sábado, 29 de novembro de 2008

Revivalismo...

Vi este vídeo do Chris Rock já há uns bons anos... hoje deu-me o saudosismo! Só rir: "Get a white friend"; "Don't ride with a mad woman"; "Be polite"...


Madagascar: Escape 2 Africa

Fui ver ontem a sequela do Madagáscar, e se já tinha gostado do primeiro, o segundo foi mesmo um fartar de rir do principio ao fim. Fica aqui uma pequena amostra desse grande conquistador - Moto Moto meets Gloria:

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Love is Like a Bottle of Gin

Gosto de Magnetic Fields, apesar de ter de concordar que grande parte das músicas soam todas iguais...enfim, podem não ser a banda mais virtuosa de sempre, mas ninguém escreveu 69 love songs como eles!!!

Retirada desse famoso albúm, aqui fica Love is Like a Bottle of Gin!!



It makes you blind, it does you in
It makes you think you're pretty tough
It makes you prone to crime and sin
It makes you say things off the cuff
It's very small and made of glass
and grossly over-advertised
It turns a genius to an ass
and makes a fool think he is wise
It could make you regret your birth
or turn cartwheels in your best suit
It costs a lot more than it's worth
and yet there is no substitute
They keep it on a higher shelf
the older and more pure it grows
It has no color in itself
but it can make you see rainbows
You can find it on the Bowery
or you can find it at Elaine's
It makes your words more flowery
It makes the sun shine, makes it rain
You just get out what they put in
and they never put in enough
Love is like a bottle of gin
but a bottle of gin is not like love

Bem sei que não sou crente, mas estes senhores deviam ir parar ao Inferno*




*Sem as 120 virgens, claro está

Não sei quanto a vocês, mas eu desconfio destes estudos

Portugal é um dos países europeus onde os cidadãos menos confiam nos outros, revelam os resultados do Inquérito Social Europeu, um projecto que desde 2001 estuda e compara os valores e atitudes sociais na Europa. Os portugueses são ainda dos europeus mais tristes e descontentes com a política.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Reflexos da crise nas Instituições de Ensino Superior

Ao fim de duas semanas, voltámos a ter papel para secar as mãos no WC.

Bem sei que foi um bocado aos tropeções...


Mas teremos, pela primeira vez, dois clubes Portugueses nos oitavos de final da Champions.

Quanto ao FC Porto, confesso que após a derrota em casa frente ao D. Kiev fiquei com sérias dúvidas quanto ao apuramento. Mas a resposta dos jogadores nos dois jogos seguintes, ainda por cima fora de casa, foi fenomenal, carago!

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Poema para Galileu

Ontem foi o Dia Nacional da Cultura Científica, data escolhida por se tratar do dia do nascimento de Rómulo de Carvalho, o cientista que também era poeta sob o pseudónimo de António Gedeão!

Para comemorar, alguns cientistas portugueses leram o poema deste autor entitulado "Poema para Galileo», conforme podem ver e ouvir no Público on line.

Não conhecia este texto mas gostei e por isso deixo-o aqui!

Estou olhando o teu retrato, meu velho pisano,
aquele teu retrato que toda a gente conhece,
em que a tua bela cabeça desabrocha e floresce
sobre um modesto cabeção de pano.
Aquele retrato da Galeria dos Ofícios da tua velha Florença.
(Não, não, Galileo! Eu não disse Santo Ofício.
Disse Galeria dos Ofícios.)
Aquele retrato da Galeria dos Ofícios da requintada Florença.

Lembras-te? A Ponte Vecchio, a Loggia, a Piazza della Signoria…
Eu sei… eu sei…
As margens doces do Arno às horas pardas da melancolia.
Ai que saudade, Galileo Galilei!

Olha. Sabes? Lá em Florença
está guardado um dedo da tua mão direita num relicário.
Palavra de honra que está!
As voltas que o mundo dá!
Se calhar até há gente que pensa
que entraste no calendário.

Eu queria agradecer-te, Galileo,
a inteligência das coisas que me deste.
Eu,
e quantos milhões de homens como eu
a quem tu esclareceste,
ia jurar- que disparate, Galileo!
- e jurava a pés juntos e apostava a cabeça
sem a menor hesitação-
que os corpos caem tanto mais depressa
quanto mais pesados são.

Pois não é evidente, Galileo?
Quem acredita que um penedo caia
com a mesma rapidez que um botão de camisa ou que um seixo da praia?
Esta era a inteligência que Deus nos deu.

Estava agora a lembrar-me, Galileo,
daquela cena em que tu estavas sentado num escabelo
e tinhas à tua frente
um friso de homens doutos, hirtos, de toga e de capelo
a olharem-te severamente.
Estavam todos a ralhar contigo,
que parecia impossível que um homem da tua idade
e da tua condição,
se tivesse tornado num perigo
para a Humanidade
e para a Civilização.
Tu, embaraçado e comprometido, em silêncio mordiscavas os lábios,
e percorrias, cheio de piedade,
os rostos impenetráveis daquela fila de sábios.

Teus olhos habituados à observação dos satélites e das estrelas,
desceram lá das suas alturas
e poisaram, como aves aturdidas- parece-me que estou a vê-las -,
nas faces grávidas daquelas reverendíssimas criaturas.
E tu foste dizendo a tudo que sim, que sim senhor, que era tudo tal qual
conforme suas eminências desejavam,
e dirias que o Sol era quadrado e a Lua pentagonal
e que os astros bailavam e entoavam
à meia-noite louvores à harmonia universal.
E juraste que nunca mais repetirias
nem a ti mesmo, na própria intimidade do teu pensamento, livre e calma,
aquelas abomináveis heresias
que ensinavas e descrevias
para eterna perdição da tua alma.

Ai Galileo!
Mal sabem os teus doutos juízes, grandes senhores deste pequeno mundo
que assim mesmo, empertigados nos seus cadeirões de braços,
andavam a correr e a rolar pelos espaços
à razão de trinta quilómetros por segundo.
Tu é que sabias, Galileo Galilei.

Por isso eram teus olhos misericordiosos,
por isso era teu coração cheio de piedade,
piedade pelos homens que não precisam de sofrer, homens ditosos
a quem Deus dispensou de buscar a verdade.
Por isso estoicamente, mansamente,
resististe a todas as torturas,
a todas as angústias, a todos os contratempos,
enquanto eles, do alto incessível das suas alturas,
foram caindo,
caindo,
caindo,
caindo,
caindo sempre,
e sempre,
ininterruptamente,
na razão directa do quadrado dos tempos.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Unusual Architecture

Nas minhas deambulações pela net, descobri um blogue chamado Unusual Architecture. Entre outras criações surpreendentes, estão lá duas situadas em terras Portuguesas:

Casa da Música


Casa de Pedra em Guimarães


Vale bem a pena a visita.

Educação

Leitura recomendada, este texto de António Barreto no Público de Domingo. Subscrevo quase todas as ideias, ainda para mais escritas por alguém com muito mais jeito do que eu para a prosa. Para quem não leu em papel, está disponível aqui.

A reunião "aka" tempo perdido

Em jeito de homenagem a todas as reuniões inúteis em que já tive de participar...um brinde a todo esse tempo perdido ;)

Os Dias passam...

E Dias Loureiro continua conselheiro de estado. Apesar das suspeitas (sendo administrador da SLN, não acredito que não tivesse conhecimento do que por lá se passava) e das estórias mal contadas, o Presidente Cavaco Silva, ao invés de convidar o seu ex-ministro a renunciar ao lugar de conselheiro de estado (alguém percebe porque carga de água é que Dias Loureiro ainda não o fez por iniciativa própria, exceptuando talvez a manutenção da imunidade à justiça?) optou por fazer um ridículo comunicado público onde se defende de uma série de "mentiras e insinuações visando pôr em causa o seu bom nome”.

Não é isto que se espera de um Presidente da República.

domingo, 23 de novembro de 2008

A Maldição das Torres do Técnico

...a pedido de muitas famílias, porque a Maria Amélia não é a única a ser perseguida por estas torres diabólicas =P

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Sismo abala a região de Lisboa e Vale do Tejo!!

A partir das 17 horas de hoje até Domingo, a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) irá realizar, em cooperação com outras 68 entidades (entre as quais a Agência Portuguesa do Ambiente - APA), um simulacro de sismo de âmbito regional, designado por exercício “PROCIV IV/2008”.

Este exercício abrangerá Lisboa, Setúbal e Santarém, estendendo-se ainda a Benavente, Alenquer, Samora Correia, Porto Brandão, Vila Franca de Xira, Barreiro, Almada e Sintra.

Em Lisboa foi criado um verdadeiro cenário de tragédia com a queda do viaduto de Alcântara-Mar, o risco de derrocada do Hospital de Santa Maria, um incêndio na bomba de gasolina de Alfama, estradas cortadas e evacuações em prédios de grande envergadura, como o Banco de Portugal e o Centro Comercial Colombo. Contam-se ainda inúmeras fugas de gás, quedas de pessoas ao rio, rupturas de água e consequentes inundações, deslizamentos de terras, incêndios e derrocadas.

Balanço final da tragédia, às primeiras horas da noite de Domingo: 525 mortos, 7907 feridos graves e 9972 desalojados.

Dada a envergadura deste simulacro, aconselho-vos a consultarem as condicionantes ao trânsito, publicadas no site da ANPC.

Aos interessados que queiram acompanhar de perto este exercício, podem fazê-lo através do blog criado específicamente para o efeito.

Bom fim-de-semana!

Porque hoje é sexta-feira n'O Povo é Sereno



Mais uma cortesia do David Afonso.

Verdadeiramente "todo-o-terreno"

Decorreu ontem, no restaurante do El Corte Inglés, a cerimónia de lançamento do livro de Ana Gomes - "Todo-o-terreno - quatro anos de reflexões". Tive o privilégio de estar presente e já tenho a minha cópia autografada.




Ana Gomes retoma o título da coluna de opinião que assinou, quinzenalmente, na revista “Courrier Internacional”, entre 2005 e 2007, e que constitui a principal fonte dos textos compilados neste livro. Nele inclui também artigos publicados nos matutinos “Diário de Notícias” e “Público”, nos semanários “Expresso”, e “Jornal de Leiria” e ainda nas publicações “Acção Socialista”, “Amnistia Internacional” e “Causa Nossa”.

O livro cobre quase todo o terreno, da actualidade nacional e internacional, desde Julho de 2004, data em que assumiu o mandato de Deputada ao Parlamento Europeu. As visitas ao terreno, em várias latitudes e longitudes, e os contactos directos com actores principais de diversos conflitos, negociações e problemas por esse mundo fora, permitiram-lhe escrever 88 crónicas, reunidas ao longo de 252 páginas, que estão divididas em 14 capítulos, 13 dos quais dedicados aos temas internacionais: os que mais artigos contêm são os que dizem respeito às relações Europa-África, às relações transatlânticas, ao Iraque, à proliferação nuclear, incluindo os desafios colocados pelas ambições iranianas e pelo terrorismo internacional, a Guantánamo e a Timor-Leste.

O último capítulo do livro trata de opções portuguesas, centrado em temas de política Externa e de Defesa. No entanto, são também incluídos textos sobre outros assuntos que marcaram a agenda nacional, como as energias renováveis, o referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez e os transgénicos.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Cai um elefante branco, ou triste estado de coisas?

A Livraria Byblos, a maior do país, inaugurada há um ano em Lisboa, apresentou um processo de insolvência.

Agora fiquei com pena de não chegar a ter lá ido, fiquei eu e os accionistas com certeza... Não sei como explicar isto, aparentemente Américo Areal esperava facturar 10 milhões de euros (!?) anualmente com a livraria, com um sistema de identificação único no Mundo e que custou 4 milhões de euros...

Estou triste, mas não sei porquê não deixo de ter aquele sentimento de "até já estávamos à espera.."

Internet calling

Nem sempre um bónus elevado significa melhor gestão

Surpreendente... ou talvez não, este texto de Dan Ariely publicado aqui.



"Op-Ed Contributor

What’s the Value of a Big Bonus?
By DAN ARIELY
Published: November 19, 2008

Durham, N.C.

BY withholding bonuses from their top executives, Goldman Sachs and UBS may soften negative reaction from Congress and the public if their earnings reports in December are poor, as is expected. But will they also suffer because their executives, lacking the motivation that big bonuses are thought to provide, will not do their jobs well?

Of course, there are many reasons to be disgusted with executive pay. It feels unfair that so many people make so much money managing our money, and it is often difficult to see how their talent and abilities justify their compensation. We find it particularly offensive when executives receive high bonuses after disastrous performances. But doesn’t the promise of a big bonus push people to work to the best of their ability?

To look at this question, three colleagues and I conducted an experiment. We presented 87 participants with an array of tasks that demanded attention, memory, concentration and creativity. We asked them, for instance, to fit pieces of metal puzzle into a plastic frame, to play a memory game that required them to reproduce a string of numbers and to throw tennis balls at a target. We promised them payment if they performed the tasks exceptionally well. About a third of the subjects were told they’d be given a small bonus, another third were promised a medium-level bonus, and the last third could earn a high bonus.

We did this study in India, where the cost of living is relatively low so that we could pay people amounts that were substantial to them but still within our research budget. The lowest bonus was 50 cents — equivalent to what participants could receive for a day’s work in rural India. The middle-level bonus was $5, or about two weeks’ pay, and the highest bonus was $50, five months’ pay.

What would you expect the results to be? When we posed this question to a group of business students, they said they expected performance to improve with the amount of the reward. But this was not what we found. The people offered medium bonuses performed no better, or worse, than those offered low bonuses. But what was most interesting was that the group offered the biggest bonus did worse than the other two groups across all the tasks.

We replicated these results in a study at the Massachusetts Institute of Technology, where undergraduate students were offered the chance to earn a high bonus ($600) or a lower one ($60) by performing one task that called for some cognitive skill (adding numbers) and another one that required only a mechanical skill (tapping a key as fast as possible). We found that as long as the task involved only mechanical skill, bonuses worked as would be expected: the higher the pay, the better the performance. But when we included a task that required even rudimentary cognitive skill, the outcome was the same as in the India study: the offer of a higher bonus led to poorer performance.

If our tests mimic the real world, then higher bonuses may not only cost employers more but also discourage executives from working to the best of their ability.

We later did a variation of the same experiment, at the University of Chicago, to look at a different kind of motivator: public scrutiny. We asked 39 participants to solve anagram puzzles, sometimes privately in a cubicle and sometimes in front of the others. We reasoned that their motivation to do well would be higher in public, and we wanted to see if this would affect their performance. But we found that while the subjects wanted to perform better when they worked in front of others, in fact they did worse.

So it turns out that social pressure has the same effect that money has. It motivates people, especially when the tasks at hand require only effort and no skill. But it can provide stress, too, and at some point that stress overwhelms the motivating influence.


When I recently presented these results to a group of banking executives, they assured me that their own work and that of their employees would not follow this pattern. (I pointed out that with the right research budget, and their participation, we could examine this assertion. They weren’t that interested.) But I suspect that they were too quick to discount our results. For most bankers, a multimillion-dollar compensation package could easily be counterproductive. Maybe that will be some comfort to the boards at UBS and Goldman Sachs.

Dan Ariely, a professor of behavioral economics at Duke, is the author of “Predictably Irrational: The Hidden Forces That Shape Our Decisions.”

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Magalhães, pá! O nome é Magalhães!

European debut for '$100 laptop'

The One Laptop Per Child (OLPC) organisation is planning to sell the devices via online store Amazon's European outlets from 17 November.
The machines will be sold under the Give One, Get One scheme that the OLPC organisation has already run in the US.
(...)
When it goes on sale the XO laptop is expected to cost £268 (313 euros) and should be available in 27 EU nations as well as Switzerland, Russia and Turkey.
(...)
Despite the success of the scheme, it drew criticism because the OLPC group had trouble delivering machines to those who had ordered one. In a bid to resolve these issues, it signed up with Amazon in September 2008.
The original idea for the OLPC was to create a small, powerful laptop for school children that would sell in the millions yet cost less than $100.
(...)
Many nations have expressed an interest in using the XO but few have signed up to buy them in the numbers expected by the OLPC organisation. Most recently the Caldas region of Colombia signed up to buy 65,000 XO machines.
The XO has also faced competition from Intel's Classmate laptop. In September, Venezuela ordered one million Classmate laptops for its school children.

Retirado daqui e descoberto aqui.

Blindness

Depois de tanto falarem deste filme, confesso que entrei na sala de cinema a pensar que me ia desiludir, especialmente depois de ter visto, em 2005, a adaptação a teatro do Ensaio sobre a Cegueira levada a cabo pelo grupo O Bando!!

Mas não!! O filme está muito bom, forte e metafórico como a obra de Saramago, e até eu que não engraço muito com a Julianne Moore tenho de reconhecer que a sua personagem está muito bem trabalhada.

Película obrigatória!!

Pobreza Zero? Mas quem se lembra destas campanhas?




Cortesia do João Monteiro.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Os piores de hoje

A presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, perguntou hoje se «não é bom haver seis meses sem democracia» para «pôr tudo na ordem», a propósito da reforma do sistema de justiça.

Teixeira dos Santos é considerado pelo jornal britânico Financial Times como o pior ministro das Finanças entre os 19 países da UE analisados, com base no fraco desempenho da economia nacional e o baixo perfil europeu.


(Ambas via DD)


PS - No caso deste último até nem concordo nada... comentários? opiniões?

Google monitoriza gripe nos EUA

Interessante! Nunca tinha pensado no potencial que este tipo de dados poderia ter!!

A Google, empresa proprietária do motor de busca mais popular na Internet, lançou uma ferramenta para rastrear os surtos de gripe nos EUA. O 'Google Flu Trends' utiliza os resultados das pesquisas online sobre esta doença e, segundo a empresa, pode apresentar dados e estimativas com duas semanas de antecedência em relação aos métodos tradicionais de monitorização.
Notícia integral, no Expresso.

Talons

Terceiro single do último álbum dos Bloc Party, Intimacy.



And in the dark it comes for me
Malevolent and without thought
Uprooting trees, destroying cars
Cold and relentless with arms outstretched

No boat nor brick
Nor crucifix can hold it back
I've been wicked
I've been arrogant

And when it comes it will feel like a kiss
(Silent about it)
And when it comes it will feel like a kiss
And I cannot say that I was not warned or was misled
And when it comes it will feel like a kiss

Awaken from dreams of drunken car crashes
You saddened my friends and claimed all my lovers
I tried to stay still, so it will not see
Its talons rake the side of my face
When did you become such a slut?

And when it comes it will feel like a kiss
(Silent about it)
And when it comes it will feel like a kiss
And I cannot say that I was not warned or was misled
And when it comes it will feel like a kiss

And I didn't think I'd catch fire when I held my hand to the flame
And I didn't think it would catch up as fast as I could have run
Fate came a knocking when I was looking the other way
A new disease came in the post for me today

And when it comes it will feel like a kiss
And when it comes it will feel like a kiss
And when it comes, and when it comes, and when it comes
And when it comes it will feel like a kiss

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Dilbert...again!


E se Obama fosse africano?

Muito interessante este texto de Mia Couto, originalmente publicado no jornal Savana de Maputo, a 14 de Novembro de 2008, e retirado daqui.

E se Obama fosse africano?

Por Mia Couto

Os africanos rejubilaram com a vitória de Obama. Eu fui um deles. Depois de uma noite em claro, na irrealidade da penumbra da madrugada, as lágrimas corriam-me quando ele pronunciou o discurso de vencedor. Nesse momento, eu era também um vencedor. A mesma felicidade me atravessara quando Nelson Mandela foi libertado e o novo estadista sul-africano consolidava um caminho de dignificação de África.

Na noite de 5 de Novembro, o novo presidente norte-americano não era apenas um homem que falava. Era a sufocada voz da esperança que se reerguia, liberta, dentro de nós. Meu coração tinha votado, mesmo sem permissão: habituado a pedir pouco, eu festejava uma vitória sem dimensões. Ao sair à rua, a minha cidade se havia deslocado para Chicago, negros e brancos respirando comungando de uma mesma surpresa feliz. Porque a vitória de Obama não foi a de uma raça sobre outra: sem a participação massiva dos americanos de todas as raças (incluindo a da maioria branca) os Estados Unidos da América não nos entregariam motivo para festejarmos.

Nos dias seguintes, fui colhendo as reacções eufóricas dos mais diversos recantos do nosso continente. Pessoas anónimas, cidadãos comuns querem testemunhar a sua felicidade. Ao mesmo tempo fui tomando nota, com algumas reservas, das mensagens solidárias de dirigentes africanos. Quase todos chamavam Obama de “nosso irmão”. E pensei: estarão todos esses dirigentes sendo sinceros? Será Barack Obama familiar de tanta gente politicamente tão diversa? Tenho dúvidas. Na pressa de ver preconceitos somente nos outros, não somos capazes de ver os nossos próprios racismos e xenofobias. Na pressa de condenar o Ocidente, esquecemo-nos de aceitar as lições que nos chegam desse outro lado do mundo.

Foi então que me chegou às mãos um texto de um escritor camaronês, Patrice Nganang, intitulado: “E se Obama fosse camaronês?”. As questões que o meu colega dos Camarões levantava sugeriram-me perguntas diversas, formuladas agora em redor da seguinte hipótese: e se Obama fosse africano e concorresse à presidência num país africano? São estas perguntas que gostaria de explorar neste texto.

E se Obama fosse africano e candidato a uma presidência africana?

1. Se Obama fosse africano, um seu concorrente (um qualquer George Bush das Áfricas) inventaria mudanças na Constituição para prolongar o seu mandato para além do previsto. E o nosso Obama teria que esperar mais uns anos para voltar a candidatar-se. A espera poderia ser longa, se tomarmos em conta a permanência de um mesmo presidente no poder em África. Uns 41 anos no Gabão, 39 na Líbia, 28 no Zimbabwe, 28 na Guiné Equatorial, 28 em Angola, 27 no Egipto, 26 nos Camarões. E por aí fora, perfazendo uma quinzena de presidentes que governam há mais de 20 anos consecutivos no continente. Mugabe terá 90 anos quando terminar o mandato para o qual se impôs acima do veredicto popular.

2. Se Obama fosse africano, o mais provável era que, sendo um candidato do partido da oposição, não teria espaço para fazer campanha. Far-Ihe-iam como, por exemplo, no Zimbabwe ou nos Camarões: seria agredido fisicamente, seria preso consecutivamente, ser-Ihe-ia retirado o passaporte. Os Bushs de África não toleram opositores, não toleram a democracia.

3. Se Obama fosse africano, não seria sequer elegível em grande parte dos países porque as elites no poder inventaram leis restritivas que fecham as portas da presidência a filhos de estrangeiros e a descendentes de imigrantes. O nacionalista zambiano Kenneth Kaunda está sendo questionado, no seu próprio país, como filho de malawianos. Convenientemente “descobriram” que o homem que conduziu a Zâmbia à independência e governou por mais de 25 anos era, afinal, filho de malawianos e durante todo esse tempo tinha governado ‘ilegalmente”. Preso por alegadas intenções golpistas, o nosso Kenneth Kaunda (que dá nome a uma das mais nobres avenidas de Maputo) será interdito de fazer política e assim, o regime vigente, se verá livre de um opositor.

4. Sejamos claros: Obama é negro nos Estados Unidos. Em África ele é mulato. Se Obama fosse africano, veria a sua raça atirada contra o seu próprio rosto. Não que a cor da pele fosse importante para os povos que esperam ver nos seus líderes competência e trabalho sério. Mas as elites predadoras fariam campanha contra alguém que designariam por um “não autêntico africano”. O mesmo irmão negro que hoje é saudado como novo Presidente americano seria vilipendiado em casa como sendo representante dos “outros”, dos de outra raça, de outra bandeira (ou de nenhuma bandeira?).

5. Se fosse africano, o nosso “irmão” teria que dar muita explicação aos moralistas de serviço quando pensasse em incluir no discurso de agradecimento o apoio que recebeu dos homossexuais. Pecado mortal para os advogados da chamada “pureza africana”. Para estes moralistas - tantas vezes no poder, tantas vezes com poder - a homossexualidade é um inaceitável vício mortal que é exterior a África e aos africanos.

6. Se ganhasse as eleições, Obama teria provavelmente que sentar-se à mesa de negociações e partilhar o poder com o derrotado, num processo negocial degradante que mostra que, em certos países africanos, o perdedor pode negociar aquilo que parece sagrado - a vontade do povo expressa nos votos. Nesta altura, estaria Barack Obama sentado numa mesa com um qualquer Bush em infinitas rondas negociais com mediadores africanos que nos ensinam que nos devemos contentar com as migalhas dos processos eleitorais que não correm a favor dos ditadores.

Inconclusivas conclusões

Fique claro: existem excepções neste quadro generalista. Sabemos todos de que excepções estamos falando e nós mesmos moçambicanos, fomos capazes de construir uma dessas condições à parte.

Fique igualmente claro: todos estes entraves a um Obama africano não seriam impostos pelo povo, mas pelos donos do poder, por elites que fazem da governação fonte de enriquecimento sem escrúpulos.

A verdade é que Obama não é africano. A verdade é que os africanos - as pessoas simples e os trabalhadores anónimos - festejaram com toda a alma a vitória americana de Obama. Mas não creio que os ditadores e corruptos de África tenham o direito de se fazerem convidados para esta festa.

Porque a alegria que milhões de africanos experimentaram no dia 5 de Novembro nascia de eles investirem em Obama exactamente o oposto daquilo que conheciam da sua experiência com os seus próprios dirigentes. Por muito que nos custe admitir, apenas uma minoria de estados africanos conhecem ou conheceram dirigentes preocupados com o bem público.

No mesmo dia em que Obama confirmava a condição de vencedor, os noticiários internacionais abarrotavam de notícias terríveis sobre África. No mesmo dia da vitória da maioria norte-americana, África continuava sendo derrotada por guerras, má gestão, ambição desmesurada de políticos gananciosos. Depois de terem morto a democracia, esses políticos estão matando a própria política. Resta a guerra, em alguns casos. Outros, a desistência e o cinismo.

Só há um modo verdadeiro de celebrar Obama nos países africanos: é lutar para que mais bandeiras de esperança possam nascer aqui, no nosso continente. É lutar para que Obamas africanos possam também vencer. E nós, africanos de todas as etnias e raças, vencermos com esses Obamas e celebrarmos em nossa casa aquilo que agora festejamos em casa alheia.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Memórias de infância (II)

A pedido de várias famílias, aqui vão mais algumas memórias:














Só falta mesmo a Ana dos Cabelos Ruivos... mas infelizmente não consegui encontrar uma versão que pudesse "embeber" aqui.

Memórias de infância






















Estes gauleses estão doidos

Depois deste post do Pedro Gomes, parece a moda de Fafe sofreu um "upgrade" em Lisboa: para além dos ovos, desta vez também foram lançados pepinos e tomates, qual festa da Tomatina de Buñol...


O meu querido Obélix atirava
menires aos romanos... será que os nossos alunos não se lembram desta?

Mas anda tudo doido? O aluno é o centro do sistema educativo e é nele que as políticas se têm de centrar, mas será que +e assim que vamos lá?

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Agradecimentos ao "O PROPRIO DESTRIBUIDOR DE APITOS"

Estou atolado de trabalho por isso vou ser curto. O Pedro alertou-me para uma resposta a um post meu e depois de a ler resolvi copiá-la para ela não ficar refundida. De facto, acho que merece ser partilhada com o mundo. O Sr. "O PROPRIO DESTRIBUIDOR DE APITOS" veio tirar todas as dúvidas que eu podia ter, iluminando-me com a seu poder argumentativo brilhante e uma dialéctica perfeita. Obrigado, não sei o que faria sem este seu comentário.

"Anónimo disse...
bom dia ... eu sou um lisboeta e gosto mesmo de lisboa desde o bairro ate alfama alcantara á mouraria benfica ou lumiar... mas gosto de tudo como é... com os poucos electicos ... com as noites longas com o nascer do sol á beira rio... coisa ke nao conseguimos ter na maior parte dos paises ke referenciaram... mas o bairro alto é o ke é e no ke se tornou... e o mais feio disto tudo.... é o ke esta aki em causa sao intresses imobiliarios e nao uma legitima preocupaçao com as pessoas ke la moram ... porke essses ja sabem com o que contam e ja estao habitiados... nao gostam do protesto nos arranjamos outro... meus amigos isto é tudo uma farça e tentem se abstrair da areia ke vos mandam pros olhos... deixem se conersa fiada... isto tudo é dinheiro ...e o controle ke se pode ter sobre os cidadaos sobre as suas escolhas e direitos... ass:O PROPRIO DESTRIBUIDOR DE APITOS
13 de Novembro de 2008 15:50"

PS:Verdade seja dita sinto-me mais burro só de ter lido esta resposta, apesar de me ter animado o dia:)
PPS:Não corrigi porque me parece incorrecto. Seria um grave acto de censura (ou misericórdia para o Mundo) que retiraria toda a vitalidade a este brilhante texto.

Jantar de Beneficência Projecto Ser Humano - 5 de Dezembro


Inscrições: 21 386 84 04/ 91 878 64 50 ou d.afonso@tese.org.pt

Morada: Academia Militar de Lisboa | Rua Gomes Freire | 1169-203 – Lisboa

A academia disponibiliza espaço para estacionamento automóvel.


Programa


20h00 – Cocktail de Boas Vindas

Apresentação do Projecto Ser Humano

21h00 – Jantar
22h30 – Concerto do músico Tiago Bettencourt

Exposição de obras dos artistas José Rodrigues, Henrique Silva, Jaime Silva, António Cruz e Sílvia Caroço.

Citando Kafka...

No meio das minhas deambulações matinais pelos blogs do costume, encontrei neste post, a seguinte citação de Kafka, que adorei:

Burocrata é alguém "que escreve um documento de dez mil palavras e lhe chama sumário."

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

E uma vez mais...Nina!

Não resisto a deixar aqui mais estas duas: Love me or leave e If you Knew






If you knew how I missed you
You would not stay away today
Dont you know I need you
Stay here my dear with me

I need you here my darling
Together for a day a day
Together never parting
Just you just me my love

I cant go on without you
Your love is all Im living for
I love all things about you
Your heart your soul my love

I need you here beside me
Forever and a day a day
I know whatever betides me
I love you I love you I do

So do I

Um país de boa gente

Afinal não são só os professores na Madeira que foram avaliados com "Bom". Soube-se hoje que este outro senhor também foi avaliado com um "Bom". Bom-Bom. Há coisas fantásticas, não há?

Jardim no seu melhor...

Jardim avalia professores com "bom" por portaria

O governo regional da Madeira decidiu administrativamente, por portaria, avaliar com "bom" os professores em exercício no arquipélago.

"Para todos os efeitos de avaliação do desempenho dos docentes contratados, de transição ao 6º escalão e progressão na carreira dos docentes do quadro, o tempo de serviço prestado nos anos escolares 2007/08 e 2008/09, considera-se classificado com a menção qualitativa de Bom", determina o artigo 1º da portaria 165-A/2008, publicada a 7 de Outubro na II Série do Jornal Oficial da região. O segundo e último artigo adianta que "o presente diploma entra imediatamente em vigor".

Pelo decreto legislativo regional nº 6/2008/M, de 25 de Fevereiro, o executivo de Alberto João Jardim aprovou o Estatuto da Carreira Docente, incluindo o regime de avaliação, a vigorar na Madeira, mas não procedeu ainda à respectiva regulamentação.

"A fim de evitar hiatos legislativos importa contemplar em sede de avaliação do desempenho, a situação dos docentes" no presente e anterior ano lectivo, justifica a portaria assinada pelo secretário regional da Educação.

500

Este é um post totalmente inútil que serve apenas para eu ter o prazer de ser a autora do nosso 500º post =)

É assim, cheguei mais tarde e tomei conta do pedaço....mulheres =P

Simone, Nina Simone

Sou apaixonada por esta voz há já alguns anos! Tudo o que ouço interpretado por Nina Simone soa forte, intenso, puro, apaixonado, quente!

I Put a Spell on You é dos seus maiores clássicos e apesar das "n" covers que se fizeram desta música, ela nunca soa tão perfeita como na voz desta grande senhora!

Ao vivo em Montreal, 1992

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Leitura de Cabeceira (X)



"Coleman Silk tem um segredo. Mas não se trata do segredo do caso que mantém, aos setenta e um anos, com uma mulher com metade da sua idade e um passado brutalmente devastado. Também não é o segredo do alegado racismo de Coleman, pretexto para a caça às bruxas desencadeada pela universidade e que lhe custou o emprego e, na sua opinião, lhe matou a mulher.

O segredo de Coleman foi guardado durante cinquenta anos: oculto da sua mulher, dos seus quatro filhos, dos seus colegas e dos seus amigos, incluindo o escritor Nathan Zuckerman que - após a morte suspeita de Coleman, com a amante, num desastre de automóvel - resolve compreender como é que aquele homem eminente e íntegro, apreciado como educador durante quase toda a sua vida, forjou a sua identidade e como essa vida tão cuidadosamente controlada acabou por ser deslindada.

Situado na América dos anos 90, onde princípios morais contraditórios e divergências ideológicas são trazidos à luz do dia através da denúncia pública e de rituais de purificação*, A Mancha Humana completa a eloquente trilogia de Philip Roth sobre vidas americanas do pós-guerra tão tragicamente determinadas pelo destino da nação como pela «mácula humana» que marca de modo tão indelével a natureza do homem."


* Para quem ainda não chegou lá, o autor refere-se à forma como decorreu a inquirição pública do affaire Clinton-Lewinsky

O ensino em Portugal e a guerra ME-Professores

Muito triste, tudo aquilo a que se tem assistido nos recentes episódios da guerra Ministério da Educação-Sindicatos dos Professores. Entre o autismo da Ministra da Educação e os tristes comportamentos levados a cabo por um grupo de arruaceiros, há muito que a razão se perdeu. A intransigência de ambas as partes é tanta que, ou muito me engano ou qualquer proposta de avaliação (vinda do ME ou dos Professores) será imediatamente recusada pela outra parte.

No meio disto tudo discute-se carreiras, avaliações e concursos e deixa-se de fora aquele que deveria ser o verdadeiro debate: o estado da Educação actual e a cada vez mais óbvia degradação do ensino, que alegremente lá vai “desensinando” as cobaias (aliás, alunos...) que pouco mais servem do que para dar bom ar do País nas estatísticas da UE.

Deixando a guerra ME-Sindicatos para outras núpcias, concentro-me nas questões da Educação, e em deixar aqui algumas sugestões que, na minha opinião, tenderiam a melhorar (e muito) o ensino em Portugal. Dou de barato que por uma questão de sustentabilidade (e de justiça) nem todos os professores podem chegar ao topo da carreira. Este devia estar reservado para os melhores entre o corpo docente nacional. O governo pretende terminar com o regabofe actual (e bem), agora está a fazê-lo da pior forma possível, e políticamente vai ser muito difícil consegui-lo depois do que se tem visto. Por fim, não é meu objectivo acabar com a diferenciação entre as escolas de elite e as outras. Não se pretende com estas ideias tornar necessariamente toda a educação igual, basta-me que o nível das restantes escolas suba para que o sistema possa ser considerado melhor.

1- Havendo a necessidade de um processo de avaliação dos professores, porque não simplificá-lo? Deixemos que cada escola faça a sua avaliação e contrate os professores de que necessita, num regime livre sem interferências e colocações centralizadas a partir de um programa informático. Alguém saberá melhor as necessidades de cada escola do que ela própria? Haveria claramente uma discriminação positiva a favor dos melhores. Isto implica alterações profundas no sistema de contratações, e tambémq ue os professores deixem de ser funcionários públicos e passem a ser funcionários das escolas (é óbvio que os sindicatos resistirão sempre a um a proposta como esta...)

2- Deve ser permitido aos encarregados de educação escolher a escola pública onde querem colocar os filhos. Complementando com um regime de financiamento de cada escola de acordo com o número de alunos (tendo em conta diversos aspectos, como por exemplo a sua dimensão e localização, pois o background dos alunos terá certamente influência nos resultados), esta medida iria implicar que as escolas passassem a “competir” umas com as outras pelo interesse dos pais. A procura de uma maior actractividade levará gradualmente a uma melhoria na qualidade do ensino , pois as más escolas tenderiam a ficar sem alunos e a fechar .

3- Deve ser permitdo à escola criar as regras de disciplina e impô-las inclusivé a possibilidade de expulsão do aluno, caso este se recuse a cumprir os mínimos de disciplina aceitáveis (ver caso do “dá-me o telemóvel já!”).

4- Cada escola deverá ter um director e um conselho de administração, cuja remuneração deverá ser em parte indexada aos resultados globais da escola nos exames e rankings nacionais.

5- Ao Ministério da Educação caberia estabelecer os programas mínimos que deveriam ser ensinados nas escolas, e definir exames nacionais para que os conhecimentos de todos os alunos pudessem ser aferidos de forma independente. Deve deixar-se de estruturas burocráticas pesadíssimas (e caras, já agora) e de governar para as estatísticas.

Deixo de fora ideias mais polémicas mas que mesmo assim não considero que deverão ser postas de lado, tal como o cheque-ensino (à imagem do que se faz actuamente para os dentistas), deixando o Estado de providenciar directamente a educação e financiando as famílias que depois escolhiam a escola onde colocar os filhos.

Para terminar, lembro que é difícil o sistema ficar pior do que o que está actualmente...

The Animals Save The Planet


Sigam este
link e vão carregando em todos os quadradinhos com as caras dos animais para verem todos os spots publicitários.

Depois é só seguir os conselhos deixados pelos animais =)

Caixa Dois

Nos últimos tempos tenho ficado fã de cinema brasileiro e por isso lá fomos até ao São Jorge espreitar a 3ª Mostra de Cinema Brasileiro, que decorreu este fim de semana. O filme eleito foi Caixa Dois, de Bruno Barreto.

Não quero adiantar muito da história, para não me acusarem de spoiler. Por isso remeto-vos para o trailer apenas com a nota de que é um bom filme, onde a crítica a uma sociedade de corruptos e corrompidos se eleva por entre muitas gargalhadas.

Nouvelle Vague, Campo Pequeno

Quando fui ao Campo Pequeno na passada 6ª feira, confesso que esperava ouvir a voz doce de Mélanie Pain pela noite fora mas acabei surpreendida!

A primeira parte foi preenchida com alguns temas do novo trabalho a solo de Mélanie, num registo delicado que pode ser ouvido aqui.

Seguiram-se então os Nouvelle Vague com as suas duas novas vocalistas: Nadeah Miranda, loira, e Jody Sternberg, morena. A primeira, como muito bem descreveu o Pedro, era uma criatura felina em palco com uma energia e uma projecção de voz bem distante do registo a que eu estava habituada com as vocalistas anteriores. Creio que o seu headbanging em Bela Lugosi's Dead foi a expressão máxima desta energia, como podem ver no vídeo abaixo...



Para mim o concerto viveu dos contrastes...doce/agressivo, forte/suave, inocente/perverso...que resultou principalmente da presença em palco de duas figuras femininas tão distintas como Nadeah e Mélanie. O toque adocicado e inocente da última neste God Save the Queen diz tudo.



Desenrolaram-se todas as minhas preferidas, à excepção de I Melt With You, para meu desapontamento. Especial destaque para Too Drunk To Fuck, Bizarre Love Triangle, In A Manner of Speaking, Dance With Me e o hino Love Will Tear Us Apart, cantado por Miranda e Pain!

Foi um excelente concerto, muito além das minhas expectativas!!



Novidades: a banda está a gravar o 3º álbum e dia 17 deste mês, Marc Collin apresenta o seu novo projecto, Hollywood Mon Amour, num concerto gratuito no Casino de Lisboa.


ps - então ninguém reparou que eu estava a confundir Coliseu com Campo Pequeno?!?! cambada de desatentos...tststs =P

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Novo horário dos bares no Bairro Alto

Recebi hoje um mail sobre uma festa no sábado contra o novo horário do Bairro Alto o que me levou a tentar informar-me mais sobre o assunto. Depois de ter lido a proposta da CML, o abaixo assinado contra a dita proposta, notícias e blogs fiquei triste.
A proposta é fundamentada no elevado número de queixas que vão dando entrada nos diferentes órgãos e baseia-se na Constituição Portuguesa que defende o direito a todos de terem paz e sossego para descansar. Ela prevê que bares e afins fechem às 0200 todos os dias da semana, enquanto discos funcionem até às 0200 de Dom a Quin e até às 0400 Sex, Sáb e Vésperas de Feriados.
As queixas contra esta proposta são que vai afectar o desenvolvimento da zona, que os habitantes não se queixam (e sse queixam não o deviam fazer, porque já sabiam que o BA é um local de lazer até altas horas), que vai aumentar a insegurança da zona, que vai contra as alterações que foram efectuadas no sentido de aumentar os transportes na zona.
Fico triste pelas incoerências de ambos os lados da barreira.
Concordo até certo ponto com esta medida, no entanto faz-me confusão porque é que os bares têm de fechar antes das discotecas nos dias em que estas estão abertas até às 0400?Quer dizer se as discotecas estão abertas as pessoas vão continuar na zona para lá irem portanto o barulho pouco ou nada vai mudar, consequentemente nesses dias os bares também deveriam ficar abertos até às 0400.
Mas dizer que os moradores não se queixam do barulho e que se o fazem não deviam, acho que não é correcto e é redutor. Existem várias pessoas a morrar no BA e de certeza que não têm uma posição unanime sobre o assunto.
Dizer que esta alteração do horário vai aumentar a confusão à saida do Bairro na minha opinião também é um tanto ao quanto duvidoso. Portanto se os bares fecharem todos às 0400 não há tanta confusão?Os bares fecharem não implica que à mesma hora seja efectuada uma carga policial para esvaziar as ruas, consequentemente julgo que é um argumento inválido. A confusão já existia e vai continuar a existir.
No meio disto tudo como é que a pessoa pode tomar um partido?? Ou opta por apoiar uma regra que apresenta incoerências fundamentais ou então têm de se juntar a um grupo de pessoas que ao minimo sinal de se querer mexer com os seus interesses ou à minima sensação que lhes querem impôr uma regra começam logo a chamar de "Fascistas" etc...
Pelo meio perdem-se as pessoas que tentam racionalizar as questões e atingir o meio termo.
Essa é a sociedade que temos, e se calhar ela é que está errada.

República das Bananas

Anteontem um tolinho lembrou-se de agitar a bandeira Nazi no parlamento madeirense, em protesto contra o PSD-Madeira e o seu líder parlamentar Jaime Ramos. No entanto, é de lembrar que este tolinho foi democraticamente eleito para um órgão de soberania, ou seja, mesmo não se comportando á altura do lugar que ocupa, tem toda a legitimidade para lá estar.

Este facto apenas por si mesmo já é lamentável. O que se seguiu foi ainda mais surpreendente: o deputado José Manuel Coelho foi acusado pelo Ministério Público de “propaganda nazi”, viu-se impedido por seguranças privados de aceder aos edifício da assembleia regional, o seu mandato foi suspenso (bem como a sua imunidade parlamentar) pela maioria PSD-M, e por fim esta mesma maioria decidiu suspender o parlamento madeirense até decisão judicial da queixa-crime.

É realmente digno, sim senhor... Mas quem é que o PSD-M julga que é para, mesmo tendo a maioria, se achar no direito de suspender unilateralmente o mandato de um deputado eleito (mesmo que tenha comportamento impróprio), e pior ainda, impedir o seu acesso ao edifício do parlamento madeirense? Isto é uma subversão total do regime democrático!

E o Presidente da República, que anda tão entretido com o regime constitucional dos Açores, não tem uma palavra a dizer acerca disto?

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

24 anos pelo meio...

2006: A versão bossa nova dos Nouvelle Vague para Blue Monday



1982: O original dos New Order!



How does it feel
To treat me like you do
When you've your hands upon me
And told me who you are

I thought I was mistaken
I thought I heard your words
Tell me how do I feel
Tell me now how do I feel

Those who came before me
Lived through their vocations
From the past until completion
They'll turn away no more

And I still find it so hard
To say what I need to say
But I'm quite sure that you'll tell me
Just how I should feel today

I see a ship in the harbor
I can and shall obey
But if it wasn't for your misfortune
I'd be a heavenly person today

And I thought I was mistaken
I thought I heard you speak
Tell me how do I feel
Tell me now, how should I feel

I thought I told you to leave me
While I walked down to the beach
Tell me how does it feel
When your heart grows cold
When your heart grows cold
When your heart grows cold

Pode-se sempre descer mais baixo...

Dance With Me

Amanhã é dia de concerto de Nouvelle Vague, no Campo Pequeno.

Como manda a minha tradição bloguística, aqui fica uma das minhas músicas preferidas da banda =)




Let's dance little stranger
Show me secret sins
Love can be like bondage
Seduce me once again

Burning like an angel
Who has heaven in reprieve
Burning like the voodoo man
With devils on his sleeve

Won't you dance with me
In my world of fantasy
Won't you dance with me
Ritual fertility

Like an apparition
You don't seem real at all
Like a premonition
Of curses on my soul

The way I want to love you
Well it could be against the law
I've seen you in a thousand minds
You've made the angels fall

Won't you dance with me
In my world of fantasy
Won't you dance with me
Ritual fertility

Come on little stranger
There's only one last dance
Soon the music's over
Let's give it one more chance

Won't you dance with me
In my world of fantasy
Won't you dance with me
Ritual fertility

Take a chance with me
In my world of fantasy
Won't you dance with me
Ritual fertility

Já se nota o efeito Obama

Liga dos Campeões: Golo de Lucho nos descontos alivia a crise do FC Porto


Foi pena a expulsão do Lucho... Agora venham daí os 3 pontinhos que faltam, roubados ao Arsenal ou ao Fenerbaçe!

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Novas notas Norte-Americanas

Recebi hoje um e-mail intitulado "Potential problem..."

Abri e vi a imagem abaixo...



Há que reconhecer que há pessoal com muita imaginação...hihihi!!

Yes, he can!


Barack Hussein Obama é o novo presidente dos Estados Unidos da América. Um feito histórico e um exemplo para a Europa, sempre tão rápida a apregoar a sua "superioridade moral e de valores". A eleição de um negro seria possível num país como Portugal?


PS - Notável, o discurso final de John McCain. Um autêntico senhor.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Passou-se...

Convidada para as jornadas do PSD em Évora, Maria José Nogueira Pinto até começou bem, mas depois a coisa descambou por completo:

Dar 80 euros a um idoso é um ultraje. É um insulto. Em vez de dar os serviços que eles precisam, seja o apoio domiciliário, o lar, o centro de dia ou a residência. Isso é que eles precisam. Eles não precisam de 80 euros para ir beber cervejas, para ir comer doces, que são diabéticos e ficam doentes, para serem roubados pelos filhos”.

Ora aqui está um belo exemplo de caridade Democrata-Cristã...

Afinal o paradigma desta nossa economia não muda mesmo

Recebi há pouco tempo um catálogo do Montepio referente às super vantagens do cartão de crédito MEGA (ao qual aderi já há algum tempo).


Raramente o utilizo, mas fiquei curioso e o catálogo até é apelativo, pelo que resolvi dar uma olhadela, não fosse estar a perder algo de grandioso.

Supostamente ao utilizar o cartão em certas operações, irei acumular pontos que podem ser trocados por prémios e ainda me dão 50 pontos iniciais por já ser cliente - fui confirmar no extracto, estão lá!

Até aqui sem problemas, mas mal começo a olhar para os pontos necessários para poder reclamar os "bons prémios", que susto! Um kit Home Cinema, 3050 pontos; uma máquina de cerveja, 3140...

Folheei mais um pouco e, na secção "Tecnologia" lá encontrei uma caneta USB 2.0Gb por "apenas" 300 pontos. Fiz as contas, para poder ter este prémio basta-me: i) gastar 1.500,00 € em compras, ii) ter 6.000,00 € de saldo sujeito a juros, ou iii) ter mais de 15.000,00 € em movimentos efectuados durante o período do extracto.

Pois é, não é engano... viram bem! Por uma pen que custa 5€ em qualquer loja de informática que se preze, tenho de gastar pelo menos 1.500€!? Ora pensem lá bem, se gasto 1.500€ com um cartão de crédito, vou mesmo querer uma pen que vale 5€, ou dar-me ao trabalho de estar a trocar os pontos? Mas esperem,há mais: o MEGA supostamente é para jovens, já estou a ver o desespero dos pais com as súbitas despesas dos filhos.

Enfim, se isto não é promover o consumo a crédito entre os jovens, então percebi mal. Para mim esta campanha não faz qualquer sentido. Lá se vai a minha boa impressão do Montepio...