As reformas de luxo têm vindo a aumentar em Portugal, sendo que, nos últimos 12 anos, o escalão máximo com pensões acima dos quatro mil euros cresceu 640%, a uma média de 358 novos reformados a cada ano.
De acordo com os últimos dados da Caixa Geral de Aposentações, publicados esta terça-feira no Correio da Manhã, só este ano, 207 funcionários do Estado reformaram-se com pensões de mais de quatro mil euros por mês.
(Via DD)
P.S. - Será que isto também faz parte da "ambiciosa e detalhada" reforma da Segurança Social de que falava Sócrates há 2 anos?
terça-feira, 9 de setembro de 2008
E eu que pensava estar a pagar para a reforma dos meus pais...
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4 comentários:
ó Henrique mas essas reformas não são devidas a quem descontou para elas?... Acha assim tão, tão escandaloso quatro mil euros ou o escandaloso não são as de miseria? Não é por existirem boas reformas que existem más ou é?
Escrito dessa maneira, a notícia é pura demagogia. Não nos diz qual foi a carreira contributiva desses neo-reformados, quanto contribuíram para o "bolo", nem quantos anos de descontos tiveram.
A reforma atribuída a cada cidadão dependerá do nível de descontos, logo é natural que quem desconte mais (os mais abastados) também receba mais aquando da reforma.
Sendo assim, apenas se pode dizer que receberam reformas acima da média. De qualquer das formas se 4000€ de reforma é milionário, então o país estará certamente carregado de milionários...
Concordo com ambos, mas vejamos as coisas como eu as vi:
1) Não está em discussão o valor das reformas em Portugal, se 4.000€ fazem milionários ou a carreira contributiva de quem deles beneficia;
2) É o crescimento do número de novos reformados no escalão máximo que eu estranho - de acordo com a notícia, passámos de 671 para 4296(!?) em 12 anos...
Fico feliz por estes 3625 'abastados' sem dúvida, mas para mim não deixa de ser estranho e não, não creio que é por existirem boas reformas que existem más ;-)
Fiquei a saber que a principal causa destes novos reformados de escalão máximo tem a ver com o regime privilegiado da função pública; e que aparentemente isso foi revisto pelo actual governo.
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