Vejam lá se aprendem de uma vez por todas:
- Pagar a ex-governantes e políticos com boas redes de contacto e interesses para influenciar a atribuição de adjudicações a determinada empresa é considerado lobbying e é uma coisa chiquérrima e legalíssima;
- Comprar uns bilhetes para os U2 ou para um jogo de futebol para vender na candonga e ganhar uns trocos adicionais, é um crime e é uma coisa de pobre que dá direito a costados na prisão, e sem recurso.
Aparte a ironia, às vezes dou por mim a pensar se não seria mesmo melhor para o país privatizar de vez as grandes empresas nacionais... O caso de Armando Vara mostra que neste país a maneira de enriquecer depressa é mesmo aproveitar a presença do Estado em largos sectores da economia, para montar esquemas em rede de corrupção e favorecimento.
Sem esta presença do Estado (e respectivos boys partidários) a corrupçãozinha destes indivíduos tenderia a desaparecer (10 mil euros por um favorzeco, de um gajo que ganha 35 mil por mês... só pode ser vício). E a existir, penalizaria os accionistas das próprias empresas, não o contribuinte que não tem nada a ver com estas falcatruas. E nem se fala da utilização da Caixa Geral de Depósitos como braço armado financeiro do Estado, altamente favorecedora de altos esquemas e negociatas.
O Estado português (e quem se serve dele à conta dos recursos de todos os outros), neste momento, longe de ser a solução é mesmo um factor de atraso e de falta de competitividade do país.
Sem comentários:
Enviar um comentário