no 31 quem venha fazer a defesa de Ferreira do Amaral no negócio entre o Estado e a Lusoponte que tanto tem dado que falar, insinuando que alguns comentadores, opinadores e bloggers têm levantado dúvidas acerca da sua ética.

A Lusoponte limitou-se a proteger os seus interesses e fez o seu papel; Quem aqui está em cheque é mesmo o ex-ministro, pelo negócio mais do que duvidoso que conduziu a um monopolismo privado. O facto de ir acabar na Lusoponte abona ainda menos a seu favor. E sim, tenho toda a legitimidade de dizer que foi uma negociata suspeita e pouco séria, já que me sai do bolso como contribuinte. Em política, é necessário ser-se sério e parecê-lo tamb
ém. Ferreira do Amaral até pode argumentar que não existe relação de causalidade, mas eu acreditaria mais facilmente nele se não tivesse ido parar ao lugar onde está.

Novo Dicionário de Língua Portuguesa


* Alevantar*
O acto de levantar com convicção, com o ar de 'a mim ninguém me come por parvo!... alevantei-me e fui-me embora!'.

*Aspergic *
Medicamento português que mistura Aspegic com Aspirina.

*Assentar *
O acto de sentar, só que com muita força, como fosse um tijolo a cair no cimento.

* Capom*
Porta de motor de carros que quando se fecha faz POM!

* Destrocar*
Trocar várias vezes a mesma nota até ficarmos com a mesma.

*Disvorciada*
Mulher que se diz por aí que se vai divorciar.

*É assim…*
Talvez a maior evolução da língua portuguesa. Termo que não quer dizer nada e não serve para nada. Deve ser colocado no início de qualquer frase. Muito utilizado por jornalistas e intelectuais.

*Entropeçar *
Tropeçar duas vezes seguidas.

* Êros *
Moeda alternativa ao Euro, adoptada por alguns portugueses.

* Falastes, dissestes*
Articulação na 4ª pessoa do singular. Ex.: eu falei, tu falaste, ele falou, TU FALASTES.

*Fracturação *
O resultado da soma do consumo de clientes em qualquer casa comercial. Casa que não fractura... não predura.

*Inclusiver *
Forma de expressar que percebemos de um assunto. E digo mais: eu inclusiver acho esta palavra muita gira. Também existe a variante 'Inclusivel'.

* Mô*
A forma mais prática de articular a palavra MEU e dar um ar afro à língua portuguesa, como 'bué' ou 'maning'. Ex.: Atão mô, tudo bem?

*Nha*
Assim como Mô, é a forma mais prática de articular a palavra MINHA. Para quê perder tempo, não é? Fica sempre bem dizer 'Nha Mãe' e é uma poupança extraordinária.

*Númaro *
Já está na Assembleia da República uma proposta de lei para se deixar de utilizar a palavra NÚMERO, a qual está em claro desuso. Por mim, acho um bom númaro!

*Parteleira*
Local ideal para guardar os livros de Protuguês do tempo da escola.

*Perssunal *
O contrário de amador. Muito utilizado por jogadores de futebol. Ex.: 'Sou perssunal de futebol'. Dica: deve ser articulada de forma rápida.

* Pitaxio*
Aperitivo da classe do 'mindoím'.

*Prontus*
Usar o mais possível. É só dar vontade e podemos sempre soltar um 'prontus'! Fica sempre bem.

*Prutugal *
País ao lado da Espanha. Não é a Francia.

*Quaise *
Também é uma palavra muito apreciada pelos nosso pseudo-intelectuais. Ainda não percebi muito bem o quer dizer, mas o problema deve ser meu.

* Stander*
Local de venda. A forma mais famosa é, sem dúvida, o 'stander' de automóveis.
O 'stander' é um dos grandes clássicos do 'português da cromagem'…

*Tipo* * Gajo*
Juntamente com o 'É assim', faz parte das grandes evoluções da língua portuguesa. Também sem querer dizer nada, e não servindo para nada, pode ser usado quando se quiser, porque nunca está errado, nem certo. É assim... tipo, tás a ver?

* Treuze*
Palavras para quê? Todos nós conhecemos o númaro treuze.

Via 31 da Armada

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

1500 visitas

É um número redondo e que vale a pena assinalar, no dia em que este blog comemora exactamente 3 meses de vida.

Leitura recomendada

A máscara privada do monstro público, artigo de Mário Crespo, hoje no Jornal de Notícias, acerca do estranho negócio Estado/Lusoponte, patrocinado pelo Ex-Ministro Ferreira do Amaral (actual presidente da Lusoponte, quem diria) e que concedeu a esta empresa o monopólio das travessias do Tejo a sul de Vila Franca de Xira. De facto, é muito mais compensador avançar para um negócio em que à partida os riscos são retirados da equação, mas os lucros continuam lá...

Em relação a casos como este, não sei se é de menos Estado que precisamos. Para mim, bastavam algumas indemnizações compensatórias desta gente a todos os Portugueses que andam a pagar do seu bolso tanta corrupção encapotada, e algumas penas de prisão efectiva a acompanhar. Moralizava este sistema económico-político-partidário num instante...

PS - Realmente, o que compensa mesmo é ser ex-ministro. Pina Moura e Tony Blair que o digam...

domingo, 13 de janeiro de 2008

O Género e a blogosfera

Estudo: Raparigas gostam de blogs, rapazes preferem vídeos

Os blogs atraem muito mais as adolescentes, enquanto os rapazes estão mais interessados em publicar os seus vídeos na Internet, de acordo com uma pesquisa da Pew Internet & American Life Project.

Via Diário Digital

Obrigado João, eu bem que parecia que havia algo de errado aqui n' O Povo é sereno... Basta a ver a lista de autores ao lado - só raparigas, claro!

sábado, 12 de janeiro de 2008

Saldos de Janeiro, em modo ASAE

ASAE apreende material genuíno em lojas de grandes marcas

"Não são só as contrafacções que atraem a atenção da ASAE. As lojas de marcas de luxo, como a Cartier, a Hermès ou a Louis Vuitton, também não escapam ao inspector-geral António Nunes, visto não terem licenças para vender alguns produtos que hoje comercializam"

(Fonte: Sol)

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Lisboa está na moda

Depois do New York Times nos colocar no 2.º lugar dentre 53 destinos para 2008, segue a Shermans Travel a colocar-nos em 3.º lugar no seu top 10.

"The cheapest capital in Western Europe (according to the 2007 Mercer Consulting survey) is worth a visit not only for its affordability – a huge plus when considering the anemic exchange rate of the U.S. dollar against the Euro these days – but for its dramatic hillside villages, fashionable cobblestone enclaves, and innovative cuisine. No longer just a stopover on the road to Porto, the capital of Portugal is fast becoming Europe’s next “it” city, which means crowds and inflated prices are bound to follow. Visit in 2008 before the buzz signals the hordes, and bask in the medieval streets of the Amalfa district, hip boutiques of the Bairro Alto, and trendy waterfront restaurants in the Docas area (where John Malkovich co-owns a trendy sushi joint). It may be the last year you'll enjoy any solitude in the peak summer season."


O Bom, o Mau e o Vilão

(Fonte, Wikipedia PT)

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Anúncios

Obrigado Carla, por estas pérolas a la Jay Leno...


Tecnologia a mais ou, porra para que é que é que eu quero tantos botões
E depois a coisa começa a piscar, e faz ruídos esquisitos, e gasta duas pilhas por dia e um gajo vai revelar o rolo e dizem que não tem rolo. Venha de lá uma uma kodak descartável. E depressa!


Amanhã o chefe faz anos Não é ele que anda sempre para aí a dizer que é aficcionado dos touros e dos cavalos? Pois já sei o que lhe vou dar de presente



Não devia ser ao contrário?
Nos tempos modernos são os empregados que admitem gabinetes. Gabinete que queira empregado tem que suar as estopinhas para fazer boa figura. Um luxo meus senhores.


A velha questão do M/F
Arnaldo Matos apresenta-se ao serviço como mulher de limpeza. E não me façam muitas perguntas.


Alguém Compring? Faça um aproveiting. Estão a fazer descontings que nem nos saldings se vêem.



Procura-se para festa inspiradora
Que grande festarola vai ser esta. Espero que seja ao ar livre. E que o alojamento desta estrela fique bem longe dos restantes hóspedes.


A louca juventude dos 44
É melhor despachar-se, antes que a "rapariga" chegue à idade adulta. Deve acontecer para aí aos 50.


Cadeira eléctrica Pois é, aposto a cadeirinha está como nova. Só serviu para dois assassinos e um terrorista da Al Qaeda. A sua sogra vai adorar.


Pronto, admito que pode não ser o melhor exemplar do reino animal
mas garanto que não lhe suja a casa.

Limpar nunca foi tão divertido

Manda aí o barro à parede a ver se cola... Não? Ok, tira lá isso daí então... (II)

O ministro do Trabalho e da Solidariedade Social anunciou hoje que o aumento extraordinário das pensões será pago de uma só vez, no próximo processamento das prestações, contrariando a posição assumida ontem pelo Governo.

(Fonte: Diário Económico)


Afinal o nosso Primeiro Ministro também sabe "Guterrar"...

A ver se nos entendemos: se não querem andar aos ziguezagues, das duas uma:

1) Mandam calar os Secrtetários de Estado (ou pelo menos disciplinam estes disparates)
2) Lêem algumas das propostas governamentais em casa, para a família e amigos, ANTES de as virem dizer na comunicação social... Vão ver que algumas nem saíam do papel! Poupava-se em tristes figuras.

Crónica de uma decisão anunciada

"Sócrates leva hoje ratificação parlamentar do Tratado da UE à Assembleia da República"*

Mas alguém esperava outra coisa, tendo em conta a estratégia que vinha a ser preparada nos últimos tempos, tal como se pode ver aqui, aqui e aqui? O objectivo era bem claro: fazer crer que o Primeiro-Ministo até era a favor do referendo ao Tratado, mas a pressão de Bruxelas e a oposição da Presidência da República não o deixaram...

Entre quebrar uma promessa aos seus eleitores ou quebrar uma promessa aos seus pares da União Europeia, Sócrates fez a sua escolha. E deve responsabilizar-se por ela.

Leituras complementares:
Está feito, de Paulo Pinto Mascarenhas
O não de Sócrates ao referendo, de João Távora
Prioridades, de Pedro Sales

* Fonte: Público

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Vale a pena ler

Aconselho vivamente a leitura deste post do Pedro Correia, no Corta-Fitas.

Concordo plenamente que não se deve tolerar quem não tolera; concordo também com a Cristina Ribeiro quando afirma que a religião muçulmana vai muito além destes extremistas.

Conheço de forma mais ou menos próxima membros da comunidade muçulmana em Portugal (e também lá fora) e nenhum dos que conheço alguma vez aprovou tais comportamentos, muito pelo contrário.

Ainda falta contudo, uma tomada de posição mais forte e séria de quem corre o risco de, ao fim e ao cabo, vir a ser metido no mesmo saco (se já não o é) e ver isso afectar seriamente a sua vivência diária.

Vão levar o seu tempo, mas creio que mais cedo ou mais tarde irão perceber que terão de ser os próprios (muçulmanos mais liberais) a começar a resolver internamente o problema da ignorância/intolerância a que algumas facções chegaram, nomeadamente através da condenação pública e veemente destes comportamentos e remoção das ideias feitas das cabeças dos seus jovens - sem medo de serem mal vistos pelos restantes membros da sua comunidade! (principalmente nos países ditos de maioria muçulmana)

Porque a nós "infiéis", nenhum ayatolah mais conservador irá ouvir com certeza...


P.S. - Convém irmos estando também atentos ao que se vai passando lá do outro lado do Atlântico, onde o fundamentalismo religioso sempre esteve presente desde há alguns bons anos...

Prioriades...

Pilates e Aeróbica para o Povo, já!

Num país com o custo de vida ao rubro, Sócrates quer as pessoas a fazer exercício físico, de tal forma que até baixou o IVA nos ginásios. É caso para dizer: Somos pobres, mas fisicamente honrados.

(Via Expresso)


Eu até agradeço - baixa-me a mensalidade no Babilónia, mas com certeza não seremos muitos! Só se a lógica é: poupam no ginásio assim já podem acomodar o aumento nos bens essenciais, combustíveis, transportes públicos...

Vi ontem e gostei (III)


Gastam-se 500 milhões em armamento, mas no fim recusa-se gastar 1 milhão para reconstruir uma escola... Mais uma vez, não dei o meu tempo por mal empregue. 3 excelentes interpretações (Tom Hanks, Philip Seymour Hoffman e Julia Roberts - em grande forma) e um filme que vale mesmo a pena ver, até para perceber um pouco melhor porque é que o Mundo, hoje, é um lugar menos seguro do que há 20 anos.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Liberalismo de pacotilha

Pedro Magalhães, Liberalismo de pacotilha, hoje no Público. Imprescindível. Excertos:


«Os melhores colunistas e comentadores dos jornais portugueses andam por estes dias algo irritados com a crescente regulação dos comportamentos individuais pelo Estado ou até, simplesmente, com o esforço para efectivamente sancionar violações de regras já existentes. [...] Há dias circulava uma petição onde, a propósito de uma alegada proibição de servir cafés em chávenas de porcelana, se invocavam ameaças à “cultura” e à “tradição”, esmagadas pela fúria normalizadora e moralizadora da ASAE. O facto de essa proibição nunca ter realmente existido já seria um indicador interessante do grau de racionalidade do argumento, mas nem é o único. [...] E não consigo afastar a ideia, porventura injusta, que mesmo aqueles que desinteressadamente invocam argumentos “culturais” a propósito destes assuntos são um pouco como aqueles turistas do Norte da Europa que nos visitam todos os anos: o “pitoresco” é muito giro para visitar e saber que existe, desde que sejam os outros a levar com ele todos os dias. Um segundo argumento é aquele que vê a proibição pelo Estado de determinados comportamentos individuais como um invariável atentado à liberdade, ou até um primeiro passo na abolição de direitos políticos fundamentais. Ao invocar-se a este respeito uma concepção liberal da autonomia individual e do papel do Estado, até se dá a este argumento uma embalagem sedutora. O problema é que estes liberais não devem ter lido o seu John Stuart Mill até ao fim. Para o liberalismo, cada indivíduo é o melhor juiz dos seus próprios interesses, e não deve caber ao Estado proibir determinados comportamentos, mesmo que eles possam ter consequências nocivas para aqueles que os adoptam. O uso da coerção nestas circunstâncias, mesmo com as melhores intenções, pode e provavelmente deve ser visto como paternalista e contrário à liberdade. Mas até os libertários reconhecem, seguindo Mill, que esse raciocínio se aplica exclusivamente aos comportamentos que não têm consequências nocivas para os outros. Quando essas consequências existem, como é manifestamente o caso do fumo em locais públicos, do estacionamento selvagem ou da condução sob efeito do álcool ou em excesso de velocidade, a invocação da liberdade individual como justificação para a não intervenção do Estado é insustentável. [...] Resta um terceiro argumento, o dos fatalistas. Estes até desejariam que os portugueses fossem mais ou menos civilizados e capazes de imaginar que as regras não são apenas para os outros. [...] Mas suponho que estes fatalistas nunca terão tentado entrar com um carro no centro de Londres, estacioná-lo em segunda via em Frankfurt ou deixá-lo parado em frente a um terminal em JFK “só um bocadinho que estou à espera de uma pessoa”. Se o tivessem feito, teriam talvez ficado com dúvidas sobre aquilo que realmente causa o comportamento “civilizado”: a cultura cívica, ou, pelo contrário, instituições, regras e um aparelho coercivo disposto a aplicá-las sem contemplações. Quem tenha vivido algum tempo nestas sociedades terá certamente verificado como pessoas de todas as culturas, “cívicas” ou não “cívicas”, se civilizam com uma rapidez surpreendente. O moralismo com que a legislação sobre o tabaco é apresentada por alguns dos seus defensores incomoda-me, e o mesmo sucede em relação ao crescente espalhafato da actuação da ASAE. Mas incomoda-me ainda mais verificar como pessoas que julgamos serem sensatas se revelam, neste caso, totalmente incapazes de se posicionarem sobre estes temas sem ser com um absolutamente transparente egoísmo, ainda por cima mal disfarçado de uma espécie de liberalismo de pacotilha, ele próprio moralista e paternalista, incapaz de imaginar que aqueles que querem apenas um pouco menos de caos e um pouco mais de respeito nas suas vidas quotidianas também amam a liberdade. Mas suponho que, num certo sentido, isso acaba por confirmar em parte os argumentos dos fatalistas: quando são os principais responsáveis pela aplicação das regras a minar a sua legitimidade no primeiro momento em que elas se aplicam a eles próprios, tal como sucedeu com a argumentação patética do director do ASAE no caso do “fumo do casino”, que mais poderíamos esperar

(via Da Literatura)

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Personalidades que, de alguma forma, contribuiram para a história da humanidade

Quem quiser responder ao desafio, tente identificar as personalidades nesta imagem.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Prevenção da poluição do ar

Foto tirada em Maio de 2007


Cara Sofia, o exemplo asiático já foi seguido por cá... em alguns aspectos somos mesmo muito à frente. E esta hein?

Achmed, the dead terrorist

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Desejos para 2008

No inicio do ano é normal pedirmos desejos para o ano que se segue e tomarmos decisões relativamente a mudanças que pretendemos empreender na nossa vida, aqui vão algumas minhas.
Desejo:

  1. Que as pessoas se tornem mais civilizadas.
  2. Que o Benfica seja campeão.
  3. Que o sistema judicial começe a funcionar como deve ser.
  4. Que os politicos começem a governar de forma consciente.
  5. Que as forças de segurança começem a ter os meios que merecem.
  6. [Insert your wish here]

Bem pelo menos escrevi não é Pedro?

Bom Ano para Todos

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

E o prémio "Primeira alarvidade do ano" vai para...

A Recording Industry Association of America, ao processar um cidadão do Arizona considerado que transferir músicas de um CD para o computador é ilegal, mesmo que o CD tenha sido comprado legalmente*.

Além de ser uma estupidez absoluta, constitui também um precedente muito perigoso.

Eu copio sempre a música dos CDs que adquiro para o meu computador, e ainda bem! Caso contrário teria ficado literalmente sem nada de jeito para ouvir, no dia em que me assaltaram o carro e roubaram os álbuns que lá tinha.

A alternativa, para as editoras, é bem melhor: toca de comprar tudo outra vez...


*Via Zero de Conduta

Para todos...

Um feliz 2008.

Parque das Nações, 00h05


PS - O meu não começou nada mal: Na companhia dos restantes bloggers desta casa e amigos, ao som dos The Gift e DJ set de Buraka Som Sistema no Casino Lisboa, e com 23,5€ ganhos numa slot-machine. Porreiro, pá! Ficou a noite paga...