Estava agora a conversar com uma amiga, casada com um professor, que se insurgia contra a colocação durante quatro anos deste numa escola. Eu não conseguia discordar com esta medida pois trás estabilidade para os alunos e até mesmo para o professor que deixa de andar em mudanças todos os anos. No entanto não conseguimos chegar a consenso por uma razão muito simples, ela era parcial e via a questão única e exclusivamente na sua perspectiva conformista que o marido poderia ser colocado longe de casa.
A (im)parcialidade é um sério problema actualmente.
Num mundo cada vez mais globalizado a maior parte das noticias a que temos acesso chegam-nos através de filtros que as polarizam. É cada vez mais difícil chegar a conclusões e tentar manter-se imparcial.
Vejamos, por exemplo, a questão da actual ofensiva na Faixa de Gaza. Temos noticias e crónicas que são moldadas para defender uma ou outra facção.
Objectivamente o Estado de Israel é culpado de Terrorismo de Estado enquanto o Hamas é culpado de Terrorismo. Poderia passar o resto do dia a escrever sobre isso mas não se chegaria a conclusão alguma. O maior culpado continuam, na minha perspectiva, a ser os EUA que nunca permitiram que a ONU tomasse nenhuma medida que punisse Israel.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Imparcialidade
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6 comentários:
Quanto mais próximos estamos de um problema/conflito menos imparciais conseguimos ser, pois a emoção tende a sobrepor-se à razão. É uma tese há muito defendida e demonstrada.
Bem verdade! Eu por cá tenho sentido muita dificuldade em manter-me imparcial ;-)
É berro e mais berro!
Cumps aos meus caros colegas de blogue.
Pois!! Ms não existe razão sem 'coração'...
Por isso mm se torna impossível concretizar totalmente os conceitos de imparcialidade, justiça e afins...é a condição humana!
Rui: Em relação ao conflito Israelo-Palestiniano, recomendo-te um execrcício razoavelmente eficaz: primeiro vês o noticiário da CNN, depois o da Aljazeera (ou vice-versa). No meio estará a virtude...
Afastando-me do tema do post que é a imparcialidade, acho que o que a tua amiga disse não é totalmente absurdo (visto que não é raro), é somente desadequado aos dias de hoje. Visto que não sobejam empregos (ainda por cima no ensino), parece-me que já ninguém se pode importar se tem de ir para "trás-dos-montes" ou além fronteiras para ter algum ao fim do mês. Se ela tem a sorte de poder alterar o local de trabalho para onde quer que ele fique colocado e não vê isso como uma coisa positiva, parece-me que não está a ver "the big picture".
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