segunda-feira, 28 de julho de 2008

Impressões do Oeiras Alive!08

Antes de mais peço desculpa pelo tardio deste post, há muito adiado, mas Julho tem sido um mês tão preenchido para mim que sobrou pouco tempo para escrever, nem que fossem umas breves notas!

Ao contrário do ano passado, este ano não fui aos três dias do festival Oeiras Alive. Tendo de escolher apenas um dia, optei pelo primeiro, porque um cartaz onde constavam Rage Against the Machine, The National, Gogol Bordello e Cansei de Ser Sexy era imperdível.

Infelizmente, na manhã de dia 10, fiquei a saber que as CSS tinham cancelado o concerto, por motivos relacionados com a promoção do seu novo álbum! É mau cancelar um concerto já marcado, mas fazê-lo a escassas horas do festival começar...é péssimo! No entanto, este não era o principal concerto que queria ver e como tal mantive os níveis de entusiasmo bem altos (como cantam as próprias CSS “music is my hot hot sex”).

Cheguei ao recinto por voltas das 18h30 e encontrei algumas alterações na organização das entradas, para melhor relativamente à 1ª edição do festival, mas ainda assim demoramos bem uns 20 min para conseguir entrar! O espaço do festival também sofreu algumas melhorias em relação ao ano passado, nomeadamente em termos de limpeza e disposição do recinto.

O primeiro concerto que vi foi de Vampire Weekend, na tenda Metro on Stage. Já há uns meses que oiço o álbum homónimo, e filho único, desta banda e se já gostava bastante, vê-los ao vivo foi uma boa surpresa. Não esperava um público tão entusiasta nem uma banda tão comunicativa...talvez fruto da mistura de sonoridades da música que fazem...torna-se impossível não dançar!


Seguiram-se depois os habituais momentos de encontros e desencontros, mais dos primeiros que dos segundos, e por isso apenas ouvi de longe Spiritualized, pelo que me abstenho de comentar!

Mas com o por do sol em fundo, subiram ao palco os The National e esse era um concerto obrigatório para mim! Sou fã, totalmente redendida! Não consegui bilhete para os ouvir em Maio, na aula Magna, mas segundo quem lá esteve, foi um concerto “mais feliz”, que revelou muito mais o potencial da banda.

Acredito que uma sala como a Aula Magna seja mais adequada à sonoridade intimista da banda, mas mesmo assim adorei este concerto!! Mistaken for Strangers, Slow Show, Ada e Mr. November, com Berninger a descer à plateia, são momentos que guardarei na memória!!

Em contraste, seguiram-se os Gogol Bordello. Não tenho palavras para descrever este concerto. Já tinha ouvido alguma coisa desta banda mas conhecia pouco. A minha grande expectativa vinha dos relatos entusiasmados de quem os viu em Paredes de Coura, o ano passado.

E foram relatos verdadeiros...foi um concerto fantástico, vibrante, com o público a formar uma massa única aos saltos!! Muito bom som, muito bom desempenho...mais do que um simples concerto, foi um excelente espectáculo!! É obrigatório ver esta banda ao vivo!!

De seguida, entraram em palco os The Hives. Conheço o The Black and White Album e gosto! Não são o meu som de eleição, é certo, mas aprecio bandas que sabem estar em palco e dar um bom espectáculo e isso é sem dúvida o forte dos The Hives!!

A postura arrogante de quem se autointitula a melhor banda do mundo, pode irritar muitos mas eu pessoalmente adorei ver aqueles suecos em palco, com sotaque sulista, vestidos com fatos pretos e gravatas brancas!! Destaque para Walk Idiot Walk, Hate To Say I Told You So, Tick Tick Boom e Diabolic Scheme.

E pronto, chegava finalmente o tão aguardado momento, o concerto de Rage Against The Machine!!

E foi como se a banda tivesse editado o seu último trabalho ontem, e não há 8 anos atrás! Parecia que das 2 uma: ou o tempo tinha parado nos meus anos de adolescente ou tinhamos regressado ao passado sem dar por isso!! Incrível, tornar a ver Zack de la Rocha e Tom Morello em palco! A mesma energia, a mesma força nas palavras...Foi curioso ver como a mensagem das músicas de RATM continua tão viva e ainda capaz de fazer soltar a raiva na mais pacata das almas!!

Tenho no entanto de admitir, com grande tristeza, que por motivos vários não pude ficar até ao final deste grande, grande concerto =( mas não esquecerei Bullet In The Head. “They say jump, you say how high” continua a ser uma das frases da minha vida!

Resumindo, foi um excelente fim de tarde/noite de concertos, a não esquecer...

O Oeiras Alive! já se tornou um evento obrigatório na minha agenda de Verão...e para o ano haverá mais =D

1 comentário:

Jorge Pessoa e Silva disse...

Depois da referência que minha amiga Paula Lee fez no amante profissional, não poderia deixar de vos fazer uma visita. E se ela gosta, naturalmente que eu não poderia deixar de gostar.

Não estive nos concertos, mas acabei até por ironizar sobre a coincidência entre o festival e o discurso do estado da nação. E como ambos contribuíram, de forma diametralmente oposta, para o bem estar dos portugueses...

Tudo de bom para toda a equipa, fica a promessa de voltar