quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Dia Mundial da Poupança

É hoje. E a avaliar pelos níveis de sobreendividamento dos Portugueses, bem precisa de divulgação... Isto se o ordenado chegar ao fim do mês, claro está.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Economia Informal

Mais uma contribuição do João Monteiro, que vale a pena publicar:


"Apesar dos salários serem menos de metade dos praticados na Europa, somos os menos adeptos da economia informal, ou seja, aquela que foge aos impostos... longe vão os tempos da feira da ladra, de Carcavelos ou Cascais, vivemos bem, compramos nos shoppings. Ao fim e ao cabo é a marca que mais interessa e não o preço.


Claro que quem vive na Ásia adora a economia informal. Comprar DVD a 40 cêntimos; camisas Hugo Boss a 12 euros, malas a tira-colo Timberland a 4 euros... tudo "cópia original", he he, viva o Vasco da Gama!"


The underground economy

A grey area

Oct 29th 2007
From Economist.com

MANY people have enjoyed the fruits of someone else's undeclared labour, whether buying a cheap DVD from a street-seller or paying the gardener in cash. In a poll of the EU's 27 member countries, Denmark and the Netherlands are the (self-confessed) biggest users of the underground economy. In both countries 27% of respondents said they had acquired goods or services in the past year which they thought involved undeclared work. Less than 10% of people in Germany and Britain admitted acquiring something on the sly, below the EU average of 11%. Cypriots are the most law-abiding.



(Fonte AP)

Escola Pública vs. Privada

Acerca deste tema, recomendo vivamente a leitura dos posts de Pedro Sales no Zero de Conduta:

A Distopia Liberal da Escola Pública I, II, III e IV

"O colégio São João de Brito é da Companhia de Jesus, a qual tem mais duas escolas com ensino secundário. O Instituto Nun´Álvares, em Santo Tirso, e o Colégio da Imaculada Conceição, em Cernache - Coimbra. Como acontece com quase todas as escolas privadas no interior, têm um contrato de associação com o Estado. Ao contrário do São João de Brito, recebem alunos de todas as classes sociais. A Companhia de Jesus afirma que os métodos de ensino, contratação e formação de professores são idênticos. Quais são, então, os resultados? O Nun´Álvares ficou em 177.º, a Imaculada Conceição em 91.º. Há quatro anos, ficaram em 164.º e 249.º, respectivamente. O São João de Brito, com os mesmos métodos pedagógicos e de ensino, ficou este ano em 3.º no ranking e, há quatro anos, foi a"melhor" escola...

Questionado, na altura, pelo "Público" sobre essa brutal disparidade entre uma escola que recruta os seus alunos entre a elite da elite e dois colégios privados com todo o tipo de estudantes, o responsável pelo São João de Brito diz que “o Colégio de Coimbra fica num meio paupérrimo”. “é um meio rural, com fraco nível cultural. Teríamos outra posição no ranking se estivéssemos mais perto de Coimbra”. Pois é, teria a Companhia de Jesus e a escola secundária de Alpiarça ou a de Campo Maior. Mas não têm, o que não as impede de ver na comunicação social que as escolas privadas são melhores do que as públicas. Uma leitura redutora que, como se vê, tem os seus dias. Ou melhor, os seus sítios e classes sociais."

Recomendo também a leitura integral da entrevista dada hoje ao DN pela Ministra da Educação Maria de Lurdes
Rodrigues, da qual destaco estes pontos lapidares:

"Mas há uma enorme diferença
entre as públicas e as privadas: a possibilidade de escolha dos alunos. Uma escola pública está obrigada a receber todos os alunos da área geográfica, não pode accionar nehum mecanismo de selecção dos melhores nem de deixar para trás ou não levar a exame os alunos com maior dificuldade. Isso faz toda a diferença.[...]

[...]Mesmo considerando que temos meia dúzia de escolas [privadas] boas, os alunos não cabem lá todos. Por isso, não é possível o princípio de liberdade de escolha, nem é possível essa "valentia" dos privados de quererem tomar conta dos alunos. A liberdade de escolha é uma bandeira usada pela Direita em que a liberdade de escolha serve sempre para os mesmos. Porque alguns não a têm e continuam a não ter. O desafio é dar um ensino público de qualidade a todos."


PS- Estudei na Escola Preparatória Pedro D'Orey da Cunha e na Escola Secundária D. João V, ambas na Damaia, e ambas com um número de alunos problemáticos bem acima da média nacional. Alguns deles alunos foram meus colegas de turma.

O enquadramento social menos favorável destas escolas não me impediu de terminar o ensino secundário com 15 valores e ingressar na Universidade Nova de Lisboa, onde me licenciei em Eng.ª do Ambiente em 2004 (curiosamente também com 15 valores).

Existem coisas a melhorar na escola pública (maior estabilidade do corpo docente, coerência nas das políticas de ensino sem reformas novas todos os anos, maior envolvimento dos pais no processo de aprendizagem, maior responsabilização e exigência aos alunos...), mas não resolvemos o problema ao privatizar o ensino.

E vão 8...



Mais um jogo, mais uma vitória sem espinhas. Bis de Lisandro e Tarik a compor o ramalhete.

Se esta pedalada continua, o campeonato vai ser um passeio...

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Divulgação Social

Programa Ser Humano da TESE, uma jovem ONG portuguesa que continua a crescer.


Sobre a crise nos mercados financeiros

Vale a pena ler este artigo do Monde Diplomatique, é um pouco longo mas explica muito bem a actual crise dos mercados de crédito.

ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA, DESACELERAÇÃO ECONÓMICA

O mundo refém do poder financeiro

por Frédéric Lordon

«A tempestade que está a atravessar os mercados financeiros vai pesar no crescimento mundial», considera John Lipsky, director-geral adjunto do Fundo Monetário Internacional (FMI). Mais desejosos de tranquilizar a opinião pública (e os investidores) do que Lipsky, os governos dos Estados Unidos, da Europa e do Japão pensam que as flutuações bolsistas serão apenas um simples acidente de percurso num céu limpo. A agitação foi desencadeada pela falência nos Estados Unidos de um mercado imobiliário transbordante de créditos imprudentemente distribuídos. Com efeito, apenas no segmento dos empréstimos de maior risco (subprime), os empréstimos hipotecários em circulação devem ascender a 1,3 biliões de dólares. Entre um e três milhões de americanos poderão ser obrigados a vender a sua habitação. Propagando o perigo a toda a economia mundial, a inovação financeira sem qualquer controlo foi favorecendo progressivamente a bolha imobiliária, a crise da habitação e a especulação. Uma nova expansão do crédito talvez contivesse (ou adiasse) alguns dos danos causados, mas encorajaria os «matemáticos loucos de Wall Street» a uma recidiva. Significa então que a próxima crise já está anunciada?

Artigo completo aqui.

domingo, 28 de outubro de 2007

Oi

Pediram-me para participar nesta iniciativa e é o que faço com esta mensagem.
Infelizmente não tenho o tempo necessário para ler os jornais que queria ler, nem sequer para ver telejornais, com sorte consigo ouvir as noticias na rádio.Por isso não consigo dar opiniões tão bem formadas como outros intervenientes neste blog.
Verdade seja dita de um modo geral nem sequer tenho tempo para estar aqui a escrever, hoje faço-o porque estava farto de trabalhar, e para deixarem de me chatear com a minha não-participação.
Escrevi este texto logo participei, ou não? Talvez deva falar de qualquer coisa inteligente para ficar enquadrado no meio dos outros textos.
Pensei, pensei e pensei mais um bocado até que me cheguei à conclusão que hoje definitivamente não tinha nada de útil para dizer.
Cya
PS:Se forem ao Palácio da Ajuda ver a exposição do Museu Hermitage [www.hermitagemuseum.org] recomendo que façam alguma pesquisa sobre esse periodo da história russa para perceberem os itens que lá são mostrados.

sábado, 27 de outubro de 2007

Nem tudo foi porreiro, pá!

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

A Pegada Ecológica do Parlamento


A Visão desta semana, dedicada ao ambiente, apresenta os resultados de um mês de avaliação dos hábitos dos nossos deputados. Conclusão: em média, cada parlamentar necessita de 7,2 hectares para suprir as suas necessidades e assimilar os resíduos produzidos. Este valor está bem acima dos 4,5 hectares que correspondem à média nacional e corresponde a quatro vezes os 1,8 hectares de área biologicamente produtiva por pessoa que existem na Terra.

Os resultados variam consoante o partido político, e apresentam alguns dados interessantes:


BE - Pegada média 3,2 ha. 1 deputado acima da média nacional, 7 abaixo;
PEV - Pegada média 4,2 ha. 1 deputado acima da média nacional, 1 abaixo;
PCP - Pegada média 6,7 ha. 12 deputados acima da média nacional, 0 abaixo;
CDS-PP - Pegada média 6,7 ha. 10 deputados acima da média nacional, 2 abaixo;
PS - Pegada média 6,9 ha. 98 deputado acima da média nacional, 22 abaixo;
PSD - Pegada média 8,7 ha. 65 deputado acima da média nacional, 11 abaixo.

Portanto, o BE é o partido com maior consciência ambiental, seguido pelo PEV. O PS e os partidos à direita ficam mal na fotografia. Para quem afirme que o Ambiente é uma bandeira da esquerda, estes resultados dão-lhe razão.

Como bons exemplos temos os deputados João Semedo (BE, 2,6 ha), Ana Drago (BE, 2,7 ha), Matilde Sousa Franco (PS, 2,8 ha), Helena Pinto (BE, 2,8 ha), Luís Carloto Marques (MPT, 3,0 ha), Francisco Louçã e Luís Fazenda (BE, 3,0 ha) e Miguel Coelho (PS, 3,2 ha)

Os maus exemplos vêm quase todos do PSD: Jorge Neto (20,1 ha), Miguel Santos (15,7 ha) Raul dos Santos (14,5 ha) e Hugo Velosa (13,1 ha). Pelo meio encontramos Mota Andrade (19,1 ha), do PS.

PS - A minha pegada ecológica corresponde a 3,2 ha. Pode calcular a sua aqui.

É que ele até é bom rapaz...

Bombeiro com excesso de álcool condenando a multa de 600€

O bombeiro (...) admitiu no julgamento (...) que conduzia uma ambulância com dois passageiros a bordo (uma utente e acompanhante) depois de ter ingerido álcool.

O arguido foi interceptado pela BT (...), e, depois de sujeito ao teste de alcoolemia, foi-lhe detectada uma taxa de 1,4 gramas de álcool por litro de sangue, muito acima da permitida por lei (0,50 gramas/litro de sangue).

O bombeiro (...) justificou aqueles valores com o álcool ingerido na madrugada do dia 26 de Setembro, no decorrer de uma festa de anos de um amigo. No entanto, reconheceu que (...) ainda bebeu «um copo de vinho ao almoço» e, no regresso a Vinhais, ingeriu «uma cerveja» ao lanche», pouco antes de ter sido mandado parar (...).

(...) (A) sentença que foi agravada pelo facto de o arguido já ter dois antecedentes criminais, um dos quais também relacionado com a condução sob o efeito de álcool.

«Era-lhe exigido que, pelo menos a partir das 09:30/10:00, não bebesse mais», salientou o juiz.

(Via, Diário Digital)

Portanto, toca a beber a noite toda e ir conduzir na mesma no dia seguinte - em especial se a profissão for conduzir ambulâncias, que desde que se evite um copo de vinho ao almoço e uma cerveja ao lanche, não deve haver problema.

Até pode ser bom rapaz, mas reincidir!? Para mais com a responsabilidade que tem? Será que a culpa é só dele? Enfim, Portugal no seu melhor...

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Sondagem

Desde já os meus agradecimentos ao João por me indicar esta sondagem. Vale o que vale, sobretudo vindo de onde vem, mas... o meu voto é coincidente com o da maioria.

"O crédito malparado atingiu um novo máximo de sempre. De quem é a culpa?

40.80% - Dos consumidores, que insistem em viver acima das possibilidades.

25.36% - Dos bancos, que emprestam dinheiro a qualquer pessoa, mesmo sem garantias.

33.84% - Do Governo, que não toma medidas para travar esta situação."

Via Agência Finaceira.

Engraçado é ver tanta gente a culpar o Governo... continuam a existir pessoas que insistem em tratar os cidadãos como criancinhas que não sabem decidir por elas próprias. Ninguém apontou uma arma à cabeça dos consumidores. Em primeira análise, eles são responsáveis por saber que estilo de vida é que podem suportar. agora vir o Governo "safar" quem se endividou em demasia é pura e simplesmente penalizar os consumidores que tiveram cuidado em manter um nível de despesas de acordo com as suas possibilidades, passando a mensagem "É pá, gastaste demais? Não faz mal, a gente safa-te!" (um pouco à imagem do FED ao reduzir as taxas de juro nos EUA, mas isso já são contas de outro rosário...)

Mas os bancos não podem fugir às suas responsabilidades: não se pode facilitar o acesso a crédito da forma como o têm feito (já recusei várias propostas de crédito pré- aprovado enviado pelo meu banco), é pura e simplesmente irracional e insustentável. O recurso a refinanciamento, alargamento de prazos e outros mecanismos tem contribuído para o atenuar da situação, porque senão estaríamos bem pior.


Heroes of the Environment

"Though home to us all, the earth is mute. It doesn't get a vote in any congress or parliament. It doesn't own blocks of shares in the market. It doesn't rise up at a protest rally. It can't even buy a hybrid car. The earth has no voice — so someone must speak for it.

We call the men and women on the following pages heroes, but they could just as easily be called speakers for the planet, a planet that is hanging, as one of them put it years ago, in the balance. Some are prophets of peril, like Australian scientist and activist Tim Flannery, who has ceaselessly warned of the dangers of climate change. Others diagnose our planet's ills, like D.P. Dobhal, who scales the shrinking glaciers of the Himalayas to track the globe's warming in real time. There are those ready with solutions, like Abul Hussam, a Bangladeshi chemist who found a simple, life-saving way to purify poisoned water. And there are those with a gift for bringing such solutions to the wider world, like solar tycoon Shi Zhengrong, who became one of the richest men in China by tapping the power of the sun.

They range from one end of this endangered earth to the other — from Kenya to Korea, Britain to Brazil, Canada to China. By their words and their actions, by their votes and even their checkbooks, TIME's environmental heroes have stepped into the silence, and in doing so, have given the earth a voice. It remains for the rest of us to listen — and join them."


Artigo completo aqui.

Planta uma Árvore



Ou se quiserem fazer a coisa mais económica, peçam à Direcção de Matas da CML para plantar uma árvore no Monsanto, ou noutro parque florestal qualquer.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

"Esprema aí um pouco mais, s.f.f."

Esta apanhei via Insurgente:

"A Direcção Geral de Cobrança de Impostos pediu ao distrito de Setúbal para “cobrar mais de 50 milhões de euros até ao final do ano”, diz o director das Finanças do distrito de Setúbal. José Carreto Janela explica que, apesar de o distrito “ter alcançado o objectivo de cobrança coerciva, há outros distritos que não atingiram esse objectivo”, e por isso foi exigido à Direcção de Finanças de Setúbal esta cobrança."

Portanto, a malta de Setúbal, após cumpir o objectivo de pagamento dos seus impostos (mesmo que coercivamente...) é premiada com... mais cobranças! Como é que nunca se tinham lembrado disto? Nem é original... lembra-me o Xerife de Nottingham, mas sem Robin dos Bosques para equilibrar as coisas.

Notícia completa aqui.

PS- Parabéns aos Portugueses pelos 3% de défice.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Divulgação Institucional

Vale a pena dar uma vista de olhos neste Portal, é o resultado do trabalho conjunto entre a Universidade Nova de Lisboa e a Universidade de Aveiro, com finaciamento da Fundação Calouste Gulbenkian. Para ele contribuem alguns dos melhores especialistas nacionais sobre ambiente e saúde.


O Portal Ambiente & Saúde tem como missão contribuir para o conhecimento rigoroso, exigente e científico sobre saúde ambiental. Um conhecimento que esteja ao alcance de todos os cidadãos.

Antecipando as dúvidas do futuro e debruçando-se sobre as incertezas do presente, o Portal Ambiente & Saúde pretende assumir-se como um espaço para visões distintas sobre a complexa realidade que constitui a saúde ambiental, as suas implicações e desafios associados. Informar com rigor e com a preocupação de disseminar o conhecimento científico, este Portal pretende seguir o exemplo patente na actividade que a Fundação Calouste Gulbenkian tem vindo a desenvolver ao longo dos seus 50 anos de existência. Fundação que se encontra na génese deste projecto, que dispõe, todavia, desde o seu início, de completa autonomia editorial e deverá conquistar auto-suficiência funcional no decurso do seu próprio exercício. Para tal, nunca se furtará à controvérsia, ao contraditório, aos argumentos que permitam a construção de uma visão estruturada, integradora, informada e consciente sobre os valores que servem a dinâmica da sustentabilidade, nas suas dimensões ambiental, económica e social que defendemos como visão para o mundo.

Informação sem rodeios, com critérios estritos de validação científica assegurados pela excelência de um Conselho Consultivo independente, que contribua para algumas decisões quotidianas que condicionam a nossa qualidade de vida e o direito de todos a uma vida saudável.

Porque só quem conhece, pode decidir com convicções!

Ainda o "Tratado de Lisboa"

Solana diz que Tratado de Lisboa é "acordo para ficar"


Aparentemente a Europa não precisa de cidadãos. Basta-lhe um punhado de burocratas em Bruxelas e outros tantos deputados nos diversos parlamentos para ter uma razão de existir.

O que estão a tentar fazer com o novo "Tratado de Lisboa", tentando fazer passar por baixo da mesa a sua aprovação sem recorrer a referendo é a negação de tudo o que deveria ser a construção de uma verdadeira União Europeia, querendo fazer o telhado sem estarem prontas as paredes.

Que medo é este que leva à recusa da legitimação do Tratado por voto popular, e a sua substituição pela ratificação parlamentar? Se os cidadãos europeus, na sua generalidade, recusarem em referendo a nova constituição europeia, há que olhar para tal não como um grão de areia na engrenagem dos "Estados Unidos da Europa" (essa entidade abstracta...), mas sim como um falhanço dos nossos políticos em explicar aos cidadãos que a Europa não é só o local donde vêm fundos comunitários (até 2013, depois logo se vê...).

PS- Quando voto num programa eleitoral espero que este seja cumprido. Ao alinharem pelo mesmo diapasão de recusar o referendo, os partidos políticos com responsabilidades na governação dos últimos anos acabam pura e simplesmente por dar cada vez mais razões para que a abstenção em Portugal não pare de crescer.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Postais de Viagem - Lamno



Aceh Jaya, Indonésia (Ilha de Sumatra)

Percurso S.Paulo - Miami via Google Maps

Obrigado Patrícia, por esta pérola!


Gostei especialmente do ponto 36 do percurso:

"Swim across the Atlantic Ocean Entering United States (Florida) - 9 207 km "

Porreiro, pá!


"José Sócrates e Durão Barroso satisfeitos com acordo na Cimeira de Lisboa

"Porreiro, pá!" foram as palavras que José Sócrates dirigiu a Durão Barroso no final da conferência de imprensa em que os dois anunciaram e comentaram o acordo sobre o novo Tratado europeu alcançado hoje na Cimeira europeia de Lisboa."

(via Lusa)

É uma imagem comovente, não é? Já agora, para quem quiser saber mais sobre o que realmente está em questão ( a tal Constituição Europeia em modo light, lembram-se?) pode informar-se aqui.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

OGMs em discussão

O Grupo de Acção e Intervenção Ambiental (GAIA) e a Associação de Estudantes do Instituto Superior de Agronomia convidam a participar no debate:

OGM*: O debate em falta - Riscos e (in)certezas da engenharia genética na agricultura

30 de Outubro, 14h00 – Sala de Actos do Instituto Superior de Agronomia, Lisboa

As posições dos vários actores no debate dos organismos transgénicos estão divididas. Enquanto que uma parte está seriamente convicta de que a
aplicação da engenharia genética na agricultura é o caminho a seguir na agricultura global, a outra parte acredita que a utilização de OGM* é semelhante à abertura da caixa de Pandora, contendo toda uma série de riscos e ameaças para o ambiente, saúde humana e sociedade em geral. Muitas questões pairam no ar: De que riscos se tratam? O que sabemos destes? E o que não sabemos?


Apesar de estas questões serem por si só suficientemente difíceis de responder, outra série de questões apresenta-se como fulcral: Quem são exactamente os actores no debate? E, por outro lado, como decidimos como cidadãos se consideramos os riscos aceitáveis em comparação com os benefícios que se proclamam?


Há muito em jogo. De todas as formas, o debate está aberto.


PROGRAMA

1ª PARTE:
14h00 – Abertura e apresentações.

• "O direito inalienável de não ser cobaia: transgénicos e a investigação que as empresas se esqueceram de fazer" – Prof. Dra. Margarida Silva, Bióloga e Coordenadora da Plataforma Transgénicos Fora
• "O que são plantas geneticamente modificadas e em que diferem das obtidas por melhoramento convencional". - Prof.ª Dr.ª Maria Margarida Oliveira, do Instituto de Tecnologia Química e Biológica da Universidade Nova de Lisboa
• "Society and Technological Advance. What risks are we willing to take?"
– Johan Diels, GAIA (apresentação em Inglês)


16h45 – Pausa para café

2ª PARTE:
17h00 – Mesa redonda com moderação de Luísa Schmidt.

• Prof.ª Dr.ª M. Margarida Oliveira
• Eng.º Gualter Baptista, doutorando em Ciências do Ambiente e activista do GAIA
• João Vieira, Agricultor tradicional e representante da CNA na Plataforma Transgénicos Fora
• Prof. Dr. Antero Lopes Martins, do Departamento de Botânica e Engenharia Biológica do Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa

19h00 – Encerramento do debate

Já que se fala tanto deles...

"Caudilhismo é o exercício do poder político caracterizado pelo agrupamento de uma comunidade em torno do caudilho. Em geral, caudilhos são lideranças políticas carismáticas (...) e que baseiam seu poder no populismo. (...) No entanto, nem todos os caudilhos são ditadores: às vezes podem exercer forte liderança autocrática e carismática mantendo formalmente a normalidade democrática", (adaptado de Wikipédia)

Li recentemente num artigo de um jornal diário, uma referência ao comportamento caudilhista do nosso PM (não é a primeira vez que a nossa classe política utiliza tal termo através da comunicação social e não será com certeza a última). A menção vinha no seguimento de uma notícia que dá conta da intenção do MAI em rever a lei da liberdade de manifestação.


A verdade é que para mim não deixam de ser estranhas, face à época em que vivemos, casos como o da DREN e, mais recentemente, a visita da PSP ao sindicato dos professores na Covilhã (este último empolado, ou não, pela oposição). Será excesso de zelo ou anda no ar a ideia que agradar ao "caudilho" a todo o custo trará eventuais dividendos futuros? A verdade é que sempre ouvi dizer que
quem cala (ou faz calar) consente e a delação já não se usa. A seguir com atenção.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Postais de viagem - Londres

Piccadily Circus

Big Ben

Tower Bridge, vista da Torre de Londres


Divulgação Cultural



ENA PÁ 2000 . NOITE DE GATOWEEN

Prezado concidadão: Se é o feliz possuidor de um rato ou de uma rata, enfim: se possui ratinhos, diga-lhes que se cuidem na próxima noite das bruxas! O Mickey e a Minnie, o Super-rato e a namorada, ou apenas simpáticos casais de ratazanas de Lisboa terão que estar alerta e ter muito cuidado nos seus festejos de Ratoween! Isto porque um bando de gatos pretos e sangrentos vai andar à solta ali para as bandas do castelo de S. Jorge, e não estamos a falar da lendária banda de Yé-yé. São os felinos Ena Pá 2000 que organizam no Santiago Alquimista um tremenda noitada musical com o mote Festa dos Gatos (pretos e sangrentos)!

Gatos e gatinhas pelados a rigor serão brindados com poções revigorantes à base de sangue de ratinha menstruada, unhas de cabra, vodka da Transilvânia e outros ingredientes secretos...

Por isso, gatinhos e especialmente, gatinhas da capital, afiem as garras, afinem os miados e cofiem os bigodes, que vai haver farra, fumo, bebida – e muito sexo! Miau, miau! Apareçam! Venham assanhadas e pardos – fedorentos ou não! Que as ratas não se mascarem de bruxas, pois serão implacávelmente comidas!! Miaaau-renhaaau!

Portugal 2 - Cazaquistão 1


Isto é que foi uma jogatana... enfim, uma vitória é uma vitória!

terça-feira, 16 de outubro de 2007

A propósito de cogumelos

Na Holanda esforçam-se por proibi-los, há sempre alguém que, ao fim ao cabo, até agradece...

Gili Trawangan - Lombok

Ainda a caldeirada mais recente no BCP...

A relação entre um banco e os seus clientes deve basear-se num conceito fundamental: confiança entre as partes. Assumimos que ambas irão honrar os seus compromissoes, quer seja o pagamento de prestações do crédito habitação, quer a remuneração dos depósitos e outras aplicações de clientes, etc...

A quebra dessa relação de confiança (bem visível no recente caso da Northern Rock, com filas de clientes à porta para resgatar fundos) leva a um dano irreparável na imagem da instituição. Quem efectivamente manda no BCP, sendo o maior banco privado portugês, deveria ter sempre como preocupação primordial não quebrar essa relação de confiança. Aparentemente, essa preocupação não tem sido prioritária, ou pelo menos não lhes passou pela cabeça este caso ser denunciado.

Enfim, é caso para dizer, literalmente, que neste caso "há filhos e enteados". Felizmente existe concorrência em Portugal e os clientes podem sempre mudar para outros bancos. Eu, se o fosse, já teria feito o mesmo. Então se tivesse comprado acções do BCP a 5€ com recurso a crédito... nem pensava em pagar!


Adenda:

Afinal a coisa jaá vem de trás...

"40 milhões a um fundador...
A administração do BCP perdoou cerca de 90 por cento de uma dívida de 40 milhões de euros à José Jorge Valério, uma empresa do ramo da cortiça pertencente ao empresário com o mesmo nome e que foi um fundadores do BCP. A administração do banco, ainda liderada por Jardim Gonçalves, foi questionada sobre este perdão por três accionistas, na assembleia geral de 2005, tendo alegado naquela altura não ter "elementos suficientes" para esclarecer as circunstâncias em que foi feito. Para além do perdão de cerca de 90 por cento dos 40 milhões de euros, que já incluía juros, o banco desistiu das acções judiciais que havia movido contra a empresa. Os três accionistas questionaram ainda a forma como foram cedidos sem garantias o crédito dos restantes 10 por cento da dívida a uma empresa ligada a familiares do empresário que ajudou a fundar o BCP. Desconhece-se se este montante foi pago. O PÚBLICO questionou o BCP sobre as circunstâncias da decisão de perdão, bem como os responsáveis envolvidos, mas a instituição não esteve disponível para prestar qualquer esclarecimento. R.S.

... 12 milhões ao filho de Jardim Gonçalves...
A instituição então liderada por jardim Gonçalves também terá entendido dar como "incobrável" as dívidas contraídas pelas empresas de Filipe Vasconcelos Jardim Gonçalves, filho do actual presidente do conselho de supervisão do BCP, no valor de mais de 12 milhões. Os créditos em causa foram contraídos antes de 2002, altura em que a legislação bancária foi alterada, segundo o BCP, e os bancos ficaram proibidos de financiar familiares directos dos membros dos órgãos sociais. O BCP solicitou de imediato a liquidação dos financiamentos, mas dois anos depois acabou por considerar os créditos como incobráveis. Todavia, de acordo com o Banco de Portugal, a legislação em vigor em 1993 já o impedia. L.P.

... e 15 milhões a um accionista qualificado
Durante o aumento de capital de 2000 e 2001 foram muitos os pequenos accionistas que se endividaram para comprar títulos do banco. O mesmo ter alegadamente feito José Goes Ferreira, actual membro do conselho superior do BCP, e que possui no presente, através da SFGP-Investimentos e Participações, mais de dois por cento do banco. Agora, pergunta-se se lhe foram perdoados cerca de 15 milhões de euros em juros desses empréstimos. L.P."

(citado de www.thinkfn.com)

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Coisas que me fazem confusão...

Qualquer dia preciso de um dicionário para perceber o que alguma juventude escreve:

"tda horroroxa kumu xmp...
mx kumu dizm certx pxoax..a makina ñ fax milagrx!!ñ é ruixituh??lol..
titinha,amuri...pxixu d fotitax tuax!!ñ th nd d jeitu pa pxtar..
i aind tou a pnxar x m vou atrver a pxtar akela k ax mninax m tirarm ontm!!ohh...era mt mau!!u k m vale foi tr viradu a kara..
pk vcx,xinxeramnt...xao 1ax tolax!!!axim kumu eu ne??1a pankadinha xaudavl..é u k imprt!!
mx... eu adrvx!!!!"

Dia Internacional de Acção dos Blogues











É hoje. O tema de 2007 é o Ambiente... logo não podia faltar aqui. Mais tarde colocarei a minha reflexão sobre o assunto.

Para quem estiver interessado em participar, o Comissário Europeu Stavros Dimas irá disponibilizar no seu blog um chat onde se discutirão diversas questões (12:00-15:00 GMT):

"Are GMOs a good thing? How ‘green’ is the European Commission in its own operations? Will Europeans ever be weaned off petrol-powered cars? And are biofuels the solution - or a recipe for world hunger? Are the Greeks really more concerned than other EU nations about the environment, as Eurobarometer opinion polls always show? When will the EU Emissions Trading System start cutting emissions? Does the Commission actually listen to what stakeholders say during Green Week?


These may be some of the questions – among thousands of other environmental topics – that you will want to raise and I look forward to chatting with you later today."

domingo, 14 de outubro de 2007

E eu que sou sério e não tenho nenhuma para pagar...

Via Diário Digital:

"Extinção DGV deixa milhares de multas por cobrar

A extinção da Direcção-Geral de Viação (DGV) deixou milhares de multas de trânsito por cobrar, parte das quais poderá ter prescrito, relativas a processos que se encontram parados há cerca de quatro meses, refere a edição do jornal Público este domingo."

Então os novos radares em Lisboa servem para quê?

E já agora, alguêm se lembra destas coisas quando se muda/extingue/remodela organismos públicos (para não falar dos custos de nova remessa de papel timbrado, canetas, carimbos,
canecas e outros brindes do género...)?

As leis, se não houver capacidade de as fazer cumprir, não passam de papéis escritos...

Atestado médico

Post inicial

Já leio blogues há algum tempo. Há algum tempo também que pretendia criar um. Algum dia havia de o fazer. Foi hoje.