sábado, 5 de julho de 2008

Cuidado com alguns Biocombustíveis (II)


Já o tinha alertado aqui, e regresso ao tema numa altura em que o número de vozes críticas desta solução tem vindo a aumentar. Deixo mais duas notas para a discussão acerca dos biocombustíveis (e em particular os chamados agrocombustíveis), e muitas críticas a uma solução que longe de ser a panaceia, acaba por ter efeitos secundários bastante mais graves do que aqueles que pretende combater.

Primeiro temos a publicação de um relatório (supostamente) confidencial do Banco Mundial, responsabilizando os biocombustíveis pela crise alimentar já que estes conduziram a um aumento nos preços dos alimentos de 75% desde 2002.

De seguida temos um estudo da Science afirmando que a produção de biocombustíveis a partir de terras agrícolas está afinal a contribuir para o aumento das emissões de dióxido de carbono para a atmosfera, ao invés de permitir a sua redução.

Não querendo colocar todos os agrocombustíveis no mesmo saco (o etanol produzido no Brasil através da cana-do-açúcar deixa o congénere produzido a partir do milho americano a léguas, em termos de eficiência energética e de impacte ambiental), penso que esta é a melhor altura para os Governos Europeus reverem as suas metas de crescimento para este tipo de combustíveis.

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