sexta-feira, 14 de março de 2008

A minha Manif é maior que a tua

Amanhã por volta das 15h30 irá realizar-se no Porto um "Comício" organizado pelo PS, com o pretexto dos 3 anos de governação, num bonito eufemismo para contra-manifestação-em-reposta-às-de-Lisboa-com-100-mil-
pessoas. A porta do pavilhão em que vai decorrer o tal "Comício" vai haver simultaneamente uma concentração de professores para manifestar o seu desagrado. Estão a ver os dois filmes na barra lateral, passados nos tempos do PREC? Algo me diz que não tarda iremos começar a assistir a novas cenas semelhantes...

Deixo aqui uma descrição do local do evento, colocada por um dos leitores do Corta-Fitas que vaticina um grande desfecho para amanhã:

"Conhecem o pavilhão? Já joguei lá umas futeboladas de domingo. Tem duas particularidades. A primeira é que tem uma entrada directa da rua, mas que é "cega" - obriga a contornar uma parede para se chegar ao recinto. Mas a entrada habitualmente mais utilizada é um portão de ferro, lateral, que dá acesso a um pátio interno que antecede o pavilhão. Esta entrada permite criar um espaço de isolamento entre o pavilhão e a rua. O recinto em si é antiquado, com fracas condições.
A rua em questão - Costa Cabral - é uma rua estreita, de duas faixas e com passeios apertados. E bastante movimentada. Será possível fazer-se uma contra-manifestação nesta rua? Se a polícia mantiver o trânsito a circular, é impossível. Não há espaço. Cortando-se o trânsito, é um belo sítio para quem quiser dar umas assobiadelas. Embora muito próximo da estação de metro do Marquês, fica numa zona de ruas estreitas (perto de um entroncamento com uma rua de sentido único), onde é muito fácil promover-se um confronto.
De todos os pavilhões da cidade, tenho dificuldade em lembrar-me de um mais inadequado para um comício político - para mais numa circunstância de ânimos exaltados.
Depois de cortado o trânsito, é quase inevitável que uma eventual contra-manifestação corte os acessos ao pavilhão. A distância entre os socialistas e os manifestantes será mínima, e propensa a atitudes exaltadas. Para mais, até pela dimensão do recinto, os socialistas serão poucos (e da linha dura, o vulgar eleitor não se mete numa destas). Espero que me engane, mas corremos o risco de ver umas cacetadas na abertura dos telejornais de amanhã."

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