É a questão que abre a crónica de Helena F. Matos, publicada ontem no Público, e que vale a pena ler na íntegra aqui.
Tocou-me principalmente este parágrafo.
Ao contrário do que se gosta de acreditar os pobres raramente se revoltam. O mais que se consegue é que ocupem o seu lugar mais ou menos folclóruco em revoltas que outros, mais abonados, lideram e arquitectam. Quanto a dizer em Portugal, no ano de 2009, que a criminalidade nasce da pobreza parece-me um óbvio insulto àqueles que todos os dias saem de casa para receberem ordenados baixíssimos e terem uma vida muito mais massacrada pelo Estado com taxas, contribuições, multas e demais imposições do que aqueles seus vizinhos que se dedicam ao crime.
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